Certamente você já ouviu falar da Wilson. Mas, calma, não estamos falando aqui da companheira de Tom Hanks em ‘Náufrago’ (Cast Away), mas da empresa americana de materiais esportivos, baseada em Chicago. Recentemente, ela anunciou nas redes sociais o lançamento de uma bola de basquete chamada Airless Gen1. O que tem de diferente? Bem, fora levantar questões sobre sua praticidade e impacto no esporte? É um exemplo de uso de engenharia de impressão 3D. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!

Airless Gen1
Imagem reproduzida de Hypebeast

O surgimento da Wilson Airless Gen1

Então, a bola Airless Gen1 é a primeira bola de basquete impressa em 3D disponível comercialmente. E não é novidade que uma notícia dessas parta da Wilson, pois a empresa já é conhecida por suas inovações no mundo do esporte. Mas a promessa agora é uma bola de design futurista, sem ar dentro, revolucionado o basquete. Uma ideia que vem causando furor nas redes sociais e, certamente, deve elevar a marca a um novo patamar.

Segundo a Wilson, essa seria uma resposta da empresa às necessidades do mercado por bolas de melhor qualidade, que deformam menos ao longo do tempo. É o seu compromisso pela inovação, abrindo caminho para o futuro das bolas de basquete. E o item até já virou febre entre os colecionadores e entusiastas do basquete.

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As principais características da Airless Gen1

A Wilson planejou um modelo de bolas de basquete durável, personalizado à experiência dos jogadores, e produzido mais rapidamente – inclusive em cores diferentes -, de modo simplificado e a menor custo.

Assim surgiu a Airless Gen1, com estrutura de treliça impressa em 3D, para saltos e desempenho mais consistentes. Sua construção permite passagem de ar sem necessidade de inflação, mantendo o peso e “quique” padrão – assim como nas especificações da NBA. Ou seja, com o voo e sensação de uma bola de basquete tradicional.

Claro que a colaboração entre Wilson e parceiros como General Lattice e EOS fez toda a diferença nesse caso. A bola Airless Gen1 já é um exemplo de um novo padrão da indústria esportiva. E se há algum lado negativo neste produto? Sim! Infelizmente, parece que a bola requer manutenção especial e pode ser difícil de limpá-la devido à presença de pequenos orifícios hexagonais.

Airless Gen1
Imagem reproduzida de Olhar Digital

O impacto da Airless Gen1 no mercado esportivo

Quem quiser ter de adquirir e ostentar uma bola Airless Gen1, da Wilson, precisará pagar um preço salgado, cerca de 12 mil reais. Será que vale a pena? Bem, atualmente, por conta das redes sociais, as vendas estão em alta. Tanto é que a primeira edição já está esgotada no mercado, tamanho o interesse do público e entusiasmo por novas tecnologias no mundo dos esportes.

Agora, vale destacar que a Airless Gen1 ainda não foi oficialmente testada em jogos profissionais, o que, por hora, limita o seu uso. Ademais, muitas empresas, como Boeing e OSF Healthcare, ainda estão explorando os benefícios da impressão 3D. Então, podemos esperar bem mais do futuro da engenharia 3D. A única questão é que, nesse setor, a Wilson está na vanguarda!

No vídeo a seguir, você confere um testemunho de como a IA e impressão 3D estão evoluindo dentro da plataforma de engenharia 3DEXPERIENCE:

O legado da Wilson com a Airless Gen1

Pode-se dizer que a Airless Gen1 é a tradução da convergência perfeita entre esporte e tecnologia, símbolo de progresso e reinvenção. Através desse exemplo, podemos repensar os limites do design esportivo e o quanto a engenharia está envolvida nessa busca por soluções inovadoras. É emocionante considerar o debate que se inicia agora, considerando sustentabilidade, eficiência e experiência de jogo. Enfim, esse é o legado Wilson Airless Gen1!

Airless Gen1
Imagem reproduzida de MKT Esportivo

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Fontes: Olhar Digital, Hypebeast.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Recentemente, viralizou na Internet imagens de um raio atingindo o topo do maior arranha-céu da América Latina, o One Tower, localizado em Balneário Camboriú. O edifício tem 290 metros de altura e um sistema de para-raios para proteção contra descargas elétricas que faz direcionar esse tipo de eletricidade para o solo através dos pilares sem danificar a estrutura e, assim, proteger os moradores.

para-raios arranha-céu
Imagem de @mauridasilvagiovanellaigsh reproduzida de NSC Total

Esse evento antes narrado levanta a questão: como funcionam os para-raios que vemos instalados nos edifícios mais altos do Brasil? O artigo a seguir, do Engenharia 360, explora a importância dessa tecnologia, os tipos ideais e legislação relacionada. Confira!

O que são e como funcionam os para-raios?

Antes de explicarmos a importância dos para-raios precisamos entender como essa tecnologia funciona. Pois bem, os para-raios são dispositivos de proteção instalados no topo de edifícios e estruturas elevadas, como torres de observação e torres de antenas. São próprios para dissipar descargas atmosféricas, comumente conhecidas como raios, de forma segura para o solo.

Resumindo, durante uma tempestade, as hastes dos para-raios atraem as descargas elétricas dos raios, conduzindo a eletricidade pelo cabo de descida para a terra, evitando que a carga elétrica atinja a estrutura protegida.

Pensando nos grandes centros urbanos, podemos imaginar como os para-raios tornam-se essenciais e porque estão dominando cada vez mais as paisagens das cidades. Quanto mais altas são as construções feitas pelo homem, mais questões como essa precisam entrar na pauta dos itens essenciais de projetos arquitetônicos. Afinal, segurança em primeiro lugar!

para-raios arranha-céu
Imagem reproduzida de Lightning Protection, MTO

Qual a importância dos para-raios em arranha-céus?

Obviamente, por tudo que explicamos antes, entende-se que os para-raios são fundamentais em obras de arranha-céus, com o propósito de proteger essas estruturas de danos causados por raios. A altura desses edifícios é mesmo muito imponente, por isso, estão mais suscetíveis a serem atingidos por raios durante tempestades. O que acontece se não houver para-raios? Bem, os danos podem ser catastróficos!

Quais condomínios precisam de para-raios?

Antes de tudo, é preciso dizer que, embora todos os edifícios estejam sujeitos a raios, a instalação de para-raios nem sempre é uma exigência legal para condomínios de menor porte. No Brasil, só edifícios com mais de 1500 m² ou acima de 30 metros de altura devem possuir um SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) instalado para minimizar danos causados por raios. No entanto, vale a avaliação dos especialistas para considerar os riscos potenciais de danos estruturais e perigos à vida humana.

Legislação Brasileira sobre Para-Raios

Em território brasileiro, para projetos de para-raios, os profissionais devem considerar, além de características locais e condições ambientais, o que recomenda a ABNT NBR 5419. Esta norma técnica estabelece diretrizes para instalação, inspeção e manutenção de SPDA. A falta de conformidade pode resultar em multas e sanções.

para-raios arranha-céu
Imagem de Freepik

Veja Também: O Cristo Redentor enfrenta a fúria dos raios: como sua engenharia de para-raios o protege

Quais os tipos ideais de para-raios que existem?

Os tipos de para-raios mais utilizados no Brasil são o Franklin e o Melsens – alguns especialistas inclusive recomendam a instalação de ambos para maior proteção de arranha-céus. O primeiro é composto de uma haste metálica que conduz toda a energia do raio até o solo. Já o segundo utiliza uma malha de fios metálicos no topo do edifício.

Além desses para-raios, podemos encontrar outros modelos nos livros de física. Por exemplo, a Gaiola de Faraday, que utiliza, assim como diz o nome, uma gaiola metálica ao redor da estrutura do prédio para proteger seu interior contra descargas elétricas. E, por fim, para-raios Íon-Mobilidade, que emprega tecnologia avançada para detectar e neutralizar as cargas elétricas antes mesmo de atingirem a estrutura do edifício.

