Atualmente, a crescente preocupação com a geração de eletricidade e o uso responsável da energia revela um cenário em que aproximadamente 4% do consumo elétrico global destina-se ao abastecimento de água potável, um número em constante elevação. Essa tendência acarreta emissões de carbono comparáveis ​​às geradas pelo setor da aviação. No entanto, destaca-se uma solução de surpreendente simplicidade que ainda não recebeu a devida atenção.

Assim, existe uma abordagem engenhosa com potencial de transformar o fluxo contínuo de água em eletricidade, representando uma alternativa sustentável e ecologicamente amigável. Surge, então, a indagação: por que a geração de eletricidade por meio do encanamento de água não é amplamente discutida como parte central da busca por maior sustentabilidade? Veja um exemplo de sucesso neste texto do Engenharia 360!

Geração de Eletricidade
Imagem reproduzida de LucidEnergy via TecnoBlog

O método de geração de eletricidade utilizado pela cidade de Portland

A cidade de Portland, no estado do Oregon, utiliza um método de geração de energia renovável a partir dos canos da rede de abastecimento de água. Esse método foi desenvolvido em parceria. A LucidEnergy é a empresa responsável por essa solução. Ela é especializada em criar sistemas para gerar energia elétrica através justamente desse método inovador. Detalhos mais nos próximos tópicos!

Geração de Eletricidade
Imagem reproduzida de LucidEnergy via TecnoBlog

Como funciona o sistema de geração de energia a partir dos canos de abastecimento de água?

O sistema de geração de energia a partir dos canos de abastecimento de água funciona utilizando pequenas turbinas instaladas nos canos que são acionadas pelo fluxo da água. Essas turbinas geram energia cinética à medida que a água flui através delas, e essa energia cinética é então convertida em energia elétrica por meio de um gerador conectado ao sistema. A energia gerada é direcionada para a rede elétrica da cidade.

Aliás, vale destacar que a empresa LucidEnergy utiliza a tecnologia das tubulações de água não apenas para gerar energia elétrica, mas também para outros projetos. Um exemplo é o uso das tubulações para alimentar postes de luz e outros pontos de iluminação em cidades, permitindo economia nos custos operacionais.

Geração de Eletricidade
Imagem reproduzida de LucidEnergy via CicloVivo
Geração de Eletricidade
Imagem reproduzida de LucidEnergy via TecnoBlog
Geração de Eletricidade
Imagem reproduzida de Meio Info

A relação entre a velocidade do fluxo de água e a geração de energia nas tubulações é direta. Quanto maior a velocidade do fluxo da água através das turbinas, maior será a energia cinética gerada, resultando em uma maior produção de energia elétrica.

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Lista de componentes-chave do sistema

Os componentes-chave do sistema de geração de energia baseado em tubulações de água são as turbinas instaladas nos canos, o gerador que converte a energia cinética em energia elétrica, e os dispositivos de controle e monitoramento para otimizar o funcionamento do sistema e garantir a qualidade da água.

Especialmente o projeto de Portland utiliza quatro turbinas instaladas nos tubos de água e é financiado por uma agência privada. A energia gerada é comprada pela empresa de distribuição de energia da cidade e é suficiente para abastecer cerca de 150 residências.

Comporação com outras formas de energia renovável

A LucidEnergy lembra que água e energia estão intimamente relacionadas devido à grande quantidade de energia elétrica necessária para fornecer água potável e à necessidade de água para a produção de eletricidade. Essa interdependência é devida aos processos de tratamento de água e geração de energia, e a empresa busca aproveitar essa relação para gerar energia a partir de tubulações de água.

Comparado a outras formas de energia renovável, como solar e eólica, o sistema de geração de energia da LucidEnergy baseado em tubulações de água possui a vantagem de não depender das condições climáticas. Enquanto a energia solar e eólica são influenciadas pelo sol e pelo vento, o sistema de tubulações pode gerar eletricidade de maneira constante, desde que haja fluxo de água.

Quais são os possíveis benefícios desse método de geração de energia?

A geração de energia a partir de tubulações de água oferece diversos benefícios. Em primeiro lugar, como já dito antes, trata-se de uma fonte sustentável e constante. Além disso, esse método aproveita infraestruturas já existentes, como redes de abastecimento, promovendo eficiência energética sem causar impactos ambientais.

Enfim, desse jeito, empresas e cidades podem reduzir seus gastos energéticos, especialmente aquelas com alto consumo de água. As tubulações da LucidEnergy também possibilitam monitorar vazamentos e qualidade da água, otimizando a gestão hídrica.

A vantagem ambiental se destaca, pois ao contrário das hidrelétricas convencionais, essa abordagem não prejudica ecossistemas aquáticos. Diversos setores industriais se beneficiam, incluindo processamento, termelétricas, datacenters e distribuição de água, podendo vender energia excedente. Por fim, além da geração de energia, as tubulações integram sensores para monitorar a qualidade da água e otimizar a infraestrutura.

Geração de Eletricidade
Imagem reproduzida de LucidEnergy via GreenMe Brasil

Como a energia gerada pelo projeto será utilizada nos próximos anos?

Estima-se que o sistema instalado em Portland, conhecido como Projeto Hidrelétrico Canal 3, tenha uma capacidade de geração de energia de 200 kW e produza cerca de 1.100 MWh de energia elétrica por ano.

A LucidEnergy planeja expandir o projeto para outras cidades e países, com a ideia de substituir tubulações antigas por seus tubos de geração de energia, maximizando a vida útil das tubulações convencionais. Além disso, a empresa está realizando testes contínuos em Portland para aprimorar o sistema antes de expandir para novas localidades.

Ao longo dos próximos 20 anos, toda a energia gerada pelo projeto será vendida para a Portland General Electric, gerando cerca de US$ 2 milhões em energia renovável. Essa receita será usada para pagar o desenvolvimento, instalação e custos operacionais do sistema. E se houver a expansão do projeto para outras localidades e a substituição de tubulações antigas, a empresa busca criar uma fonte de receita contínua e contribuir para a eficiência energética nas redes de abastecimento de água.

Em resumo, o projeto da LucidEnergy em Portland demonstra eficácia, embora dependente do fluxo de água e gravidade. Isso prova que é possível, sim, a geração de eletricidade por meio do encanamento de água!

Antes de fechar esta página, confira no vídeo a seguir a proposta da Sabesp para, por meio de uma microturbina, reaproveitar a energia nas tubulações de água para a geração de energia!

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Fontes: NewAtlas.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

No universo da Engenharia, a fusão entre AutoCAD e ChatGPT, um renomado software e um poderoso assistente de Inteligência Artificial, está criando ondas de inovação. Este texto do Engenharia 360 explora a viabilidade e os benefícios de combinar essas duas ferramentas aparentemente distintas. A possibilidade de unir a precisão do AutoCAD com a criatividade e automação do ChatGPT abre portas para aprimorar a eficiência no design e Engenharia. Saiba mais a seguir!

autocad e chatgpt
Imagem de frimufilms em Freepik

O que é AutoCAD e ChatGPT?

