Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates (Abicab), na Páscoa de 2022 cerca de 9 mil toneladas de produtos relacionados à data foram vendidos e em 2023 houve um aumento de 6% - e olha que esse cenário é, levando em conta a severa crise econômica que vivemos atualmente, bastante animadora. As fábricas de chocolate pelo país se esforçaram para entregar a tempo seus produtos com qualidade. Contudo, quanto dessa qualidade, visando agradar os consumidores, pode comprometer a natureza?
O problema é que as embalagens utilizadas nesses alimentos devem levar décadas ou séculos para se decompor - principalmente se envolverem materiais plásticos. Seria importante, então, que as empresas repensassem um modo de, pelo menos, diminuírem o volume desses resíduos. Claro que isso não é uma tarefa fácil, até porque os ovos de Páscoa, por exemplo, são bastante frágeis, necessitando de um acondicionamento super adequado - até para preservar a sua forma, textura e sabor. Porém, dizer que é difícil não é o mesmo que ser impossível, certo?
Exemplo de caso: modelo de embalagem biodegradável
Não tem jeito, trocar chocolates na Páscoa já virou tradição - e que tradição mais gostosa, não é mesmo? Sim, as fabricantes esperam aumentar cada vez mais as suas vendas nesse feriado. Ao mesmo tempo, tem aquelas que não esquecem o compromisso que afirmaram, de reduzir os impactos que causam no meio ambiente. Por exemplo, a empresa Nugali Chocolates, de Santa Catarina, é a primeira a usar embalagens biodegradáveis do país. Inclusive, essa sua iniciativa rendeu um certificado de 'Lixo Zero' e o Prêmio Nacional de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que reconhece empresas capazes de reciclar, reutilizar ou compostar mais de 98% dos resíduos emitidos.
A identificação do problema
Sim, o plástico, altamente utilizado nas embalagens das empresas de chocolate, é de difícil reciclagem. Quando descartado de forma incorreta, pode causar danos irreparáveis à natureza, como o agravamento da poluição de mares, oceanos e rios. E, mais, embalagens plásticas podem entupir canalizações, valas e bueiros, piorando a questão das enchentes nas cidades.
Acontece que o nicho de produtos para Páscoa usa demais o plástico metalizado, que não pode ser reciclado. Ou seja, ele oferece alegria para poucos minutos e lixo por muitos séculos!
A solução proposta
Agora, a Nugali Chocolates, ao invés de usar o plástico comum, usa um composto de biopolímeros, que é capaz de se decompor COMPLETAMENTE em cerca de dois anos. Depois disso, ele vira biomassa, metano e água, conforme garante a equipe de produção da empresa. Esse novo material pode ser usado para envolver barras e ovos de chocolate, por exemplo. Mas sabe qual a parte mais legal dessa histórua? É que isso também funcionaria como adubo e combateria ervas daninhas de jardins. Ou seja, depois de comer o doce, você poderia enterrar a embalagem no canteiro de casa sem estragar a natureza local! Incrível, não? Gostou da ideia? Escreva nos comentários!
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Fontes: O Município Blumenau.
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