Em suma, condomínios, arranha-céus e todas as estruturas elevadas devem priorizar a implementação de sistemas de para-raios em conformidade com a legislação vigente, assegurando assim a segurança de todos. A escolha por um tipo ou outro de para-raios vai depender das características da obra e das condições climáticas da região onde ela se encontra.

para-raios arranha-céu
Imagem de wirestock em Freepik

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Fontes: Lumus Engenharia Elétrica, Engenharia Adequa.

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Engenharia 360

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Na Engenharia Civil, um dos processos cruciais em obras, visando garantir a segurança e durabilidade de lajes de cobertura, é a impermeabilização. Ela protege as estruturas contra infiltrações, umidades e outros problemas que comprometam os ambientes e, consequentemente, o conforto e a segurança dos moradores.

Neste artigo do Engenharia 360, exploramos passo a passo como realizar impermeabilizações de lajes de cobertura, ainda fornecendo informações sobre soluções para lajes de jardins e mais. Confira!

O que é impermeabilização de laje na Engenharia?

Antes de tudo, vale esclarecer o que é este método voltado às lajes de cobertura ou ainda para terraços, sacadas e mais. Pois bem, a impermeabilização é um procedimento de construção civil que se vale de materiais específicos para evitar queestruturas sofram danos pela ação de água, intempéries e lavagens, prolongando sua vida útil. Ou seja, é uma forma de criar uma barreira protetora e reduzir as infiltrações.

impermeabilização de lajes de cobertura
Imagem de Freepik

Quais as principais vantagens da impermeabilização na construção civil?

Além da redução das infiltrações em lajes de cobertura, podemos citar outras vantagens da impermeabilização:

  • Melhora do conforto térmico e acústico.
  • Ambientes com temperatura mais agradável.
  • Menos danos estruturais.
  • Menos surgimento de rachaduras, mofos, fungos e bactérias.
  • Menos surgimento de umidades, goteiras e manchas.
  • Otimização do espaço vertical.
  • Menor necessidade de manutenção.
  • Aumento da vida útil da edificação.
  • Valorização do imóvel.

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Quais os principais métodos de impermeabilização de lajes de cobertura?

Na Engenharia, a escolha por um método ou outro de impermeabilização para lajes de cobertura vai depender de alguns fatores, como exposição da estrutura ao sol, movimentação dos elementos (flexão) e características do local da construção. Ideal é aquilo que oferece maior resistência às intempéries!

Existem dois métodos principais de impermeabilização de lajes:

  • Impermeabilização rígida: utiliza materiais como concreto, argamassa e aditivos impermeabilizantes. É indicada para áreas com pouco ou nenhum tráfego, como poços, subsolos e reservatórios.
  • Impermeabilização flexível: utiliza materiais como mantas asfálticas, mantas líquidas e membranas acrílicas. É indicada para áreas com tráfego de pessoas ou veículos, como lajes, terraços e varandas.

Cuidados antes da impermeabilização

Vale destacar aqui algumas recomendações para garantir uma impermeabilização eficiente de lajes de cobertura. A começar pela escolha do método mais adequado e dos materiais de alta qualidade. Depois, a preparação da superfície, segundo a recomendação dos fabricantes. E, por fim, a manutenção regular pós-execução da obra. Na dúvida, deve-se contratar um profissional experiente para a realização do serviço.

impermeabilização de lajes de cobertura
Imagem de wirestock em Freepik

Quais os melhores materiais para impermeabilização de lajes de cobertura?

  • Manta Asfáltica: Resistente e tradicional, indicada para diversos tipos de impermeabilização. Requer aplicação especializada.
  • Manta Líquida: Fácil aplicação e resistência às movimentações da laje. Pode ser exposta diretamente ao tempo.
  • Aditivos: Auxiliam na prevenção de infiltrações em estruturas de argamassa ou concreto.
  • Resina: Transparente e de rápida aplicação, mas menos resistente ao sol.
  • Silicone: Indicado para áreas com menos tráfego.
impermeabilização de lajes de cobertura
Imagem reproduzida de Pinterest

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Manta asfáltica x manta líquida

Desta lista, os materiais mais utilizados para impermeabilização de lajes de cobertura são as mantas asfálticas e mantas líquidas. Escolher entre elas vai depender de alguns fatores.

A começar pelo tipo de estrutura de laje construída; se for laje plana, por exemplo, uma manta líquida seria o ideal. Depois, vem a questão do tráfego, sendo que a manta asfáltica vai exigir aplicação sobre contrapiso, o que vai elevar custos. Para completar, vem a necessidade de contratação de mão-de-obra, a depender da situação e da solução escolhida.

impermeabilização de lajes de cobertura
Imagem reproduzida de Mapa da Obra

Como realizar a impermeabilização de lajes de cobertura?

Eis o passo a passo para impermeabilização de lajes de cobertura:

  1. Limpeza: Removendo as sujeiras, poeiras e qualquer outro material solto da laje.
  2. Reparos: Tratando trincas e fissuras.
  3. Aplicação da imprimação: Utilizando um primer para preparar a superfície e garantir a aderência do impermeabilizante.
  4. Preparo do Produto: Seguindo as instruções do fabricante para diluir e preparar o produto.
  5. Aplicação do impermeabilizante: Utilizando rolo para espalhar o produto, observando cantos e ralos.
  6. Secagem: Aguardando a secagem entre demãos e a cura completa do produto.
  7. Teste de estanqueidade: Fazendo um teste com água para verificar se a impermeabilização foi bem sucedida.

Como impermeabilizar a laje para jardim?

Outro modelo de laje plana são as lajes para jardim, comum em terraços, que também precisa ser, obviamente, impermeabilizada. Nesse caso, deve-se considerar outros métodos mais adequados do que a manta asfáltica comum, considerando a presença de matéria orgânica e raízes das plantas. Sistemas rígidos também não são recomendados devido à falta de flexibilidade.

impermeabilização de lajes de cobertura
Imagem de mrsiraphol em Freepik

Em vez disso, pode-se usar uma manta especial com proteção adicional e aditivos anti-raízes para evitar danos causados pelas plantas. Melhor ainda, tem a geomembrana de PVC, com grande maleabilidade, resistência mecânica e proteção, sendo aplicada por termofusão. Por fim, poliéster flexível, bastante durável, com resistência mecânica e química, aplicação in loco, e sem juntas e emendas.

impermeabilização de lajes de cobertura
Imagem reproduzida de Pinterest 2

Perguntas Frequentes

Quando é necessário impermeabilizar a laje?

Sinais como pontos escuros no teto, descascamento nas paredes ou bolhas indicam a necessidade de impermeabilização. É importante agir assim que esses sinais aparecem para evitar danos maiores.

Em que momento da obra se faz a impermeabilização?

O momento ideal para a impermeabilização é durante a obra; dessa forma, diversos pontos da edificação podem ser impermeabilizados, desde o baldrame até as lajes, paredes e reservatórios. Se a obra já estiver concluída, é possível realizar reparos utilizando produtos específicos para cada tipo de problema e área.

Como impermeabilizar laje gastando pouco?

Fazendo um planejamento detalhado, considerando os custos de materiais, mão-de-obra e vida útil do produto.

Como escolher uma empresa prestadora de serviços?

É importante contratar profissionais especializados e experientes, verificando suas credenciais e referências.

Quanto tempo dura a impermeabilização?

Depende do método e qualidade do material, podendo variar de 5 a 20 anos.

Quanto custa impermeabilizar uma laje?

Em média, cerca de R$ 30 por m², considerando os materiais e mão-de-obra.

Como impermeabilizar lajes com água?

Para concluir este texto, gostaríamos de comentar que, recentemente, o escritório Brasil Arquitetura desenvolveu uma solução inovadora para construção civil, seria um modelo de impermeabilização de lajes planas com água. A ideia é explorar a água como a própria impermeabilização, saturando o concreto ainda na fase de concretagem para impedir vazamentos futuros. Segundo a empresa, a técnica reduziria variações de temperatura na estrutura, evitando fissuras que podem levar a infiltrações.