O AutoCAD é um software amplamente utilizado na Engenharia, Arquitetura e Design, permitindo a criação de projetos em 2D e 3D com precisão e detalhamento. Ele oferece uma variedade de ferramentas e funcionalidades que auxiliam no desenho, modelagem e documentação de projetos, desde a concepção até a etapa de construção. E, para completar, sua interface intuitiva e recursos avançados tornam-no indispensável para o trabalho de muitos profissionais.

autocad e chatgpt
Imagem de Autocad via Logo Download

Já o ChatGPT é um modelo de linguagem desenvolvido pela OpenAI, uma inovação na área de Inteligência Artificial. Sua função é interagir com os usuários por meio de linguagem natural, gerando respostas relevantes em uma variedade de tópicos. E no contexto da Engenharia, por incrível que pareça, o ChatGPT já começa a ser combinado com ferramentas como o AutoCAD para impulsionar a eficiência e criatividade no design e automação.

autocad e chatgpt
Imagem de ChatGPT via Grackle Docs

Quais são os benefícios de usar o ChatGPT como assistente do AutoCAD?

A parceria AutoCAD e ChatGPT pode oferece uma série de benefícios notáveis, permitindo alcançar resultados excepcionais no campo do design e da automação.

O ChatGPT pode automatizar tarefas repetitivas no AutoCAD, como a geração automática de desenhos e aplicação de comandos específicos, melhorando a eficiência e liberando os engenheiros para tarefas mais complexas. Além disso, o ChatGPT estimula a criatividade ao oferecer sugestões de design, enriquecendo o processo de design com insights frescos e perspectivas inovadoras.

Essa IA também pode dar suporte na resolução de desafios complexos, fornecendo respostas relevantes e orientações úteis para tomada de decisões informadas. Inclusive, a interação com o ChatGPT não apenas pode aumentar a produtividade automatizando tarefas rotineiras, mas também introduzir inovação através de novas perspectivas e ideias, enquanto proporciona aprendizado contínuo aos engenheiros. Por fim, o ChatGPT deve acelerar a tomada de decisões, fornecendo informações relevantes de forma rápida e precisa quando necessário.

Como o ChatGPT pode ser combinado com o AutoCAD?

O ChatGPT pode ser combinado com o AutoCAD para melhorar a eficiência e criatividade na Engenharia de várias maneiras:

Geração de Ideias e Conceitos

O ChatGPT pode ajudar a engenheiros a gerar rapidamente ideias e conceitos para projetos de design no AutoCAD. Ele pode fornecer sugestões criativas com base nas descrições e requisitos dados, acelerando o processo de brainstorming.

Explicação de Processos Complexos

O ChatGPT pode explicar processos de Design e Engenharia de forma mais compreensível, auxiliando na comunicação interna e externa. Isso é especialmente útil quando se precisa apresentar projetos a colegas ou clientes que podem não ter conhecimento técnico detalhado.

Otimização de Parâmetros

O modelo pode ajudar a otimizar parâmetros de design, como dimensões e materiais, com base em critérios específicos. Ele pode gerar diferentes variações para que os engenheiros possam escolher a melhor opção.

autocad e chatgpt
Imagem de DCStudio em Freepik

Automatização de Tarefas Repetitivas

O ChatGPT pode automatizar várias tarefas repetitivas no AutoCAD, como:

  • Desenhos Padrão: Pode criar desenhos padrão, como logotipos, selos ou elementos gráficos frequentemente usados.
  • Anotações e Legendas: Pode gerar anotações e legendas para os desenhos com base nas informações fornecidas, economizando tempo.
  • Detalhamento: Pode auxiliar na criação de detalhes complexos ou elementos estruturais repetitivos.
  • Geração de Relatórios: Pode automatizar a geração de relatórios de materiais, quantidades e custos com base nos desenhos.

Aprendizado de Máquina Assistido

O ChatGPT pode ser alimentado com informações sobre projetos anteriores e decisões de design para ajudar a criar modelos preditivos que auxiliem nas futuras tomadas de decisão de design.

É importante lembrar que, embora o ChatGPT possa ser uma ferramenta poderosa, ele não deve substituir a expertise técnica dos engenheiros, mas sim complementá-la para tornar o processo mais eficiente e criativo.

Abaixo, apresentamos alguns vídeos identificados no YouTube que evidenciam a capacidade de integrar o AutoCAD ao ChatGPT. Confira!

Quais são os resultados esperados ao usar o AutoCAD em conjunto com o ChatGPT na Engenharia?

Concluindo, a combinação do AutoCAD com o ChatGPT na Engenharia visa melhorar a eficiência e qualidade dos projetos. Os resultados esperados incluem automação de tarefas repetitivas de design, geração rápida de ideias e soluções, otimização de processos de projeto, elaboração de documentação mais precisa, suporte na resolução de problemas técnicos e agilidade na comunicação entre equipes. Isso pode levar a projetos mais inovadores, redução de erros, economia de tempo e melhor colaboração na indústria de Engenharia.

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Fontes: Blog da Engenharia.

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Engenharia 360

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O Flipper Zero é um dispositivo eletrônico lançado em 2020 e que se tornou popular entre profissionais de segurança cibernética. Contudo, sua versatilidade permite também o uso ilícito. Talvez por isso sua popularidade cresceu em redes sociais, especialmente no TikTok, onde são mostradas suas capacidades, inclusive hackeando sistemas. A polêmica levou o Brasil a proibir sua venda no comércio nacional. Agora, o Flipper Zero é considerado ilegal. Entenda o porquê neste texto do Engenharia 360!

Flipper Zero
Imagem reproduzida de Flipper Zero via TechTudo

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Como funciona a tecnologia do Flipper Zero?

Como foi explicado antes, em princípio, o dispositivo eletrônico Flipper Zero foi criado para realizar testes de segurança cibernética, especialmente testes de penetração em dispositivos eletrônicos, identificando vulnerabilidades. Ele se comunica com outros dispositivos por meio de sinais de radiofrequência, como NFC, Bluetooth, RFID e infravermelho.

https://www.instagram.com/p/CvXo6B8rWEl/

O funcionamento do Flipper Zero é relativamente simples. Após ligado, o usuário pressiona um botão para emitir um sinal de radiofrequência. Ele possui um teclado direcional para facilitar a interação e uma tela laranja monocromática que exibe informações capturadas, como chaves de acesso. E o dispositivo é de código aberto, o que permite que os usuários o modifiquem para executar diferentes ações.

A saber, um “pentest” ou teste de penetração é uma avaliação de segurança em sistemas, redes ou aplicativos, onde profissionais de segurança simulam ataques cibernéticos para identificar pontos fracos e vulnerabilidades que poderiam ser explorados por invasores mal-intencionados.

Flipper Zero
Imagem reproduzida de Flipper Zero via Joom
Flipper Zero
Imagem reproduzida de Flipper Zero

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Como o Flipper Zero pode ser modificado para desempenhar diferentes ações?

