Durante os anos de estudo na universidade não faltam dúvidas sobre como será trabalhar na área. Ao mesmo tempo, não faltam sugestões de como ganhar mais experiência e se preparar para o mercado de trabalho. Destaque para a necessidade de que os estudantes tenham desde a faculdade o contato com a prática, e não apenas com o conhecimento teórico. Para isso, além dos estágios durante a graduação, há oportunidades que possibilitam aos estudantes o ir além dos conhecimentos acadêmicos, como a participação em competições tecnológicas.
O Engenharia 360 já trouxe alguns exemplos de competições espalhadas pelo país, em que os estudantes podem mostrar seu trabalho, inclusive com participação em competições no exterior. E sem dúvidas, em época de crise financeira é necessário buscar alternativas, como destaca Emersson Nascimento, presidente executivo da Associação Cobruf, uma organização sem fins lucrativos e que desenvolve projetos aeroespaciais, entre eles a Competição Brasileira Universitária de Foguetes. “É possível observar que os profissionais, principalmente os universitários e os recém-formados, procuram alternativas para encarar as dificuldades do mercado de trabalho competitivo. Diante disso, você vê a importância da participação em uma competição interdisciplinar”, diz Nascimento.
Em 2012, Emersson era o líder de um grupo de 10 estudantes que deu início ao projeto. Em 2015 foi lançada uma versão teste da competição universitária. “A Competição Brasileira Universitária de Foguetes tem implementado uma arquitetura de competição que busca inserir os estudantes em um ambiente profissional, tendo que atender a exigentes técnicas e metodologias que teriam que atender se fossem realizar projetos e operações de lançamento em grandes instituições e empresas do mercado espacial internacional”, explica o presidente da Cobruf.
Na ocasião do lançamento da competição participaram estudantes de quase todos os cursos de Engenharia Espacial do país, além de estudantes do Ensino Médio, quando foi utilizado um foguete de alta potência desenvolvido por grupos de distintas universidades. O objetivo desta e de outras competições no país é profissionalizar os estudantes e, no caso deste projeto, incentivar também a formação de centros de referência em pesquisa e desenvolvimento aeroespacial.
Emersson Nascimento salientou como são importantes as competições em que os futuros profissionais participam. “Vale lembrar que o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (NASA JPL), atualmente responsável pela maioria das missões à Marte, começou como um simples grupo de foguetemodelismo de estudantes”, afirmou.
A Engenharia Aeroespacial e as dicas aos futuros engenheiros
E quando pensamos em uma competição de engenharia aeroespacial é natural também nos perguntarmos quais são as perspectivas no setor para os futuros engenheiros. Uma área bem exigente, concorrida, mas que ao mesmo tempo proporciona experiências únicas aos profissionais é a síntese da Engenharia Aeroespacial.
Também sobre o assunto, Emersson Nascimento trouxe suas percepções sobre as mudanças que estão acontecendo na área. “Vejo uma onda de expansão e renovação de recursos humanos em instituições e empresas já consolidadas no Programa Espacial Brasileiro. Também vejo o início de uma cultura de maior incentivo para a consolidação de empresas tecnológicas no setor”, afirma.
A sugestão aos futuros estudantes e profissionais da Engenharia – o que acaba se estendendo para outras tantas carreiras – é sempre empreender. “Gosto de pensar que a área de engenharia possibilita que iniciativas individuais criem demandas e proponham projetos em diferentes áreas do conhecimento. Se você simplesmente sentar e esperar, é pouco provável que alguém vá bater na sua porta e surgir com uma oportunidade”, opina Nascimento.
E você, já pensou em participar de uma competição ou está cursando Engenharia Aeroespacial? Conte aqui no Engenharia 360 a sua experiência!
E para saber mais sobre a competição e a associação, conheça o site da Cobruf.
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Luciana Reis
Formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, com experiência como jornalista freelancer na produção de conteúdo para revistas e blogs.