O sistema de impermeabilização com água dispensa materiais como manta, regularização e proteção mecânica, além de exigir baixa manutenção. Nesse caso, uma boia simples controla o nível da água. Essa solução pode ser aplicada em qualquer tipo de laje usada como única cobertura e requer o uso de platibandas ou aparatos similares na borda. É essencial tomar cuidados básicos durante a execução e manter o nível de água constante ao longo da vida útil da estrutura.

impermeabilização de lajes de cobertura
Imagem de Brasil Arquitetura reproduzida de Archdaily

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Fontes: Leroy Merlin, Fibersals, Archdaily.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A Ponte Rio-Niterói, oficialmente denominada Ponte Presidente Costa e Silva, pode ser considerada um marco na engenharia nacional, tanto pelas suas dimensões, quanto pela quantidade de trabalhos de engenharia que demandou.

Ponte Rio-Niterói
Imagem de Halley Pacheco de Oliveira em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ponte_Rio-Niter%C3%B3i_01.jpg

Sua construção foi iniciada no ano de 1969 e a ponte foi inaugurada em 1974. Pode-se dizer que ela é um elo fundamental entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, bem como suas adjacências. Saiba mais sobre sua história – e como a obra está hoje – no texto a seguir, do Engenharia 360!

Um pouco da história da Ponte Rio-Niterói

Escolha de local para construção

A construção da Ponte Rio-Niterói teve uma mentalidade tecnológica avançada, com um completo laboratório de ensaios. Quando necessário, eram solicitados serviços de laboratórios externos ou pesquisas especiais. A resistência das estruturas empregadas, por exemplo, foi comprovada por modelos reduzidos ou provas de carga em peças de tamanho natural.

A escolha de sua posição na Baía de Guanabara foi norteada pela necessidade de haver pouca interferência com os portos na região, tanto que seu traçado se encontra por trás dos portos. Entretanto, sob a Ponte Rio-Niterói passam petroleiros de grande porte, em função da existência do terminal marítimo da Petrobras, situado no interior da baía.

Ponte Rio-Niterói
Localização geográfica da Ponte Rio-Niterói | Imagem reproduzida de Blog Viajando pela História do Rio de Janeiro

O modelo de engenharia adotado

O gabarito de navegação adotado na região de maior profundidade da baía tem largura de 260m e altura de 60m. Para atender a esse gabarito, previu-se um vão central de 300m (com os vãos adjacentes de 200m cada), com a pista 70m acima do nível d’água (embora pudesse ser mais alto esse gabarito, deve-se lembrar que há dois aeroportos na região que limitaram sua altura).

Ponte Rio-Niterói
Vista dos vãos centrais e adjacentes | Imagem reprodução

Em quase toda a extensão da baía navegam pequenos barcos ou navios médios. Para atender a essa navegação, os vãos adotados foram de 80m, com a pista 24m acima do nível da água.

Em relação ao tráfego, a Ponte apresenta duas pistas, separadas por uma mediana de concreto e com 12,20 m de largura cada, correspondente a três faixas de rolamento.

A capacidade de tráfego prevista em projeto é de 50.000 veículos diários. Atualmente, a média de tráfego na ponte é de 135.000 veículos por dia (dados de 2021).

As empresas envolvidas no projeto e construção da ponte

A Ponte Pres. Costa e Silva pertence à BR-101, que é uma rodovia federal litorânea que se estende desde Osório – RS até Natal – RN. Dessa maneira, sendo parte integrante da rede rodoviária federal, a obra foi construída com recursos do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER).

O Ministério dos Transportes criou uma empresa pública, denominada ECEX (Empresa de Construção e Exploração da Ponte Presidente Costa e Silva), à qual ficaram subordinadas as firmas encarregadas de projeto e construção da Ponte.

Desenvolvimento do projeto

O projeto e a supervisão da obra estiveram a cargo de um consórcio formado pelas firmas Howard, Needles Tammen and Bergendoff International, Inc., de Nova Iorque, e Antonio A. Noronha – Serviços de Engenharia S. A., do Rio de Janeiro.

A execução das fundações e estruturas de concreto foi entregue a um consórcio de firmas brasileiras: Construções e Comércio Camargo Correa S. A., Construtora Rabelo S. A. e Construtora Mendes Junior S. A.

Fabricação de peças e controle de qualidade

A fabricação e a montagem das estruturas metálicas foram contratadas com o consórcio das firmas inglesas Redpath Dorman Long Ltd. e The Cleveland Bridge and Engineering Co. Ltd., o qual, por sua vez, utilizou os serviços da firma brasileira Montreal Engenharia S. A., como subempreiteira.

O controle de qualidade dos materiais esteve a cargo da firma Geotécnica S. A., que operou o laboratório de ensaios do canteiro na ilha do Fundão, participando ainda de trabalhos de sondagens, medições etc. Dos trabalhos de sondagem e provas de carga, participou também a firma Tecnosolo S. A. Diversas outras empresas foram contratadas pela ECEX para executar tarefas especiais.

As características gerais da obra da Ponte Rio-Niterói

A robustez dos números que envolvem a Ponte Rio-Niterói é impressionante: com uma extensão total de 13290m, é a maior ponte do hemisfério sul e a maior do mundo em viga reta contínua (o vão principal é em viga metálica soldada e possui 300m de comprimento).

Vários foram os desafios técnicos e construtivos que se apresentaram na fase de projeto e construção: concretagem submersa de elementos delgados (tubulões de 1,8m de diâmetro) em meio agressivo (água do mar), substituição do processo já na época clássico de avanços progressivos para a montagem da superestrutura metálica por um esquema ousado que consistia na montagem das vigas através de segmentos pré-fabricados de até 5000tf, dentre outros.

Ponte Rio-Niterói
Sequência executiva em avanços progressivos

Resumo do dados técnicos

Aqui está o texto reorganizado em itens para facilitar a compreensão:

  • Longarinas:
    • Lado do Rio de Janeiro: 777 unidades
    • Lado de Niterói: 365 unidades
    • Total de longarinas: 1.142 unidades
  • Aduelas de Concreto:
    • Total de aduelas: 3.250
      • Aduelas correntes: 3.000 unidades
      • Aduelas de apoio: 182 unidades
      • Aduelas de articulação: 68 unidades
  • Blocos-Pilares e Tubulões:
    • Conjuntos bloco-pilares no mar: 103 unidades
    • Tubulões no mar: 1.138 unidades
  • Faixas de Tráfego:
    • Duas pistas de 12,20 m cada
    • Cada pista possui:
      • Trecho geral: três faixas de rolamento
      • Trecho entre a praça de pedágio e o vão central: quatro faixas de rolamento

Nas tabelas abaixo, algumas dimensões de maior relevância da Ponte Rio-Niterói e números relativos ao consumo de materiais da estrutura:

As curiosidades mais incríveis sobre a Ponte Rio-Niterói: A história por trás da gigante de concreto
Resumo dos principais comprimentos | Quantitativo de materiais empregados na construção

Os principais elementos estruturais da Ponte Rio-Niterói

1. Superestrutura

A Ponte Rio-Niterói, sob o ponto de vista estrutural, apresenta três trechos principais:

  • vãos centrais, junto ao canal de navegação;
  • vãos de acesso sobre o mar;
  • vãos de acesso em terra.

Os três trechos apresentam requisitos funcionais e construtivos diversos, conduzindo cada um a soluções estruturais com características próprias.

Vãos centrais

Conforme observado anteriormente, a altura máxima de construção disponível era de 12 metros, eliminando a utilização de pontes pênseis ou estaiadas no vão central, uma vez que estas apresentam torres de grande altura. A solução então para os vãos centrais foi viga contínua, com vão principal de 300 metros e vãos laterais de 200 metros. A seção transversal é formada por duas vigas-caixão, cada uma com largura de 6,86 metros, sendo a distância livre entre as almas internas 6,34 metros.

