Desde 2008, o Distrito Federal realiza a AgroBrasília, a maior feira de tecnologias ligadas ao agronegócio do Centro-Oeste. Este ano ela ocorreu entre os dias 17 e 21 de maio, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci. Entre 90 e 120 mil visitantes foram recebidos. Além de inúmeros produtores, em busca de tecnologia e visando mudanças e inovações em suas atividades, também esteve presente um público bem jovem - a nova geração de trabalhadores do campo -, fora os micro e grandes empresários.
A produção dos indígenas agricultores
Claro que das presenças mais ilustres desta feira, estavam 30 agricultores indígenas de diferentes etnias do país - Haliti-Paresi (MT), Xavante (MT), Cinta Larga (RO), Suruí (RO), Guajajara (MA), Kaingang (SC) e Tapuia (GO). Eles estiveram na AgroBrasília como expositores, com apoio da Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável (DPDS) da Funai, por meio da Coordenação-Geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento. Na ocasião, eles contaram como cada comunidade sua desenvolve suas atividades de plantio, sempre buscando a sustentabilidade e preservação das terras. Pode-se dizer que esse intercâmbio de conhecimentos e experiências foi o ponto alto do evento!
Na AgroBrasília, foram divulgadas algumas informações relevantes sobre a produção indígena no Brasil. Por exemplo, projetos em exercício para geração de rendas nas aldeias, recursos esses que devem ser destinados para a autossuficiência, como aquisição de materiais de pesca, sementes, mudas, insumos, ferramentas, maquinário agrícola, apoio para o escoamento da produção e realização de cursos de capacitação para os indígenas. Também há os projetos para lavouras em locais antropizados - ou seja, cujas características já foram alteradas, como zonas desmatadas ou mineralizadas -, para produção de soja, milho e feijão. E ainda modelos de produção sustentável, como de café indígena ou coleta e beneficiamento de castanha-da-Amazônia, possível por meio de acordo com empresas privadas.
Os novos agricultores e suas práticas
É claro que precisamos olhar diferente para essa questão de produzir e consumir alimentos, sobretudo que agridam menos a saúde humana e sejam menos agressivos ao meio ambiente. O desenvolvimento da agricultura por parte dos humanos não pode ser uma desculpa para desmatarmos mais, poluirmos mais, acabarmos mais com a vida dos outros animais. Essa é a filosofia dos povos indígenas e deveria ser de todos os produtores. Afinal, temos aí as inovações tecnológicas a nosso favor. Então, vamos aproveitar?!
O aprimoramento da agricultura deve estar alinhado aos discursos de ecologia e sustentabilidade, às novas formas de pensar, às recentes mudanças de comportamentos dos consumidores. E é preciso, sim, aproveitar a mente "fresca" dos filhos dos velhos produtores, que estão agora assumindo negócios familiares, mais abertos às tecnologias!
Foram assuntos na AgroBrasilía, por exemplo:
LEIA MAIS
- novas práticas para uma agricultura mais equilibrada e eficiente;
- uso de bioinsumos, avanços e perspectivas;
- controles biológicos e uso de drones;
- rotação de culturas;
- desenvolvimento de pesquisas de mercado e as mídias sociais;
- estratégias de confinamento;
- criação de startups;
- modelos de manejo diante de escassez de recursos;
- qualidade dos produtos e valor nutricional;
- maquinários de última geração;
- novas técnicas de cultivo;
- aplicativos de biotecnologia;
- e manejo da fertilidade do solo diante da carência de fertilizantes e commodities.
Fontes: Correio Braziliense, Correio Braziliense 2, Correio Braziliense 3, Governo Federal.
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Eduardo Mikail
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