No mundo perfeito, sem falhas, o Flipper Zero poderia ser usado para controlar aparelhos eletrônicos ao interagir com eles por meio de sinais de radiofrequência, como infravermelho e Bluetooth. Isso incluindo controlar dispositivos como TVs, ar-condicionados e outros equipamentos compatíveis.

Só que justamente devido ao seu código aberto, o Flipper Zero pode ser modificado para executar várias ações diferentes, como clonar sinais de radiofrequência. Imagine o perigo!

Flipper Zero
Imagem reproduzida de Cybernews

Por isso, os riscos associados ao uso do Flipper Zero são significativos. Ele pode ser explorado por indivíduos mal-intencionados para realizar atividades ilícitas, como clonagem de crachás, acesso não autorizado a dispositivos por radiofrequência, destravamento de portas e até mesmo controlar sistemas eletrônicos em veículos. Isso pode levar a invasões de privacidade, roubos e outras atividades criminosas.

Então, o Flipper Zero, ao invés de auxiliar profissionais de segurança cibernética a realizar testes de penetração em sistemas eletrônicos, pode ajudar cibercriminosos em atividades ilícitas.

Explicando melhor, no contexto dos sistemas de segurança de veículos, por exemplo, o Flipper Zero pode explorar brechas nos códigos de criptografia usados pelas montadoras, permitindo que criminosos acessem e controlem funções do veículo remotamente. O criminoso usaria a antena do Flipper Zero para copiar os sinais emitidos por dispositivos como controles remotos de portões eletrônicos, chaves de carros e sistemas de segurança. E é desse jeito que a venda desse dispositivo se tornou controverso. Entende?

Flipper Zero
Imagem reproduzida de Automais

Por que a Anatel não permitiu a homologação do Flipper Zero no Brasil?

Enfim, a polêmica em torno do uso do Flipper Zero se baseia na sua capacidade de ser usado tanto para fins legítimos, como testes de segurança cibernética, quanto para atividades ilícitas.

A Anatel não permitiu a homologação, proibindo o uso, comercialização e importação do dispositivo no Brasil. Ao mesmo tempo, a Electronic Frontier Foundation (EFF) argumenta que o Flipper Zero tem um uso legítimo para testes de segurança cibernética e que proibir sua circulação seria um retrocesso no país, sendo a proibição não aborda o verdadeiro problema, que é a segurança frágil de muitos dispositivos que o aparelho pode acessar.

Nota: apesar do posicionamento da Anatel, o dispositivo ainda pode ser encontrado à venda na Internet, embora sites como Mercado Livre e OLX tenham retirado parte dos anúncios nos últimos meses. Hoje, a aquisição do Flipper Zero requereria viajar para países onde sua comercialização é permitida, como os Estados Unidos.

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Fontes: Olhar Digital, Exame, O Estadão.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Nota: No começo de outubro de 2023, data de atualização deste texto, chuvas intensas em Santa Catarina causaram estragos em 60 cidades, com uma morte, feridos e mais de 1 mil afetados. Isso acontece depois de uma série recorde de ciclones ter devastado o Rio Grande do Sul.

Anda em agosto, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um alerta de nível laranja de perigo de onda de calor no Brasil, afetando principalmente Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, norte do Paraná, oeste de Goiás, sudoeste de Tocantins e o Triângulo Mineiro. As temperaturas neste final de ano podem ultrapassar facilmente os 40°C em algumas áreas.

A saber, essa onda de calor é causada por condições secas, aumento da insolação e pressão atmosférica, atuando como uma tampa de panela retendo o calor.


Os impactos das mudanças climáticas ficam cada vez mais evidentes com o aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, resultante da atividade humana. E de forma surpreendente, para frear essa situação, o governo dos EUA propõem o investimento em aspiradores gigantes para capturar carbono como uma solução inovadora. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

Qual a estratégia para captura de carbono proposta pelos EUA?

A captura direta de carbono é considerada uma estratégia vital porque visa reduzir as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, especialmente o dióxido de carbono (CO2), que é um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. Atividades como queima de combustíveis fósseis, desmatamento e produção industrial, têm aumentado as concentrações desses gases, levando a impactos climáticos significativos.

Mudanças climáticas - Aspiradores Gigantes e captura de carbono
Imagem de Freepik

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Depois da captura da atmosfera, o CO2 deve ser armazenado em locais geológicos adequados, ajudando a mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas.

A saber, atualmente, a Occidental Petroleum Corp. lidera um projeto inovador no Texas para essa captura direta de carbono. Só o governo Biden já investiu substancialmente na tecnologia, totalizando US$ 3,5 bilhões.

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Como a Petrobras está envolvida nessa captura de CO2 no mundo?

A tecnologia de captura de CO2 é vista como uma estratégia vital para reduzir as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera e mitigar o aquecimento global.

Mudanças climáticas - Aspiradores Gigantes e captura de carbono
Imagem de Michael por Pixabay

Veja Também: Contra o aquecimento global, rochas podem ser usadas para armazenar dióxido de carbono

No Brasil, a Petrobras desempenha um papel importante na captura e armazenamento de carbono. Atualmente, a empresa já captura o dióxido de carbono (CO2) emitido durante a produção de petróleo e o reinjeta nos poços para aumentar a produção. Além disso, a Petrobras está estudando o lançamento de um serviço de captura e armazenamento definitivo (CCS) para outras empresas. A empresa planeja estender esse serviço a outras indústrias, com um hub piloto no terminal de Cabiúnas, no Rio de Janeiro, que tem a capacidade de capturar 100 mil toneladas de CO2 por ano.

Como funcionariam esses aspiradores gigantes?

No setor do petróleo, por exemplo, a captura de carbono seria realizada instalando filtros nas chaminés das fábricas e unidades de produção, permitindo a captura do CO2 durante o processo produtivo. Esse CO2 capturado pode ser reinjetado em poços de petróleo, aquíferos salinos ou camadas de carvão não economicamente viáveis para mineração.

Além do setor de petróleo, outras indústrias também podem se beneficiar do armazenamento de CO2. Por exemplo, indústrias intensivas em emissões como siderurgia, produção de energia a partir de combustíveis fósseis e até mesmo algumas indústrias químicas poderiam explorar o armazenamento de carbono como parte de suas estratégias de redução de emissões.

Mudanças climáticas - Aspiradores Gigantes e captura de carbono
Imagem de catazul por Pixabay

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Já o investimento dos Estados Unidos, de aspiradores gigantes funcionaria assim:

Captura Direta de Carbono (CDC)

O processo começa com a captura do CO2 presente no ar. Isso é feito por meio de materiais chamados “sorventes” ou “absorventes” que têm afinidade pelo CO2. Esses materiais são expostos ao ar ambiente, onde absorvem o CO2. Existem várias tecnologias que podem ser usadas para isso, como solventes químicos, materiais adsorventes ou reações químicas específicas.

Separação do CO2

Após a absorção do CO2, é necessário separá-lo dos materiais sorventes. Isso pode ser feito aplicando calor ou usando outros processos para liberar o CO2 dos sorventes. Esse CO2 purificado é então coletado para processamento adicional.