Ponte Rio-Niterói
Seções transversais das estruturas metálicas
Ponte Rio-Niterói
Segmento de 292m de comprimento sobre o píer de lançamento

Vãos de acesso sobre o mar

Os vãos de acesso sobre o mar constituem a mais extensa parte da obra e não há gabarito de navegação imposto, podendo-se então utilizar vãos inferiores a 100 metros.

Nessa faixa, o concreto protendido se mostrou a solução mais econômica, pois:

  • o tamanho da obra justificava a industrialização dos trabalhos de construção;
  • as condições de acesso e exposição ao meio ambiente eram desfavoráveis para concretagem local e;
  • o mar constituía o meio mais eficiente para o transporte de elementos pré-moldados pesados. Optou-se então pela técnica de construção segmental com aduelas pré-moldadas, coladas e protendidas, o que garantiu um padrão estético de altíssimo nível e com prazos bastante reduzidos. Além disso, os trechos metálicos e em aduelas se acham compatibilizados, visto que a seção transversal dos trechos em aduelas consta de duas vigas-caixão com as mesmas dimensões externas do trecho metálico.
Ponte Rio-Niterói
Seção típica de acesso sobre o mar (a) fase de construção e (b) fase final
Ponte Rio-Niterói
Estrutura de acesso sobre o mar – esquema de montagem de aduelas
Ponte Rio-Niterói
Montagem das aduelas

Vãos de acesso em terra

Nos trechos de acesso em terra, no lado Rio, as estruturas constam de um longo viaduto sobre a Avenida Rio de Janeiro e três rampas de acesso. O anteprojeto previa para o viaduto uma solução em viga-caixão protendida, moldada no local, com transversinas pré-moldadas. Para as rampas de acesso do Rio e Niterói, o anteprojeto indicava vigas contínuas protendidas, moldadas no local, com seção transversal em forma de viga-caixão.

O projeto com transversinas pré-moldadas chegou a ser parcialmente executado sobre a Avenida Rio de Janeiro (vãos simplesmente apoiados de 32 metros). No restante das estruturas de acesso, o anteprojeto foi modificado para uma solução industrial, utilizando longarinas pré-moldadas em forma de “barriga de peixe”. Um trecho da rampa sobre a Avenida Brasil, no lado Rio, consta de vigas “I” contínuas, formadas por segmentos pré-moldados esposando a mesma forma das longarinas em “barriga de peixe”.

Ponte Rio-Niterói
Montagem das aduelas

2. Mesoestrutura dos trechos sobre o mar

Os pilares sobre o mar constam de pares de colunas retangulares ocas, construídas com o auxílio de formas deslizantes, cada uma suportando as reações de uma viga-caixão. Transversalmente, as dimensões externas dos pilares são constantes e iguais à largura da viga-caixão (6,86 m), ao passo que longitudinalmente a dimensão externa é variável, dando ao pilar a forma de um tronco de cone.

As colunas são ocas, engastadas na base e com uma parte maciça no topo do pilar, chamada cabeça, cuja principal função é receber as cargas dos aparelhos de apoio e transmiti-las às paredes do pilar.

Ponte Rio-Niterói
Mesoestrutura – pilares em concreto

Nas suas bases, os pilares se engastam em blocos de fundação que têm altura de dois a dois metros e meio, enquanto que no vão central a altura dos blocos é de cinco metros. As dimensões em planta variam conforme o número de tubulões existentes em cada pilar.

3. Infraestrutura dos trechos sobre o mar

As fundações do mar foram tubulões, construídos de três modos diferentes:

  • tubulões a ar comprimido, com base alargada, solução utilizável até profundidade da ordem de 25 a 30 metros;
  • tubulões mistos, com estacas metálicas cravadas no interior das camisas metálicas pré-escavadas, as quais são posteriormente cheias com concreto submerso;
  • tubulões tipo Bade-Wirth, nos quais a camisa metálica é colocada no interior de uma escavação feita até o terreno resistente, com o auxílio de um equipamento especial. A camisa metálica é posteriormente com uma armadura e cheia com concreto submerso.

Dos 1.138 tubulões empregados na estrutura da ponte, 462 foram do primeiro tipo, 199 do segundo e 477 do terceiro. O número de tubulões a ar comprimido foi decorrente do limite prático de profundidade. Os demais dependeram da disponibilidade de equipamentos.

As fundações a ar comprimido ficaram em geral assentadas em solos sedimentares resistentes. As estacas das fundações mistas foram cravadas na camada de alteração de rocha. Os tubulões Bade-Wirth tiveram suas bases engastadas na rocha.

Complementam ainda as fundações do mar suas estruturas de proteção, destinadas a absorver a energia de choques eventuais de navios, evitando danos à estrutura da ponte. Foram previstas estas estruturas para os quatro pilares dos vãos centrais, para cinco pilares adjacentes de cada lado dos vãos centrais e ainda quatro pilares entre as ilhas Mocanguê Grande e Caju.

4. Mesoestrutura dos trechos sobre terra

Os pilares dos trechos em terra apresentam formas muito variáveis, dependendo dos pontos de apoio disponíveis. A forma mais simples adotada é a do pilar em “T”, com fuste retangular oco em concreto armado (concretado em forma deslizante) e travessão maciço em concreto protendido (concretado sobre escoramento utilizando painéis metálicos Bailey).

5. Infraestrutura dos trechos sobre terra

As fundações dos trechos em terra foram realizadas em estacas metálicas e em estacas Franki.

As condições atuais da Ponte Rio-Niterói

Adequações e melhorias

No ano de 2000, a Concessionária Ponte S/A (responsável pela operação e manutenção da Ponte), executou a maior intervenção de operação e obras da história da Ponte Rio-Niterói: os caixões metálicos da superestrutura do vão central foram reforçados internamente. Houve ainda, no vão central, a substituição do pavimento asfáltico por pavimento rígido de concreto, proporcionando excelentes condições de trafegabilidade e baixíssima manutenção.

A passagem de grandes caminhões foi restrita ao horário de 22hs às 4hs, possibilitando o redimensionamento das pistas para implantação de uma quarta faixa de rolamento, em ambos os sentidos, no trecho entre a Praça do Pedágio e o vão central. Houve então um aumento da capacidade da ponte de 6 mil para 7,5 mil veículos/hora (horário de pico), diminuindo consideravelmente retenções rotineiras que ocorriam nos acessos de Niterói.

Com a finalidade de garantir tais ganhos operacionais, no mesmo ano teve início a implantação do projeto de bases operacionais avançadas. As primeiras foram construídas na Ilha do Caju, em ambas as pistas. Junto às bases, foi construída, sob as pistas da ponte, uma alça de ligação operacional, cuja finalidade é tornar cada vez mais rápidos os atendimentos SOS Usuário.

As curiosidades mais incríveis sobre a Ponte Rio-Niterói: A história por trás da gigante de concreto
Imagem de Mario Roberto Duran Ortiz Mariordo em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rio_de_Janeiro_Ponte_Niteroi_38.JPG
Ponte Rio-Niterói
Imagem de Sergio Ricardo Ribeiro em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Embaixo_da_Ponte_Rio_-_Niteroi.JPG

O problema das vibrações e solução implementada

Na mesma época, a fim de diminuir e até mesmo neutralizar as oscilações da estrutura do vão central sob ação de fortes ventos, a ponte recebeu uma importante contribuição da engenharia em benefício de sua saúde estrutural: o sistema de Atenuadores Dinâmicos Sincronizados (ADS), instalado no interior dos caixões metálicos.

Essa solução foi desenvolvida pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coopetec/UFRJ). O sistema é composto por 32 conjuntos de molas e contrapesos em aço que totalizam 120 tf, distribuídos simetricamente no meio dos caixões do vão central para reduzir a freqüência natural de oscilação da estrutura.

Ponte Rio-Niterói
Sistema de Atenuadores Dinâmicos Sincronizados (ADS)

Enfim, a Ponte Rio-Niterói é um marco da engenharia nacional, representando não apenas uma conexão física entre o Rio de Janeiro e Niterói, mas também um feito impressionante de engenharia. Ao explorar sua história e características técnicas, percebemos a magnitude desse empreendimento.

