Todos nós já consumimos produtos cosméticos. Mas já parou para pensar na origem desses produtos, como eles são desenvolvidos e, pior, avaliados antes de sair para o mercado? Caso você não saiba, infelizmente, muitos itens são antes testados em animais ou em pessoas cobaias. Esse é um processo polêmico, mas que pode deixar de ser feito. Isso porque os cientistas estão prometendo um tecido humano em impressão 3D para testes de cosméticos. Saiba mais neste artigo do Engenharia 360!

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O começo de uma revolução na indústria da beleza

Com o desenvolvimento de peles artificiais por parte dos laboratórios de engenharia e pesquisa, a indústria da beleza (para cosméticos e farmacêutica) começou a sofrer uma grande (e positiva) revolução. Nada mais de testes crueis e desnecessários em cobaias! E, olha, saiba que de modo algum os resultados dos experimentos seriam imprecisos ou ineficazes. Pelo contrário, já se sabe que o potencial dessas peles feitas em impressão 3D seria inigualável!

Agora, como aconteceria essa bioimpressão de tecidos? Pois bem, aconteceria via processo que usa células vivas para construir, camada por camada, um tecido tridimensional. O resultado é um modelo de pele muito semelhante à humana em termos de estrutura e função - como as estruturas dos folículos capilares. Isso significa que o material pode, sim, ser usado para avaliações de segurança e eficácia de cosméticos.

Aliás, uma observação, com o controle preciso sobre os parâmetros de impressão, os cientistas podem criar modelos de pele cada vez mais complexos, mimetizando fielmente as características da pele real.

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Projetos atuais de produção de pele em impressão 3D

Atualmente, uma equipe de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), liderados pela doutora Julia Bagatin, está desenvolvendo um biomaterial capaz de imitar a resposta da pele humana a uma ampla gama de substâncias químicas. Já se sabe que essa pele feita em impressão 3D pode ser reproduzida em larga escala e, portanto, é uma alternativa aos métodos tradicionais de testes.

Os cientistas agora trabalham para diminuírem os custos dessa produção de pele artificial 3D para que ela possa, finalmente, ser utilizada por toda a indústria da beleza. Outro desafio além do preço de fabricação é a padronização dos métodos de testes, que, a partir daqui, precisa acontecer para garantir que os resultados obtidos sejam confiáveis.

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Aplicações da pele artificial 3D na indústria

A indústria farmacêutica e de cosméticos já reconhece o potencial da pele artificial 3D, o que é ótimo. Inclusive, no Brasil, empresas como a Natura adotaram rapidamente a bioimpressão de pele para testar a toxicidade de seus produtos, abandonando os testes em animais em favor de métodos mais éticos e precisos. A longo prazo, quanto mais testes em peles artificiais forem feitos, mais baratos e eficientes serão os processos.

Reforçando que a pele humana impressa em 3D é muito mais semelhante à pele humana do que os modelos de animais, levando a resultados mais precisos.

Olhando além, a bioimpressão pode ser explorada em outras áreas. Por exemplo, para testes de formulações de carne, tanto de origem animal quanto vegetal, oferecendo novas possibilidades na produção de alimentos sustentáveis. Um exemplo é o trabalho conduzido pela engenheira Josiane Barbosa no Senai Cimatec, em Piatã, Bahia.

E como a impressão 3D é uma tecnologia em avanço constante, podemos considerar seu uso na produção de próteses médicas personalizadas e ainda para peças automotivas complexas. As possibilidades para quem trabalha na Engenharia são praticamente infinitas. E este é só o começo de uma transformação na maneira como pensamos sobre o design, a fabricação e, acima de tudo, o que significa ser humano.

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Fontes: UOL.

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Eduardo Mikail

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