Armazenamento

Uma vez que o CO2 é capturado e separado, ele precisa ser armazenado para evitar que retorne à atmosfera. Existem diferentes opções de armazenamento, como:

  • Armazenamento geológico: O CO2 é injetado em formações geológicas profundas e estáveis, como aquíferos salinos, camadas de rocha porosa ou depósitos de petróleo e gás esgotados.
  • Mineralização: O CO2 reage com certos minerais na presença de água para formar compostos sólidos estáveis, reduzindo assim o risco de vazamento.

Monitoramento

Após o armazenamento, é importante monitorar o local para garantir que o CO2 permaneça confinado e não vaze de volta para a atmosfera.

Utilização do CO2

Em determinadas situações, o CO2 capturado pode ser empregado em outras utilizações, tais como melhoramento da recuperação de petróleo, fabricação de materiais e produtos químicos, como mencionado anteriormente, e até mesmo em processos agrícolas.

Como a captura de carbono pode contribuir para frera as mudanças climáticas?

A captura de carbono desempenha um papel fundamental na transição energética justamente ao combater as mudanças climáticas e reduzir as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera. Ela envolve a remoção direta de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e seu subsequente armazenamento em locais apropriados, impedindo sua liberação. Isso contribuiria, com certeza, para mitigar o aquecimento global e seus efeitos prejudiciais nos ecossistemas e comunidades.

Mudanças climáticas - Aspiradores Gigantes e captura de carbono
Imagem de wirestock em Freepik

No entanto, a tecnologia de captura de carbono enfrenta desafios significativos. Embora tenha potencial, está em fase de desenvolvimento e sua capacidade atual de captura é relativamente baixa. Questões de viabilidade técnica, custos e impactos ambientais precisam ser cuidadosamente avaliadas à medida que a tecnologia avança.

Em resumo, a inovação nessa área surge como uma estratégia cheia de potencial. Essas capacidades não apenas estimularão o avanço das tecnologias de captura de carbono, mas também têm o poder de incentivar a cooperação mundial na busca por soluções efetivas para as questões climáticas. Mantenhamos nossa esperança alta para esse cenário!

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Fontes: O Estadão.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O concreto insulado ou concreto inflado é uma inovação na construção civil que difere do concreto tradicional em seu processo de construção. Porém, há dois modelos dele que nós, do Engenharia 360, gostaríamos de expor neste artigo. O primeiro deles conhecido como técnica “Binishell”, bastante utilizado em casas-domo, por exemplo. Já o segundo é conhecido como “Formação Pneumática de Concreto Endurecido (PFHC)”, também para estruturas curvas, mas seguindo um processo diferente. Continue lendo para saber mais!

Concreto Insulado ou Concreto Inflado
Imagem reproduzida de Revista Projeto

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Quem são os principais responsáveis pelo desenvolvimento da técnica do Concreto Insulado ou Concreto Inflado?

Técnica “Binishell”

A técnica mais conhecida do concreto insulado ou concreto inflado é a “Binishell”, desenvolvida pelo arquiteto italiano Nicoló Bini na década de 1960. Essa técnica revolucionária utiliza uma bomba de ar pressurizado para moldar as paredes e a cobertura das estruturas de concreto insulado, permitindo a construção de cúpulas e outras formas curvas de maneira eficiente e econômica.

Resumindo, na técnica “Binishell”, a ideia é inflar uma estrutura com ar para moldar o concreto e criar formas curvas. No processo “Binishell”, uma estrutura de concreto armado com telas é construída ao nível do solo e, em seguida, é levantada usando uma grande bola inflada com pressão de ar. Isso cria uma cúpula ou forma curva permanente. Depois, o concreto é mantido na fôrma até atingir a cura adequada; após isso, a bola de ar é desinflada e removida para reutilização.

Concreto Insulado ou Concreto Inflado
Imagem reproduzida de Revista Projeto
Concreto Insulado ou Concreto Inflado
Imagem reproduzida de Revista Projeto
Concreto Insulado ou Concreto Inflado
Imagem reproduzida de Blog Concreto fora do Cotidiano

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Formação Pneumática de Concreto Endurecido

O processo de “Formação Pneumática de Concreto Endurecido (PFHC)” foi desenvolvido pelos pesquisadores da Universidade TU Wien, na Áustria. Trata-se uma abordagem similar à técnica “Binishell”. Nesse processo, uma almofada de ar é colocada sob uma estrutura de concreto plana, e essa almofada é inflada para transformar a laje plana em uma concha de concreto curva.

Agora, há algumas questões que precisamos esclarecer! O processo construtivo do concreto insulado ou concreto inflado usando a técnica “PFHC” envolve regularizar o terreno e a criação de uma base adequada, como radiers. Depois de todo o passo a passo citado antes, a estrutura é então ajustada de acordo com a forma desejada. A membrana de ar é inflada, dando forma à estrutura de concreto. Cabos funcionam como travas, mantendo a tensão e a forma da estrutura. Após a cura do concreto, a câmara de ar é desinflada e removida, podendo ser reutilizada para novas construções.

Concreto Insulado ou Concreto Inflado
Imagem reproduzida de Construct App
Concreto Insulado ou Concreto Inflado
Imagem reproduzida de Blog Concreto fora do Cotidiano

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Reforço Estrutural com Fibra de Carbono: A Tecnologia Inovadora para Concreto Armado

Quais são as características das obras construídas em Concreto Insulado ou Concreto Inflado?

As casas construídas usando a técnica “Binishell têm a capacidade de resistir a condições climáticas extremas, como terremotos e lava vulcânica, devido à natureza resistente do concreto insulado.

É importante enfatizar o potencial do concreto insulado ou concreto inflado na Engenharia e Arquitetura. De fato, uma técnica como a “PFHC” pode ser aplicada em diversas estruturas, como pontes, passarelas, túneis, viadutos e edifícios curvos, incluindo conchas acústicas e residências. O método envolve a criação de uma fôrma bidimensional no solo, o reforço com vergalhões de aço e a concretagem, enquanto uma almofada de ar inflada por baixo da estrutura mantém a forma curva.

Quais são as vantagens e desvantagens desse concreto em comparação com métodos de construção convencionais?

O concreto insulado ou concreto inflado oferece vantagens em relação aos métodos convencionais de construção com concreto. “Binishell” e “PFHC” são mais econômicos devido à redução de escoramento e formas tradicionais, além de possibilitarem a utilização de materiais locais. A velocidade de construção é notavelmente maior, graças à formação de estruturas curvas por meio de membranas infláveis.

Esses métodos também têm menor impacto ambiental, já que requerem menos materiais e são eficientes na construção. Além disso, sua capacidade de resistência a condições extremas os torna ideais para áreas propensas a desastres naturais. O potencial futuro desses métodos atrai empreendedores, construtoras e governos em busca de abordagens inovadoras e sustentáveis na construção.