Gostou de conhecer mais sobre essa incrível obra de engenharia nacional? Compartilhe suas impressões sobre a Ponte Rio-Niterói nos comentários e ajude a disseminar esse conhecimento com seus amigos!

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Fontes: Pfeil, Walter; Ponte Presidente Costa e Silva – Rio-Niterói – Métodos Construtivos, Ponte

Imagem de capa: Wanderson S. Dantas em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:V%C3%A3o_central_da_Ponte_Rio-Niter%C3%B3i_%2818-09-2011%29_-_panoramio.jpg

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Engenharia 360

Cristiano Oliveira da Silva

Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.

Nos últimos anos, a Engenharia tem testemunhado uma revolução tecnológica marcante: a ascensão dos Virtual Twins ou Gêmeos Virtuais. Essas representações digitais precisas de sistemas físicos têm transformado a maneira como projetamos, testamos e mantemos uma variedade de produtos e infraestruturas.

Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar profundamente o conceito, desde sua origem até suas aplicações atuais e futuras.

O que são Gêmeos Virtuais?

Imagine ter uma cópia virtual perfeita de um objeto físico, um “gêmeo virtual”, que se atualiza em tempo real com o seu equivalente no mundo real. Assim sendo, os Virtual Twins são modelos digitais precisos de um produto, permitindo simulações avançadas e análises detalhadas. Essa tecnologia inovadora está revolucionando a Engenharia, permitindo simulações precisas, monitoramento remoto e otimização de processos.

Virtual Twins ou Gêmeos Virtuais
Imagem de frimufilms em Freepik

Como aconteceu a evolução dos Gêmeos Virtuais?

O conceito de Gêmeos Virtuais remonta aos anos 70, quando a NASA começou a desenvolver modelos digitais complexos para suas missões espaciais. Mas, na prática, eles surgiram mesmo em 2002, quando David Gelernter, professor da Universidade de Yale, propôs a criação de modelos virtuais espelhados em objetos físicos.

Desde então, a ideia ganhou força com o avanço da Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial (IA) e outras tecnologias disruptivas. Agora, com o avanço exponencial da capacidade computacional, os Virtual Twins se tornaram viáveis em uma variedade de aplicações industriais.

Veja Também: Tecnologias Disruptivas para o Futuro da Construção Civil que você precisa conhecer

Como os Gêmeos Virtuais funcionam?

Gêmeos Virtuais são criados através da coleta de dados. Os mesmos funcionam integrando informações de sensores e sistemas físicos, como scanners e outras fontes, em um modelo digital em tempo real.

Esses modelos são então alimentados com algoritmos de simulação e análise, permitindo que os engenheiros visualizem o comportamento do sistema, prevejam falhas potenciais e otimizem o desempenho. Por fim, esses dados são usados para construir um modelo virtual 3D que replica o objeto físico em detalhes.

Virtual Twins ou Gêmeos Virtuais
Imagem de DC Studio em Freepik

Benefícios e Impactos na Engenharia

Gêmeos Virtuais oferecem diversos benefícios para a Engenharia, como:

  • Melhoria na tomada de decisões: os modelos virtuais permitem testar diferentes cenários e tomar decisões mais precisas.
  • Aumento da eficiência: a otimização de processos e a previsão de falhas reduzem custos e aumentam a produtividade.
  • Redução de riscos: a simulação de cenários e a detecção precoce de problemas diminuem os riscos de falhas e acidentes.
  • Melhoria da comunicação: os modelos virtuais facilitam a comunicação entre diferentes equipes e stakeholders.

Desafios e Obstáculos a Superar

Apesar dos benefícios, ainda há desafios a serem superados, como:

  • Integração de dados: a coleta e integração de dados de diferentes fontes pode ser complexa.
  • Segurança cibernética: os modelos virtuais precisam ser protegidos contra ataques cibernéticos.
  • Custo: a implementação da tecnologia ainda pode ser cara para algumas empresas.
  • Falta de mão de obra qualificada: é necessário treinamento para profissionais que utilizem a tecnologia.

Quais as aplicações inovadoras dos Gêmeos Virtuais em diversos setores?

Virtual Twins são aplicados de maneiras inovadoras em diversos setores, incluindo:

Indústria

  • Simulação e otimização de processos de produção.
  • Monitoramento do desempenho de máquinas em tempo real.
  • Previsão de falhas e manutenção preditiva.

Saúde

  • Criação de modelos virtuais de pacientes para planejamento cirúrgico preciso.
  • Desenvolvimento de próteses personalizadas.
  • Simulação de procedimentos médicos complexos para treinamento de profissionais de saúde.

Construção e Arquitetura

  • Projeto e visualização de edifícios antes da construção.
  • Otimização do planejamento urbano.
  • Monitoramento e manutenção de infraestrutura civil.

Energia

  • Otimização do desempenho de redes elétricas e de distribuição.
  • Monitoramento de turbinas eólicas e solares.
  • Previsão de falhas em usinas e instalações de energia.

Transporte

  • Desenvolvimento e teste de veículos autônomos.
  • Simulação de tráfego e sistemas de transporte público para melhor planejamento e eficiência.
  • Monitoramento e manutenção preditiva de frota de transporte.

Manufatura Avançada

  • Otimização de processos de fabricação, reduzindo desperdícios e aumentando a eficiência.
  • Manutenção preditiva de equipamentos industriais para evitar paradas não planejadas.

Engenharia Civil

  • Modelagem de estruturas para avaliação de segurança e desempenho.
  • Planejamento e execução de projetos de infraestrutura, como pontes e túneis.
  • Monitoramento de condições de estruturas diversas para manutenção proativa.

Essas aplicações demonstram como os Gêmeos Virtuais estão revolucionando diversos setores, permitindo simulações precisas, previsões confiáveis e tomada de decisões mais informada.

Qual o futuro dos Gêmeos Virtuais na Engenharia?

Os Virtual Twins, impulsionados pela evolução tecnológica, estão se tornando mais sofisticados e difundidos. Prevê-se que desempenhem papéis fundamentais em áreas como cidades inteligentes, exploração espacial avançada e medicina personalizada. Representando uma nova era na Engenharia, promovem inovação, eficiência e segurança.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O mundo vive hoje uma crise de energia. Por isso, os governos estão investindo mais em fontes renováveis, a exemplo das fazendas solares. Agora, pensando na produção em centros urbanos, como poderíamos capturar melhor a energia do sol de forma otimizada para a geração de eletricidade? Bem, é aí que entra a nova proposta dos cientistas, o planejamento urbano seguindo o conceito de “cidade-girassol”.

Neste artigo do Engenharia 360, vamos entender esse design inovador e sustentável, que promete revolucionar o setor de Engenharia de Energia. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

cidade-girassol
Imagem gerada em IA de Freepik

O que é uma cidade-girassol?

Cidade-girassol é um modelo diferente de planejamento urbano, que é organizado, assim como diz o nome, em forma de flor de girassol. Nesse caso, os edifícios têm uma volumetria seguindo o padrão das folhas ou são organizados de modo estratégico a serem distribuídos em planta baixa, assim como as pétalas da flor. A ideia é maximizar a exposição das placas solares instaladas em telhados e fachadas à exposição solar, permitindo um melhor aproveitamento dos raios para geração de energia.

cidade-girassol
Imagem de Renewable Energy Focus (2023), DOI 10.1016j.ref.2023.100527, reproduzida de Olhar Digital

Esse conceito de planejamento urbano combina bem com o pensamento moderno dos engenheiros e arquitetos, que buscam construir cidades mais sustentáveis. Essa forma eficiente de otimizar a captação de energia, se colocada em prática, deve mudar a maneira como concebemos e construímos cidades.

Qual a inspiração para a criação de cidades-girassóis?

