Controlar o cérebro humano ou melhor o controle cerebral já foi uma ideia maluca de filmes de ficção. Porém, nos últimos anos, ela tem estado cada vez mais próxima da nossa realidade, tanto que alguns cientistas desenvolveram um dispositivo capaz de manipular células cerebrais pelo celular.
Para isso, eles criaram um implante cerebral e é ele quem é controlado pelo smartphone. O objetivo não é te alienar ou fazer você agir como um robô controlado. O que os cientistas querem é tentar descobrir distúrbios cerebrais como Parkinson, Alzheimer, depressão, vício e dor. Leia mais a seguir, no Engenharia 360!
O que é implante cerebral?
O dispositivo de controle cerebral sem fio permite uma modulação neuroquímica que ainda não havia sido encontrada antes. Até então, o que tínhamos eram dispositivos grandes, com muitos fios, inadequados para implantes a longo prazo.
Como funciona o dispositivo de controle cerebral?
Os pesquisadores, que são da Coreia e dos Estados Unidos, acoplaram, para controle cerebral, um cartucho substituível para injeção de substâncias, permitindo um estudo a longo prazo. Para esses cartuchos são usados canais microfluídicos para a medicação e pequenos LEDs (menores que um grão de sal) para fornecer luz.
Tudo isso pode ser controlado por um smartphone, com uma interface de usuário simples. É possível liberar facilmente uma combinação específica de medicamentos em qualquer indivíduo sem a necessidade de estar em um laboratório ou em um ambiente específico para isso.
Aplicações e implicações éticas
Por trás dessa descoberta está uma poderosa engenharia de micro e nanoescala e um elaborado projeto eletrônico. A tecnologia ajuda não só a compreender melhor o funcionamento do cérebro humano (que ainda tem muitos mistérios) como também fazer teste de fármacos complexos para o desenvolvimento de novas terapias para dor, dependência, estresse e distúrbios emocionais.
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Claro que esses dispositivos de controle cerebral não serão implantados em cérebros por aí de uma hora para outra. Primeiro, são realizados diferentes testes e aprimoramentos. De toda forma, eles representam um grande avanço para a ciência, mas que deve ser conduzido com ética e responsabilidade.
Fontes: UW Medicine; Science Daily.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.