Embora isso simbolize uma inovação para construção civil, com estruturas curvas e agilidade na montagem, no processo, podem ocorrer fissuras nas placas de concreto, questionando sua resistência a longo prazo, flexibilidade e compatibilidade de materiais. A complexidade do processo, requisitos regulatórios, custos de implementação e desafios de manutenção também são considerações importantes. Portanto, é necessário pesquisa contínua sobre concreto insulado ou concreto inflado para avaliar e mitigar possíveis patologias e problemas associados.

Concreto Insulado ou Concreto Inflado
Imagem reproduzida de Blog Concreto fora do Cotidiano

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Fontes: Revista Projeto, Blog Concreto Fora do Cotidiano.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

O Climate FieldView é uma plataforma de agricultura digital da Climate, braço da Bayer. Lançado primeiro nos EUA, em 2015, oferece informações detalhadas para agricultura, capaz de mapear campos nos EUA, Canadá, Brasil e Europa.

Aqui, em nosso país, a plataforma foi apresentada durante o evento FieldView Experience 2019, permitindo que agricultores vejam suas funcionalidades, como relatórios, prescrições de sementes/fertilizantes e compatibilidade com equipamentos. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

Climate FieldView
Imagem reproduzida de Climate FieldView via Exame
Climate FieldView
Imagem reproduzida de Climate FieldView

Como o Climate FieldView auxilia os agricultores?

O Climate FieldView auxilia os agricultores fornecendo uma plataforma que coleta dados das operações agrícolas, como plantio, pulverização e colheita, e processa essas informações para fornecer análises detalhadas e insights sobre a produtividade da lavoura.

Em resumo, a tecnologia está ajudando os agricultores a tomar decisões mais precisas e assertivas ao fornecer dados em tempo real sobre a lavoura, permitindo o monitoramento de operações, identificação de problemas e ajustes imediatos para otimizar o rendimento.

Por exemplo, além da previsibilidade do tempo, o Climate evoluiu para oferecer uma plataforma completa de agricultura digital, incluindo análises de solo, monitoramento do crescimento das culturas, prescrições de sementes e fertilizantes, e recursos de gestão operacional das máquinas.

Climate FieldView
Imagem reproduzida de Climate FieldView via Portal do Agronegócio

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Aquisição do Climate pela Bayer

A aquisição do Climate pela Bayer foi importante porque permitiu à empresa expandir seu alcance na agricultura digital e oferecer soluções mais abrangentes aos agricultores, combinando a expertise do Climate em análise de dados e tecnologia com os recursos da Bayer.

Aliás, a Bayer vem investindo em várias tecnologias digitais na agricultura, incluindo inteligência artificial, big data, internet das coisas e robótica, para ajudar os agricultores a tomar decisões baseadas em dados e otimizar a produção. Através do Climate FieldView, a Bayer busca auxiliar os agricultores a maximizarem a produtividade e a rentabilidade por meio da análise de dados, tecnologia e inovação, enquanto promove a sustentabilidade e a eficiência nas operações agrícolas. Um exemplo é o acesso a prescrições manuais de sementes e fertilizantes, com base em mapas de solo.

Climate FieldView
Imagem reproduzida de Climate FieldView via DroneDeploy

A plataforma também apoia iniciativas de sustentabilidade, como o PRO Carbono, que promove práticas conservacionistas na agricultura, e o programa Bayer VAlora Milho, que otimiza a densidade populacional de sementes de milho para maior produtividade.

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Como funciona o Climate Fieldview em termos de hardware e software?

A plataforma Climate FieldView consiste em um hardware chamado FieldView Driver, que se conecta a máquinas agrícolas e coleta dados sobre plantio, pulverização e colheita. Esses dados são transmitidos para um aplicativo em um tablet, onde são processados e exibidos em tempo real. A informação pode ser enviada para a nuvem de dados, permitindo análises detalhadas.

A plataforma também oferece funcionalidades como análises de máquinas, gestão operacional e mapeamento de produtividade. E nesse momento ela está em expansão, cobrindo milhões de hectares em diversos países e sendo compatível com várias marcas de máquinas agrícolas. Além disso, a empresa está introduzindo novidades como aplicativos para dispositivos Android e um dispositivo físico aprimorado para coleta de dados.

A saber, a plataforma Climate FieldView é compatível com diversas marcas de equipamentos agrícolas, como Case IH, Massey Ferguson, John Deere e Stara.

No vídeo a seguir, você aprende como realizar uma prescrição personalizada de fazenda na plataforma FieldView!

Observação: pós a colheita, a expectativa em relação ao uso do Climate FieldView é a criação de mapas de fertilidade, plantabilidade e resultados em cada metro quadrado da propriedade. Isso permite aos produtores analisar os dados coletados e identificar áreas de maior produtividade e aquelas que podem ser aprimoradas.

Quais são os dois planos oferecidos na plataforma Climate FieldView e quais são suas diferenças?

A plataforma Climate FieldView oferece dois planos: o Plano de Entrada e o Plano Plus. O Plano de Entrada não inclui o mapeamento das operações com o FieldView™ Drive, mas oferece recursos como o Diagnóstico FieldView, importação de mapas de solo, mapas de operações anteriores e previsão do tempo diária. O Plano Plus inclui o mapeamento em tempo real das operações, gerando mapas em alta resolução diretamente da cabine do maquinário, permitindo análises mais completas e acesso a relatórios agronômicos.

Além disso, a plataforma também lançou o aplicativo FieldView Cab para Android e o dispositivo FieldView Drive 2.0 para coletar dados diretamente do campo, ampliando sua funcionalidade e acessibilidade.

Climate FieldView
Imagem reproduzida de Climate FieldView via Revista Agrocampo

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Em 2023, o estado do Havaí, nos Estados Unidos, sofreu com uma onda de calor, seca, ventos de furacão e queimadas de quase devastaram por completo a região de Lahaina. Mas chamou atenção da imprensa imagens de uma mansão de R$ 19,8 milhões que resistiu a incêndios graças a mudanças no telhado com telha tipo de metal e corte de árvores.

Telhas com Resistência para Incêndios, Vendavais e Granizo
Imagem reprodução Twitter, via Jornal Extra

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Segundo os proprietários, Dora e Dudley Millikin, essas alterações impediram, por coincidência, a destruição do imóvel enquanto os incêndios devastavam a redondeza, resultando em sua casa sendo chamada de “casa milagrosa”. Infelizmente, 100 mortes ocorreram devido aos incêndios que afetaram a área. A cidade perdeu mais de 2 mil edificações neste que já é considerado um dos incêndios mais mortais do século XXI.

Agora, pensando nessa narrativa da troca do telhado da “casa milagrosa”, o Engenharia 360 resolveu montar uma lista com os tipos de telhas projetadas para serem resistentes a diferentes tipos de condições climáticas extremas, como fogos, ventos fortes e granizo. Confira a seguir!

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Telhas resistentes a fogos

Telhas de concreto

Telhas de concreto são conhecidas por sua resistência ao fogo devido à natureza incombustível do material. Elas podem suportar altas temperaturas sem queimar, o que as torna uma escolha sólida para áreas propensas a incêndios. Além disso, o concreto é um material denso que não propaga chamas facilmente, contribuindo ainda mais para sua resistência ao fogo.