A ideia para a criação de cidades-girassóis partiu da equipe internacional liderada pelo renomado Dr. Ammar A. T. Alkhalidi, da Universidade de Sharjah, localizada nos Emirados Árabes Unidos. Seus pesquisadores ficaram inspirados pela harmonia das sementes da flor. E, então, consideraram se um modelo de design urbano em formato simular poderia ajudar poderia maximizar a captação de energia solar em regiões com baixa incidência solar.

cidade-girassol
Imagem de David Dibert em Pexels

Superando os padrões tradicionais

É importante destacar aqui, neste texto, como costumam ser os modelos urbanos tradicionais. Bem, eles geralmente seguem padrões de grades e radiais. Porém, isso traz limitações significativas para o aproveitamento da energia solar de forma eficiente na maioria das cidades. Em comparação, uma cidade-girassol poderia ser diferente. De acordo com resultados obtidos em testes, ela aumentaria a exposição solar em telhados e fachadas em até 12%.

Em uma pesquisa publicada recentemente no periódico Renewable Energy Focus, foi detalhado que esse modelo de configuração permite mesmo uma distribuição mais uniforme da luz solar entre os edifícios. Foram realizadas simulações em Gêmeos Virtuais de cidades como Varsóvia, demonstrando um aumento impressionante na eficiência energética em comparação com os arranjos urbanos convencionais.

cidade-girassol
Imagem gerada em IA de Freepik

Como funcionaria o design de uma cidade-girassol?

O padrão de cidade-girassol é baseado em dois princípios fundamentais:

  • Distribuição Fibonacci: A organização dos edifícios segue a sequência de Fibonacci, garantindo que todos os edifícios recebam luz solar direta durante o dia.
  • Orientação otimizada: Os edifícios são posicionados de forma a minimizar o sombreamento entre si, maximizando a área de superfície exposta ao sol.

Conforme a equipe de Alkhalidi, as cidades-girassois apresentariam detalhes arquitetônicos surpreendentes. Claro que cada elemento precisaria ser cuidadosamente planejado para minimizar as sombras nos telhados, e realmente ser maximizado o potencial de geração de energia solar.

cidade-girassol
Imagem de Renewable Energy Focus (2023), DOI 10.1016j.ref.2023.100527, reproduzida de Olhar Digital

Veja Também: Engenharia Urbana para Cidades: Intervenções e Impactos

Quais os possíveis benefícios das cidades-girassois?

São benefícios apontados para o modelo urbano de cidades-girassois:

  • Sustentabilidade energética: Aumento significativo na captação de energia solar, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e promovendo a sustentabilidade.
  • Qualidade de vida urbana: Melhoria na iluminação natural e ventilação dos edifícios, criando ambientes mais saudáveis e confortáveis para os residentes.
  • Preservação da privacidade: O design das cidades-girassol garante a privacidade dos residentes, mesmo com a maior densidade populacional.
  • Viabilidade prática: O modelo é adaptável a diferentes contextos geográficos e pode ser implementado em cidades novas ou existentes.

Considerações Finais

Propostas como esta, para “cidades-girassois”, nos traz um pouco de esperança quanto ao futuro do planeta. É claro que, como bem sabemos, precisamos caminhar muito – e a uma velocidade mais rápida – em direção à sustentabilidade e resiliência. O que muda agora é termos uma opção mais viável na “manga” para os modelos tradicionais de planejamento urbano, inspirando o surgimento de outras propostas arquitetônicas na mesma linha.

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Fontes: Olhar Digital.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Quem precisa lidar com caminhões modernos já está por dentro do que é e qual a importância do Arla 32. Agora, se você caiu de paraquedas aqui, no Engenharia 360, e gostaria de saber mais sobre o assunto, continue lendo este texto. Começamos lhe informado que esse material trata-se de um componente fundamental para que tais modelos de veículos possam ter suas emissões de poluentes reduzidas, ao mesmo tempo que seu desempenho otimizado. Entenda mais a seguir!

Arla 32 caminhões
Imagem reproduzida de Chiptronic

O que é e qual a importância do Arla 32 nos caminhões?

Atualmente, é necessário manter o Arla 32 em dia nos caminhões com sistema SCR (Redução Catalítica Seletiva). Isso se justifica sobretudo para podermos cumprir nossas metas de proteção do meio ambiente. Como dito antes, o mesmo trata-se de uma solução de ureia em água desmineralizada (32,5%) que contribui para a redução das emissões de poluentes, especialmente óxidos de nitrogênio (NOx) nos gases de escape.

A saber, com o Arla 32 adicionado em caminhões, pode-se reduzir em até 90% as emissões de NOx no planeta, combatendo a poluição do ar.

Arla 32 caminhões
Imagem reproduzida de Chiptronic

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Onde e como adquirir o Arla 32?

Aqui no Brasil, o Arla 32 pode ser adquirido hoje facilmente em postos de combustíveis e lojas de autopeças autorizadas e revendedores certificados, garantindo sua qualidade e conformidade com as normas.

Agora, vale destacar que o Arla 32 será deve ser aplicado em um tanque específico. Ou seja, NUNCA no tanque de diesel.

É importante seguir as instruções presentes nos manuais de fabricantes – do produto e do veículo – para entender a proporção correta de uso do Arla 32, que geralmente fica entre 5% a 7% do volume de diesel. E para completar, utilize apenas Arla 32 de boa qualidade e procedência, com selo do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Arla 32 caminhões
Imagem reproduzida de CETESB

Qual a importância de fazer uso correto do Arla 32?

Para controlar o nível de Arla 32 no caminhão, basta analisar os dados apresentados no painel de instrumentos do veículo. Assim, será possível saber quando necessário reabastecer. E, sim, há consequências na falta da sua utilização, tanto ambientais quanto legais. Mais ainda, há consequências nos sistemas de tratamento de emissões, afetando o veículo e aumentando a poluição atmosférica, se não for usado de modo correto e não realizada a manutenção devida.

Conheça as melhores práticas descritas nas normas de emissão para utilizar e manter o Arla 32 no seu caminhão, evitando problemas e garantindo o desempenho adequado!

Dicas para evitar problemas com o Arla 32

  • Siga a proporção recomendada de Arla 32 em relação ao combustível do caminhão.
  • Esteja atento aos sinais que indicam a necessidade de troca do filtro.
  • Verifique o nível do Arla 32 periodicamente e reabasteça quando necessário.
  • Troque o filtro de Arla 32 a cada 120 mil km ou 1 ano – o que ocorrer primeiro.
  • Realize a limpeza do sistema SCR a cada 240 mil km.
  • Evite a contaminação do sistema para evitar danos ao veículo e garantir a conformidade com as regulamentações ambientais.
  • Utilize produtos de qualidade e procedência para a manutenção.
Arla 32 caminhões
Imagem de @aleksandarlittlewolf em Freepik

Quais os impactos da não utilização do Arla 32?

Existem implicações ambientais e financeiras da não utilização do Arla 32. Para começar, o aumento das emissões de poluentes, que traz riscos à saúde de humanos e animais, com doenças respiratórias, e ao planeta de um modo geral, com o aumento do efeito estufa.

Com o Arlo 32 nos caminhões, economizam-se combustíveis e tem-se maior vida útil para os motores. E como se não bastasse, se não fossem razões suficientes, o não cumprimento das regulamentações sobre o Arla 32 pode acarretar infrações administrativas e financeiras, além de penalidades para os caminhoneiros e empresas. Ficou convencido agora?

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Fontes: Garagem 360, Revista Caminhoneiro.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Neste artigo, o Engenharia 360 compartilha mais uma linda história envolvendo o mundo das engenharias. Estamos falando da jornada emocionante de mãe e filho que é exemplo de como a união familiar, a perseverança e o amor pelo conhecimento podem superar obstáculos e transformar sonhos em realidade. Continue lendo e inspire-se com Irene e Vitor, que alcançaram o objetivo de ingressar juntos no mesmo curso em universidade pública!

