Engenharia 360

Cientistas desenvolvem bioimpressora 3D que imprime tecidos humanos em alta velocidade

Engenharia 360
por Redação 360
| 10/01/2025 3 min
Imagem reproduzida de Collins BioMicrosystems Laboratory, University of Melbourne, via CanalTech

Cientistas desenvolvem bioimpressora 3D que imprime tecidos humanos em alta velocidade

por Redação 360 | 10/01/2025
Imagem reproduzida de Collins BioMicrosystems Laboratory, University of Melbourne, via CanalTech
Engenharia 360

A impressão 3D é uma tecnologia que está, nos últimos anos, revolucionando diversas áreas da engenharia. Mas neste texto do Engenharia 360, vamos tratar de um outro campo científico. Saiba que uma das inovações mais promissoras da medicina regenerativa é a bioimpressão 3D. Inclusive, recentemente, pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, desenvolveram um dispositivo capaz de operar 350 vezes mais rápido que os modelos tradicionais na produção de tecidos humanos. Continue lendo para saber mais!

bioimpressora 3D
Imagem de kjpargeter em Freepik

Para que servem as bioimpressoras 3D

As bioimpressoras 3D são um tipo de tecnologia de impressora 3D, mas capaz de criar tecidos e órgãos humanos. Elas produzem as estruturas biológicas tridimensionais compostas por células vivas e biomateriais com precisão. Só para se ter uma ideia, essas estruturas podem imitar tecidos humanos (como cérebro ou ossos). Esses tecidos podem ser usados depois em pesquisas médicas, testes de medicamentos, desenvolvimento de novas terapias (sem necessidade de testes em animais) e até no desenvolvimento de órgãos para transplante.

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As características da nova bioimpressora 3D

A nova bioimpressão 3D desenvolvida na Austrália utiliza um sistema diferente de tudo que já se viu, permitindo imprimir tecidos em alta velocidade. A questão é que, no passado, era preciso realizar esse processo camada por camada. No entanto, não é mais necessário seguir esse método demorado. Agora, pode-se usar ondas acústicas, geradas por bolhas vibratórias para posicionar as células dentro das estruturas impressas, aumentando a taxa de sobrevivência celular.

bioimpressora 3D
Sem imprimir em camadas, nova bioimpressora 3D alcança alta velocidade na hora de criar tecidos humanos - Imagem de Vidler et al, 2024, Nature, reproduzida de CanalTech

Resumindo, a inovação proposta pela Universidade de Melbourne é de um nível de velocidade de operação muito superior ao que as impressoras tradicionais conseguem atingir (algo em torno de 350 vezes). Mas os cientistas consideram que o benefício vai além do tempo, sendo também o aumento da taxa de sobrevivência ou viabilidade das células usadas na impressão.

bioimpressora 3D
Imagem reproduzida de Collins BioMicrosystems Laboratory, University of Melbourne, via CanalTech

Funcionamento

No caso dessa nova bioimpressora, o funcionamento é baseado em um sistema óptico avançado. A criação de estruturas celulares pode levar segundos. Não depende do alinhamento natural, mas de bolhas vibratórias como dito antes - aliás, esse controle preciso é justamente essencial para a criação de tecidos mais complexos. Enfim, as células permanecem intactas e estéreis durante todo o processo.

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Aplicações

A maior esperança dos cientistas é de que essa nova tecnologia possa auxiliar a medicina na pesquisa oncológica. Por exemplo, com tecidos humanos criados em laboratório servindo de “cobaias” para terapias personalizadas contra o câncer (medicamentos e tratamentos). Na prática, isso reduziria significativamente os custos envolvidos com equipes, instalações e materiais, tornando o exercício mais acessível, preciso e ético.

Um olhar para o futuro da medicina

O leque de oportunidades parece ilimitado! Imagina se, com essa nova bioimpressora 3D, conseguirmos acelerar o processo de desenvolvimento de órgãos artificiais. Isso poderia acabar de vez com a escassez de órgãos para transplante.

Infelizmente, a bioimpressora 3D da Universidade de Melbourne está ainda em fase de desenvolvimento. Vários pesquisadores e instituições de renome, como o Peter MacCallum Cancer Centre, a Harvard Medical School e o Sloan Kettering Cancer Centre, estão acompanhando de perto - e com muito entusiasmo - os avanços dessa tecnologia. Só o fato de se eliminar a necessidade de usar em animais em testes de medicamentos já é um grande avanço.

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Veja Também: Engenheiros de software trabalham na guerra contra o câncer


Fontes: CanalTech, Universidade de Melbourn.

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