Telhas de argila

Similar às telhas de concreto, as telhas de argila são resistentes ao fogo e não emitem gases tóxicos quando expostas a altas temperaturas. A argila é um material natural que passa por um processo de secagem e cozimento em altas temperaturas, o que confere a ela sua capacidade de suportar o calor intenso sem se deteriorar.

tipos de telhas para telhado
Imagem de Waewkidja em Freepik

Telhas metálicas

Telhas de metal, como as de aço galvanizado ou alumínio, têm uma boa resistência ao fogo, embora elas conduzam calor mais rapidamente do que outros materiais. A alta condutividade térmica do metal permite que ele dissipe o calor de maneira eficiente, evitando o superaquecimento das telhas e contribuindo para sua resistência a incêndios.

tipos de telhas para telhado
Imagem de Rupert Kittinger-Sereinig por Pixabay

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Telhas resistentes a ventos fortes

Telhas de concreto e de metal

Além de serem resistentes ao fogo, as telhas de concreto também são bastante duráveis em relação a ventos fortes. Sua massa e rigidez ajudam a ancorá-las no telhado, impedindo que sejam levadas pelos ventos mais intensos.

Por sua vez, as telhas metálicas são leves e também têm boa resistência ao vento. No entanto, a instalação adequada, incluindo fixações adequadas, é crucial para garantir a resistência aos ventos. A fixação inadequada pode comprometer a capacidade das telhas de metal de resistir a fortes correntes de ar.

Telhas de fibrocimento

Essas telhas são feitas de cimento reforçado com fibras, o que lhes confere uma boa resistência a ventos fortes. A combinação do cimento e das fibras confere às telhas uma estrutura sólida que é capaz de suportar ventos intensos sem quebrar ou se soltar.

tipos de telhas para telhado
Imagem de Freepik

Telhas resistentes a granizo

Telhas de metal

Telhas de metal, como as de aço ou alumínio, são geralmente resistentes a granizo devido à sua durabilidade e rigidez. A superfície rígida das telhas de metal é capaz de dissipar a energia do impacto do granizo, evitando danos significativos.

tipos de telhas para telhado
Imagem de Freepik

Telhas de compósito de polímero

Telhas feitas de materiais sintéticos como polímeros reforçados podem ser projetadas para resistir ao impacto do granizo. A flexibilidade dos polímeros combinada com reforços estruturais permite que essas telhas absorvam o impacto do granizo sem quebrar.

tipos de telhas para telhado
Imagem de mrsiraphol em Freepik

Telhas de fibrocimento

Novamente, as telhas de fibrocimento mostram resistência ao granizo devido à sua composição de cimento e fibras. Essa combinação confere às telhas a capacidade de resistir ao impacto do granizo sem sofrer danos estruturais, mantendo a integridade do telhado.

Lembrando que a resistência de qualquer telha a esses elementos depende não apenas do material, mas também da qualidade da instalação.

Sempre é recomendado consultar um profissional qualificado para avaliar a melhor opção de telha para a sua região e necessidades específicas. Além disso, tecnologias e materiais podem evoluir ao longo do tempo, então é importante ficar atualizado com as opções mais recentes disponíveis no mercado.

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Fontes: Grandes construções, Extra – Globo, ArchExpo, Prismatic, Ferramentas Kennedy, Jornal Extra.

Imagem de capa: Ronaldo Bernardi, Agência RBS

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A Engenharia Geotécnica é uma disciplina crucial dentro da Engenharia Civil, preocupada com a interação entre geologia, solos e rochas em projetos de construção.

Esclarecendo melhor, engenheiros geotécnicos trabalham em várias áreas. E muitas universidades brasileiras oferecem cursos de Engenharia Geotécnica para capacitar profissionais nessa área. Essa formação é vital, pois engenheiros geotécnicos desempenham um papel central em inúmeros projetos, que vão desde construção de estradas até barragens. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!

Engenharia Geotécnica
Imagem de Freepik

Quais são as principais funções de um engenheiro geotécnico?

A Engenharia Geotécnica exige habilidades como conhecimento em mecânica dos solos, rochas e geologia de engenharia, análise de dados geotécnicos, competência em projetos geotécnicos e colaboração em equipes multidisciplinares.

No mercado, as principais funções dos engenheiros geotécnicos envolvem prevenção de deslizamentos, projeto de fundações, análise de viabilidade e gerenciamento de riscos em obras. Isso inclui supervisão de execução, investigações geotécnicas e análises de estabilidade.

Alguns engenheiros vão se dedicar a contribuir para evitar acidentes em obras, identificando riscos e implementando estratégias preventivas. Sobretudo se baseando em investigações geológicas e geotécnicas, claro.

Engenharia Geotécnica
Imagem de chandlervid85 em Freepik

Enfim, a Engenharia Geotécnica assegura a segurança das obras através de projetos adequados de fundações, análises de capacidade de suporte e medidas de contenção, bem como monitoramento constante da estabilidade de terrenos e estruturas cujas obras de terra envolvem solos, rochas, lençóis freáticos, hidrelétricas, barragens, estradas, entre outras.

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Tipos de projetos geotécnicos

Os projetos geotécnicos são divididos em três fases:

  • Viabilidade: Nesta fase, ocorre o detalhamento e identificação do solo para a definição do orçamento de custos e previsão da conclusão da obra. As etapas incluem reconhecimento preliminar, inventário, pré-viabilidade e anteprojeto.
  • Projeto básico: Aqui, são definidos os principais componentes da construção. Isso envolve cálculos estruturais, desenhos, especificações técnicas e reunião de documentos específicos para a aquisição de equipamentos.
  • Projeto executivo: Na fase de projeto executivo, há o detalhamento e revisão do projeto básico, realizando alterações necessárias de acordo com imprevistos da obra.

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Como é a formação em Engenharia Geotécnica?

A Engenharia Geotécnica é, na verdade, uma pós-graduação voltada para profissionais graduados interessados na área de Geotecnia, podendo ser mestrado, doutorado ou especialização.

Engenheiros civis e geólogos costumam se interessar por essa formação. O curso abrange disciplinas como Mecânica dos Solos, Mecânica das Rochas, Geologia de Engenharia, Engenharia de Fundações, entre outras.

São algumas universidades que oferecem cursos de pós-graduação em Engenharia Geotécnica:

  • Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP),
  • Universidade Federal do Pará (UFPA),
  • Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas),
  • entre outras.

Além desse caminho formal, o conhecimento em Engenharia Geotécnica pode ser adquirido por meio de eventos estudantis, como congressos e workshops, networking com profissionais da área e experiência prática em projetos geotécnicos.

Engenharia Geotécnica
Imagem de Freepik

Qual é o salário médio de um engenheiro geotécnico?