Mãe e filho são aprovados em Engenharia Elétrica
Imagem divulgação Unioeste via Terra

Conhecendo Irene e Vitor

Irene Cecília Cagol, de 51 anos, é mãe de Vitor Gabriel Cagol, de 17 anos. Os dois sonhavam em cursar a faculdade de Engenharia Elétrica. Claro que esse feito por si só já seria uma grande conquista, pois, como bem sabemos, a concorrência para as engenharias é grande, mesmo em instituições privadas. Agora, a jornada dessa mãe e filho começou bem antes. Eles tiveram que superar muitos desafios pessoais e acadêmicos até a tão sonhada aprovação no vestibular.

Vitor foi diagnosticado com epilepsia ainda quando criança, apresentando crises frequentes que impactaram a sua coordenação motora. Esse obstáculo intransponível moldou praticamente a sua caminhada educacional, mas o jovem não permitiu que isso definisse o seu futuro. Por graças, ele recebeu muito apoio familiar e tratamento médico adequado. Assim, foi possível que ele se preparasse bem para os desafios que ainda estavam por vir.

Durante esse tempo, sua mãe, Irene, portadora de fibromialgia – síndrome que apresenta sintomas como dores intensas pelo corpo, além de fadiga, indisposição e sono não reparador – dedicou-se ao seu bem-estar, sacrificando suas próprias aspirações educacionais. Ela deixou os cadernos e livros de lado por duas décadas, mas não os seus sonhos. Quando o filho começou a se preparar para o vestibular, ela retomou os estudos e, com determinação, passou a acompanhar Vitor na sua jornada rumo à graduação.

Mãe e filho são aprovados em Engenharia Elétrica
Imagem de acervo pessoal reproduzida de G1

A emoção da aprovação

No verão de 2024, finalmente veio a boa notícia. Irene e Vitor foram aprovados para Engenharia Elétrica no vestibular da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Foz do Iguaçu.

Mãe e filho são aprovados em Engenharia Elétrica
Imagem reproduzida de O Bem Dito

É claro que esse momento foi de pura emoção e orgulho para a família. A realização desse feito notável de mãe e filho é fruto desse esforço e dedicação para perseguir seus objetivos, além de união e paixão pelo conhecimento. Agora, essa história inspira outros que sonham também em ingressar nas engenharias, independentemente dos obstáculos que encontrem pelo caminho. E mais, é um testemunho do poder da dedicação e do apoio mútuo.

Irene e Vitor, mãe e filho, compartilharam aulas, desafios, dúvidas, aprendizados e muitos momentos de estudo. Eles encontraram na parceria uma fonte de motivação. Enquanto Vitor se destacou na ampla concorrência, Irene conquistou sua própria vitória, com muita força e resiliência.

Mãe e filho são aprovados em Engenharia Elétrica
Imagem divulgação Unioeste via Terra

Veja Também: Mãe consciente cria giz de cera sustentável feito de vegetais para a diversão da filha

A paixão pela Engenharia Elétrica

A escolha por um curso de Engenharia Elétrica no vestibular parecia bastante natural para Irene e Vitor. A mãe já era encantada pela área. Mas sua maior motivação era poder se aprofundar no universo que tanto motivava seu filho, que sempre se sentiu atraído por mecanismos robotizados. Agora, ela se sente feliz em retomar suas atividades educacionais ao lado de quem mais ama.

A saber, Vitor foi classificado em 10º lugar na ampla concorrência e Irene conquistou o 2º lugar nas vagas para Pessoas com Deficiência (PCDs). Os dois olham para o futuro com muito otimismo. Eles pretendem honrar a oportunidade, almejando se tornar excelentes profissionais. E nós, do Engenharia 360, só podemos lhes desejar a maior boa-sorte e grande sucesso!

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Fontes: Terra, G1.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Normas são essenciais para a Engenharia, garantindo segurança, qualidade e padronização. Ignorá-las pode acarretar riscos graves e custos elevados. O profissional de Engenharia desempenha um papel crucial como guardião da segurança e do cumprimento das normas.

No Brasil, a ABNT é responsável pela normatização técnica, fornecendo a base para o avanço tecnológico. Distinções importantes incluem Normas Regulamentadoras (NR), obrigatórias pelo MTE, e Normas Brasileiras (NBR), muitas vezes tornadas obrigatórias pelo governo.

“A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, fundada em 1940, é o órgão responsável pela normatização técnica do país, fornecendo a base necessária para o avanço tecnológico brasileiro.” – (site da ABNT).

Neste artigo do Engenharia 360, abordaremos algumas das principais normas que regem a prática da Engenharia no Brasil, enfatizando a importância do profissional de Engenharia na promoção da segurança e na garantia do cumprimento dessas normas. Confira!

Qual a diferença entre NR e NBR?

  • NBR é a sigla de Norma Brasileira aprovada pela ABNT de caráter voluntário e fundamentada no consenso da sociedade. Torna-se obrigatória quando essa condição é estabelecida pelo poder público.
  • NR é a sigla de Norma Regulamentadora estabelecida pleo MTE, Ministério do Trabalho e Emprego, com caráter obrigatório.

Começaremos falando sobre as NR’s, que tem como principal objetivo proteger e resguardar a execução dos serviços dos trabalhadores em geral.

NRs e NBRs
Imagem de Freepik

Veja Também: Normas técnicas da ABNT: para que servem?

NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI

EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Essa norma determina que o EPI só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA. E que o mesmo deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.

Além disso, a empresa é obrigada a fornecê-los aos empregados, gratuitamente, de acordo com o risco aos quais estarão expostos, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

  • sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
  • enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e;
  • para atender situações de emergência.

A NR 06 ainda determina as obrigações que o empregador, os empregados, os fabricantes ou importadores, entre outros, têm em relação ao EPI.

NR 8 – Edificações

Essa norma define os parâmetros para as edificações, observando-se a proteção contra a chuva, insolação excessiva ou falta de insolação, enfim, busca estabelecer condições do conforto nos locais de trabalho.

NBR 6118 – Projetos de Estruturas de Concreto

Considerada a “bíblia” do Engenheiro Civil, essa norma versa sobre as principais características das estruturas de concreto. Alguns dos principais assuntos abordados nessa diretriz são:

  1. Diretrizes para durabilidade da estrutura de concreto;
  2. Segurança e Estados Limites;
  3. Resistências dos materiais;
  4. Ações internas e externas nas estruturas de concreto armado;
  5. Princípios gerais para dimensionamento de peças – Vigas, Pilares e Lajes;
  6. Análise Estrutural.

NBR 8800 – Projeto de Estruturas de Aço e Estruturas Mistas de Aço e Concreto

Publicada há cerca de dois anos, representou um marco importante para a evolução das estruturas de aço e mistas de aço e concreto no Brasil. Essa norma, finalizada após cerca de cinco anos de discussões, apresenta procedimentos atualizados, similares aos das normas internacionais mais aceitas, e compatíveis com outras normas brasileiras. Seu escopo engloba elementos estruturais com perfis abertos e tubulares.

NBR 7480/2007 – Aço Destinado a Armaduras para Estruturas de Concreto Armado – ESPECIFICAÇÃO

Esta Norma estabelece os requisitos exigidos para encomenda, fabricação e fornecimento de barras e fios de aço destinados a armaduras para estruturas de concreto armado, com ou sem revestimento superficial.

NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão

Considerado um dos regulamentos mais lidos por Engenheiros Eletricistas, esta norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e conservação dos bens. Funciona para o profissional da área como um guia sobre o que se deve ou não fazer e traz um texto diferenciado.

NBR 15831 – Veículos Rodoviários – Remoção e Reinstalação de Motores

Essa Norma estabelece os princípios gerais para remoção, reinstalação e funcionamento de motores alternativos de combustão interna de aplicação rodoviária, agrícola, industrial, marítima, estacionária e ferroviária.

NBR 17094 -1 – Máquinas Girantes – Motores de Indução – Monofásico e Trifásico

Essa Norma é composta por duas partes. A primeira estabelece os requisitos mínimos para montagem de motores de indução trifásico. E a segunda parte específica os requisitos para motores de indução monofásicos assíncronos de rotor de gaiola.

