O Programa Nacional de Banda Larga foi lançado no ano passado, depois de vários atrasos, com a promessa de universalizar a banda larga no Brasil. Ele oferece planos de 1Mbps por até R$35 mensais (com cota de download). Mas seu impacto parece limitado: em um ano, dos 32 milhões de ativações totais na internet, apenas 1 milhão vieram do PNBL.
Mas segundo a Folha, o governo federal pretende anunciar, no início do ano que vem, o PNBL 2.0. A atualização do Programa Nacional de Banda Larga deve incluir a oferta de conexão via rede elétrica para ajudar a expandir a internet no Brasil. O PNBL 2.0 também deve incluir a exigência de velocidades maiores nas cidades que já contam com o plano.
A banda larga por rede elétrica transmite dados através do cobre dos fios, e não através de eletricidade. Ele requer apenas que você ligue o modem na tomada para se conectar à internet. A regulamentação dela foi feita já tem um tempo, mas a oferta do serviço no Brasil praticamente inexiste.
Ao incluí-la no PNBL, a ideia do Ministério das Comunicações é que, como praticamente todo o país recebe energia elétrica, é muito mais fácil levar a internet por essas redes do que esperar as teles criarem novas redes – principalmente em cidades no interior que ainda não têm oferta de banda larga.
Nos próximos dias, o Ministério das Comunicações deve publicar um decreto com desoneração de infraestrutura para as teles expandirem as suas redes. Depois, uma portaria vai determinar equipamentos que vão receber os benefícios fiscais, e os smart grids estarão inclusos – eles prometem diversas melhorias para o uso de energia elétrica. Nós já falamos sobre eles e como achamos que eles serão importantes por aqui.
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Eduardo Mikail
Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.