As empresas e setores que costumam contratar Engenheiros Geotécnicos incluem:

  • Empresas de Engenharia Civil e Geotecnia;
  • Empreiteiras de Construção;
  • Órgãos Governamentais (Prefeituras, Secretarias de Obras);
  • Empresas de Consultoria em Engenharia Geotécnica;
  • Empresas de Mineração e Exploração de Recursos Naturais;
  • Empresas de Energia (Hidrelétricas, Usinas);
  • Empresas de Infraestrutura de Transporte (Rodovias, Ferrovias, Aeroportos);
  • Empresas de Projetos de Contenção de Encostas;
  • Empresas de Projetos de Barragens e Reservatórios;
  • Empresas de Gestão Ambiental e Saneamento.

Atualmente, as cidades no Brasil com maior demanda por Engenheiros Geotécnicos incluem Belo Horizonte, em Minas Gerais, que tem sido uma área com procura significativa de profissionais na área devido à sua geologia complexa e histórico de deslizamentos e acidentes geotécnicos.

Engenharia Geotécnica
Imagem de wirestock em Freepik

A saber, o salário médio de um Engenheiro Geotécnico no Brasil é de aproximadamente R$11.000 por mês, com um teto salarial de cerca de R$21.000 mensais. Esses valores podem variar de acordo com a experiência, a região do país, o nível de formação, o porte da empresa e o tipo de projeto em que o engenheiro está envolvido.

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Fontes: Autodesk, Voitto, Quero Bolsa.

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Engenharia 360

Redação 360

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Sabia que existem mais de 10 milhões de estruturas de pontes no mundo? No Brasil, uma das mais estruturas mais emblemáticas é a estrutura da Ponte Rio-Niterói, que completou em 2024 seus cinquenta anos de história!

Mas no chamou atenção que, no final de agosto de 2023, uma ponte em construção desabou no nordeste da Índia, matando 26 trabalhadores. O incidente foi em Sairang, próximo a Aizwal, e gerou preocupações sobre segurança e infraestrutura em estruturas de pontes e necessidade de modernização de ferrovias, incluindo trens de alta velocidade.

A saber, o extensivo sistema ferroviário indiano é frequentemente utilizado por milhões, mas acidentes recentes levantam questões sobre priorização da segurança.

Com isso em mente, surge uma pergunta: qual são os diferentes tipos de estruturas de pontes na Engenharia Civil? Por isso, o Engenharia 360 compilou esta lista dos principais modelos estudados. Confira!

As 9 principais estruturas de pontes na Engenharia Civil

Estruturas de pontes são construções projetadas para permitir a passagem segura de pessoas, veículos e cargas sobre obstáculos como rios, vales, ferrovias e outras vias. Esse campo da Engenharia é fascinante, envolvendo a aplicação de princípios científicos e técnicas avançadas para criar obras seguras, funcionais e esteticamente agradáveis.

Vale destacar que cada tipo de ponte possui características específicas que se adequam às condições do local, às necessidades de tráfego e às limitações de materiais. Vamos, a seguir, explorar mais detalhadamente alguns dos tipos de pontes desenvolvidos para vencer diferentes tipos de obstáculos.

1. Ponte em laje

A ponte em laje é utilizada para vãos pequenos e alturas limitadas. Nesse tipo de ponte, não há a presença de vigas para apoiar as lajes. É um sistema construtivo eficiente, que permite execução rápida e é frequentemente empregado em estruturas simples, como passarelas e viadutos urbanos de pequeno porte.

Tipos de Estruturas de Pontes na Engenharia Civil
Imagem reproduzida de Vinicius Augusto em LinkedIN

2. Ponte em viga apoiada

As pontes em viga apoiada são sistemas simples e eficazes para unir grandes distâncias. Elas consistem em uma plataforma apoiada por vigas, que transferem os esforços para pilares ou apoios nas extremidades. São usadas em viadutos rodoviários e em locais onde o vão não é excessivamente grande.

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3. Ponte em quadros rígidos

As pontes em quadros rígidos apresentam uma conexão engastada entre vigas e pilares. Essa rigidez permite que os pilares sejam mais esbeltos, sendo uma solução eficaz para vencer alturas consideráveis. No entanto, esse tipo de ponte não é adequado para locais com recalques diferenciais.

Tipos de Estruturas de Pontes na Engenharia Civil
Imagem reproduzida de Neo Ipsum

4. Pontes em estrado celular

As pontes em estrado celular são ideais para locais urbanos com espaço limitado e para situações que exigem curvas acentuadas. Elas consistem em lajes superior e inferior interligadas por paredes de concreto, formando uma estrutura rígida que oferece boa resistência à torção.

Tipos de Estruturas de Pontes na Engenharia Civil
Imagem reproduzida de Vinicius Augusto em LinkedIn

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5. Ponte em arco

As pontes em arco possuem uma longa história e vêm em diferentes variações, como arcos superiores, inferiores ou centrais. Elas são projetadas individualmente e podem vencer grandes vãos sem a necessidade de pilares intermediários. A transferência dos esforços do tabuleiro para o arco é feita por tirantes ou pendurais.

Tipos de Estruturas de Pontes na Engenharia Civil
Imagem reproduzida de Gigantes do Mundo

6. Ponte pênsil

As pontes pênseis utilizam torres nas extremidades e cabos suspensos para sustentar o tabuleiro. Elas podem ser vulneráveis a ações do vento e requerem manutenção adequada. Esse tipo de ponte é indicado para locais com a necessidade de grandes distâncias sem interferir no tráfego marítimo.

Tipos de Estruturas de Pontes na Engenharia Civil
Imagem reproduzida de Mike Peel, via Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Ponte_
P%C3%AAnsil_de_S%C3%A3o_Vicente_2017_020.jpg

7. Ponte estaiada

Pontes estaiadas utilizam cabos de aço que são presos diretamente às torres, oferecendo uma solução intermediária entre pontes suspensas e fixas. Elas podem ser em forma de harpa ou leque, sendo escolhidas com base nas necessidades estruturais e estéticas do projeto.

Tipos de Estruturas de Pontes na Engenharia Civil
Imagem reproduzida de Halley Pacheco de Oliveira, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_Oct%C3%A1vio_Frias_de_Oliveira#/
media/Ficheiro:Ponte_Estaiada_Octavio_Frias_de_Oliveira.jpg

8. Ponte treliçada

Pontes treliçadas são compostas por treliças de aço ou madeira que transferem as cargas de forma eficiente. Elas são adequadas para vencer grandes vãos e são populares em ferrovias. Esse tipo de ponte é econômico e foi bastante utilizado nos EUA no início do século 20.

Tipos de Estruturas de Pontes na Engenharia Civil
Imagem reproduzida de Kgbo, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Treli%C3%A7a#/media/Ficheiro:Gatton_Railway_Bridge.JPG

9. Ponte cantiléver

As pontes cantiléver são apoiadas em uma única extremidade e usam vigas ou treliças para distribuir a carga. Esse tipo de ponte é útil para cobrir grandes extensões e não necessita de cabos para sustentar o tabuleiro. Elas são uma evolução das necessidades de vencer maiores vãos na infraestrutura ferroviária.