NBR 14565 – Procedimento Básico para Elaboração de Projetos de Cabeamento de Telecomunicações para Rede Internna Estruturada

Essa norma tem como objetivo estabelecer os critérios mínimos para elaboração de projetos de rede interna estruturada de comunicações, em edificações comercial, independente do porte. A Norma se aplica a prédios comerciais, situados em um mesmo terreno, envolvendo os pontos de telecomunicações nas áreas de trabalho, os armários de telecomunicações, salas de equipamento, entre outros.

No desenvolvimento de um projeto de cabeamento estruturado, a NBR 14565 pretende estabelecer a correta forma de aplicação dos conceitos de rede primaria e rede secundaria envolvendo todos os seus elementos constitutivos.

Bônus | NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

Essa é uma norma regulamentadora que estabelece diretrizes fundamentais para a segurança dos eletricistas no trabalho com eletricidade. Os principais pontos incluem o conhecimento da NR-10, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), treinamento obrigatório, supervisão por profissionais qualificados, e medidas de proteção coletiva. Seguir essas diretrizes é crucial para prevenir acidentes e manter a segurança dos eletricistas e das instalações elétricas.

Ao evidenciar a importância das normas, fortalecemos a qualidade e a segurança dos projetos, contribuindo para um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente. Se você tem conhecimento de alguma outra norma pertinente que não tenha sido abordada neste texto, compartilhe na aba de comentários!

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Engenharia 360

Andrey Lucena Santos

Redator colaborador do Engenharia 360.

O mundo é um canteiro de obras em constante expansão. A demanda por projetos de Engenharia cresce a cada dia, impulsionada por megatendências como urbanização, desenvolvimento sustentável e avanços tecnológicos. Nesse cenário promissor, a internacionalização surge como uma oportunidade estratégica para empresas de Engenharia que desejam expandir seus negócios, diversificar suas receitas e alcançar novos patamares de sucesso. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!

A importância da internacionalização para empresas de Engenharia

Antes de mergulharmos nas estratégias específicas, é importante entender o contexto da internacionalização para empresas de Engenharia. Na verdade, desde os primórdios da Engenharia, a busca por novos desafios e oportunidades levou empresas a expandirem para além de suas fronteiras originais. Grandes impérios como o Romano e o Egípcio já praticavam formas rudimentares de internacionalização em suas construções e projetos.

No mundo globalizado de hoje, as fronteiras não são mais barreiras intransponíveis, mas sim convites para novas possibilidades. A internacionalização não apenas amplia o alcance do mercado, mas também impulsiona a inovação, promove a diversidade cultural e fortalece a competitividade.

Com a chegada da modernidade e novas tecnologias – sobretudo de comunicação -, as empresas de Engenharia passaram a buscar mais oportunidades em mercados internacionais. A troca de conhecimento e expertise tornou-se essencial para o crescimento sustentável dessas organizações.

Empresas de Engenharia
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Resumo dos benefícios da internacionalização para empresas de Engenharia:

  • Diversificação de Mercado: Reduz a dependência de um único mercado.
  • Crescimento Sustentável: Expande as oportunidades de negócio e aumenta a receita.
  • Acesso a Novas Tecnologias: Facilita a troca de conhecimento e inovação com parceiros internacionais.

Estratégias de internacionalização para empresas de Engenharia

1. Pesquisa de Mercado Global

Antes de iniciar qualquer empreendimento internacional, é essencial realizar uma pesquisa de mercado abrangente. Compreender as necessidades, demandas e tendências do mercado global ajudará a adaptar os produtos e serviços da empresa para atender às expectativas locais. Esta pesquisa também identificará concorrentes, parceiros potenciais e regulamentações específicas de cada país.

2. Parcerias Estratégicas

Estabelecer parcerias estratégicas com empresas locais pode facilitar significativamente a entrada em novos mercados. Essas parcerias oferecem insights valiosos sobre o mercado local, ajudam na construção de uma rede de contatos sólida e fornecem suporte logístico e operacional essencial.

3. Adaptação Cultural

A sensibilidade cultural é crucial para o sucesso internacional. As empresas de Engenharia devem estar dispostas a adaptar suas práticas comerciais, linguagem e até mesmo seus produtos e serviços para se adequarem às normas e expectativas culturais de cada país-alvo.

4. Inovação Contínua

A internacionalização requer uma mentalidade de inovação contínua. As empresas de Engenharia devem estar preparadas para se adaptar rapidamente às mudanças do mercado global, desenvolver novas soluções tecnológicas e buscar constantemente maneiras de melhorar seus processos e produtos.

5. Investimento em P&D Global

Investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em escala global pode impulsionar a inovação e fortalecer a posição da empresa nos mercados internacionais. Colaborações com universidades, instituições de pesquisa e empresas locais podem abrir novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento de produtos.

6. Diversificação de Portfólio

A diversificação do portfólio de produtos e serviços pode aumentar a atratividade da empresa em diferentes mercados. Adaptar-se às necessidades específicas de cada região, oferecendo uma variedade de soluções, pode aumentar a competitividade e a relevância global da empresa.

7. Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)

O uso eficaz da tecnologia da informação e comunicação é essencial para coordenar operações globais, gerenciar cadeias de suprimentos complexas e manter uma comunicação eficiente entre equipes distribuídas geograficamente.

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Outros modelos para a internacionalização

  • Exportação: Ideal para empresas iniciantes, a exportação de serviços e produtos de Engenharia é uma forma de testar o mercado internacional sem grandes investimentos.
  • Franchising: Permite que empresas repliquem seu modelo de negócio em outros países, contando com parceiros locais que já possuem conhecimento do mercado.
  • Joint Venture: A criação de uma joint venture com empresas estrangeiras é uma opção interessante para empresas que buscam compartilhar recursos e conhecimentos para entrar em um novo mercado.
  • Investimento direto: A abertura de filiais ou subsidiárias em outros países é a estratégia mais complexa, mas também oferece maior controle sobre as operações e potencial de crescimento.

Lembre-se que não existe uma fórmula mágica para a internacionalização. O sucesso depende da escolha da estratégia mais adequada ao perfil da empresa, seus objetivos e recursos disponíveis, além disso da capacidade da empresa de se adaptar às culturas e às práticas de negócios dos diferentes países. É fundamental investir em pesquisas de mercado, treinamento intercultural e na construção de relacionamentos com parceiros locais.

Histórias de sucesso de empresas de Engenharia

Para ilustrar a eficácia dessas estratégias, consideremos casos de empresas de Engenharia que alcançaram sucesso internacional:

  • TechSolutions Inc.: Esta empresa de Engenharia sediada nos Estados Unidos expandiu-se globalmente através de parcerias estratégicas com empresas locais em mercados-chave, como China e Índia. Investimentos significativos em P&D permitiram que a TechSolutions desenvolvesse produtos adaptados às necessidades específicas de cada mercado, enquanto uma abordagem culturalmente sensível garantiu uma integração suave em ambientes comerciais estrangeiros.
  • EuroEngineering Group: Com sede na Europa, o EuroEngineering Group diversificou seu portfólio de serviços para incluir soluções de Engenharia Civil, Elétrica e Mecânica. A empresa adotou uma abordagem centrada no cliente, priorizando a satisfação e adaptando-se rapidamente às demandas do mercado. Investimentos em tecnologia da informação e comunicação garantiram uma operação eficiente e integrada em suas filiais globais.

No Brasil, empresas como Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez conquistaram reconhecimento global pela excelência técnica, capacidade de gestão e adaptação às diferentes culturas.

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Tendências e perspectivas para a internacionalização

A internacionalização continuará a ser uma tendência fundamental para o futuro da Engenharia. A globalização, a digitalização e a sustentabilidade são megatendências que moldarão o mercado global de Engenharia nos próximos anos. Empresas que desejam prosperar nesse cenário precisarão estar preparadas para atuar de forma competitiva e inovadora em um mercado global cada vez mais conectado e exigente.

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