Tipos de Estruturas de Pontes na Engenharia Civil
Imagem reproduzida de Murielle Leclerc, via Wikipédia – https://it.wikipedia.org/wiki/Ponte_del_Qu%C3%A9bec#/media/
File:Pont_de_Qu%C3%A9bec,_vue_est.jpg

Como escolher o tipo de ponte a ser construída

As pontes desempenham um papel fundamental na infraestrutura urbana, permitindo o acesso a locais que seriam difíceis de alcançar de outra forma. E a engenharia por trás dessas obras é praticamente um testemunho da inovação humana e da busca pela melhor solução para cada desafio de construção.

É importante dizer que cada tipo de ponte tem suas próprias vantagens, limitações e aplicações específicas. A escolha do tipo de ponte a ser construída depende de fatores como as características do local, as necessidades de transporte, a distância a ser vencida, as condições geológicas do local, o tráfego esperado e as considerações estéticas e de custo.

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Fontes: Neoipsum, Sienge, Vinicius Augusto em LinkedIn, Gigantes do Mundo.

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Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

É importante começarmos este texto do Engenharia 360 relembrando que energia eólica é uma forma de geração de eletricidade obtida a partir da força dos ventos.

Porém, embora a energia eólica seja reconhecida como uma fonte limpa e renovável, sua implementação não está isenta de impactos ambientais significativos. Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) descobriram que os parques eólicos no Nordeste do Brasil, especialmente na região da Caatinga, por exemplo, têm efeitos negativos no ecossistema local.

Infelizmente, esses impactos prejudiciais, somados à sobreposição de interesses entre os setores eólico e de conservação, estão em conflitos. Portanto, enquanto a energia eólica é uma alternativa importante para a geração de eletricidade sustentável, é crucial considerar e mitigar seus efeitos negativos no meio ambiente. Continue lendo para saber mais sobre o caso!

impactos da energia eólica
Imagem reproduzida de Vinícius Sobreira, Brasil de Fato – https://www.brasildefato.com.br/2022/08/09/parques-eolicos-
produzem-energia-limpa-mas-impactos-sociais-preocupam-no-nordeste

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Como a energia eólica é gerada?

Explicando de forma simples, a energia eólica é gerada pela transformação da energia cinética do vento em eletricidade por meio de turbinas eólicas.

As turbinas eólicas possuem grandes hélices, também chamadas de pás, que são conectadas a um eixo. Quando o vento sopra forte o suficiente, as pás começam a girar. Esse movimento rotativo é transmitido ao eixo, que por sua vez aciona um gerador elétrico dentro da turbina. O gerador converte o movimento mecânico das pás em energia elétrica através do princípio da indução eletromagnética.

O processo é semelhante ao funcionamento de um dínamo de bicicleta, onde o movimento das rodas gera energia elétrica para alimentar as luzes. Na energia eólica, porém, as turbinas são projetadas para capturar e utilizar de maneira eficiente a energia cinética do vento, que é transformada em eletricidade. Essa eletricidade gerada nas turbinas é então conduzida por cabos até subestações, onde sua tensão é ajustada para se adequar à rede elétrica convencional, tornando-a pronta para ser distribuída e utilizada por casas, empresas e indústrias.

Quais são os impactos ambientais da energia eólica?

As turbinas podem afetar a fauna e ecossistemas sensíveis, além de causar conflitos comunitários.

A energia eólica traz consigo diversos impactos ambientais. Para começar, a instalação de parques eólicos pode levar a colisões de aves e morcegos com as turbinas, bem como à destruição da vegetação nativa. Além disso, as turbinas em movimento geram poluição sonora e alteram a paisagem natural, modificando a aparência das áreas onde estão instaladas – impactos estéticos e culturais, especialmente em regiões turísticas ou de grande valor paisagístico. Inclusive, voltando à questão do ruído, as turbinas eólicas causam isso devido ao movimento das pás cortando o ar.

impactos da energia eólica
Imagem reproduzida de Congresso em Foco – https://congressoemfoco.uol.com.br/temas/meio-ambiente/modelo-de-expansao-das-eolicas-gera-danos-sociais-e-ambientais/

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Nesse contexto, a transição energética rápida pode aumentar os impactos ambientais devido à necessidade de expandir rapidamente as capacidades de energia renovável, incluindo a energia eólica. Isso pode resultar em decisões apressadas que não levam totalmente em consideração os impactos ambientais e sociais. Portanto, é importante realizar uma transição sustentável, considerando cuidadosamente os prós e contras de cada fonte de energia.

Para equilibrar as questões ambientais e socioeconômicas na expansão da energia eólica, é necessário um planejamento adequado que leve em consideração a localização dos parques, minimizando os impactos em áreas sensíveis e em comunidades locais. Também é importante envolver as partes interessadas, como comunidades, ambientalistas e empresas, no processo de tomada de decisão.

Qual região do Brasil possui o maior geração de energia eólica?

A saber, o Brasil possui um grande potencial de energia eólica em comparação com sua capacidade instalada atual. E os estados mais envolvidos na produção de energia eólica são principalmente do Nordeste. Essa região também tem o maior potencial para geração eólica.

De fato, a região Nordeste é mais propícia para a geração de energia eólica devido às condições favoráveis de vento. Atualmente, a capacidade instalada de energia eólica no Brasil é significativa e gera empregos e investimentos, com a região Nordeste sendo responsável por 86% da produção. No entanto, a expansão dos parques eólicos na região da Caatinga, um bioma vulnerável, levanta preocupações devido aos impactos ambientais. A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) reconhece os impactos do setor, mas destaca a importância de escolhas sustentáveis.

impactos da energia eólica
Imagem de Glauco Umbelino via Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Caatinga_com_mais_de_
40%C2%B0C_no_semi_%C3%A1rido_%E2%80%93_Glauco_Umbelino.jpg
impactos da energia eólica
Imagem de Arturalveees via Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Caatinga-400×300.jpg

Mas o cenário atual é mesmo muito preocupante. A sobreposição de parques eólicos com áreas de alta importância para a conservação está levando à perda de áreas de valor ecológico significativo, causando distúrbios nos ecossistemas locais, afetando a dinâmica natural da vegetação e da fauna. Só para se ter uma ideia, a instalação desses parques leva a remoção da vegetação nativa o que pode levar à degradação e fragmentação de habitats naturais, dificultando o movimento de animais e a migração de espécies.

Sem contar que a construção de infraestrutura para os parques, como estradas de acesso e linhas de transmissão, pode facilitar o acesso humano a áreas anteriormente isoladas, levando a mais perturbações e impactos inimagináveis. Em outras áreas, a instalação de parques eólicos pode entrar em conflito com atividades tradicionais das comunidades locais, como a agricultura de subsistência ou práticas culturais.

impactos da energia eólica
Imagem reproduzida de Agência Eco Nordeste – https://agenciaeconordeste.com.br/pesquisa-avalia-os-impactos-ambientais-e-sociais-da-producao-de-energia-eolica/

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Fontes: BBC, Portal Energia, Click Petróleo e Gás.

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