Imagine essa história: microchips com diamante. Recentemente, foi noticiado que pesquisadores de Nashville, Tennessee, haviam desenvolvido circuitos e processadores eletrônicos feitos de nanodiamantes sintéticos, mais resistentes à radiação e operações em temperaturas extremas, além de apresentar alta eficiência energética. Esses circuitos, operando em vácuo, são um modelo híbrido entre válvulas eletrônicas antigas e semicondutores modernos.
Agora foi noticiado nas mídias que empresários do Vale do Silício, na Califórnia, estão apostando no uso de diamantes para solucionar o problema do aquecimento dos microchips na indústria de semicondutores. Percebe como está tudo interligado? Essa é a resposta do mercado às necessidades de revolução tecnológica no setor de computadores e outros dispositivos eletrônicos. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!
Qual o problema com o aquecimento de microchips?
Hoje queremos computadores menores, tablets menores e celulares menores, não é mesmo? Acontece que quanto menos espaço se tem para colocar os componentes, mais propenso é o ambiente interno ao acúmulo de calor. Isso pode comprometer, por exemplo, as funcionalidades dos microchips. Pensando nisso, a empresa Diamond Foundry, com um laboratório no Vale do Silício, liderou uma pesquisa em busca de soluções inovadoras para o caso.
Nos testes conduzidos, foram explorados vários materiais. E se chegou a resultados surpreendentes com diamantes sintéticos, vidro ultra-puro e outras substâncias recentemente sintetizadas. Agora, você entende o porquê dos diamantes? É que esse elemento possui uma excelente condução térmica. Pescou a ideia?
Como utilizar diamantes sintéticos para solucionar o aquecimento de microchips?
O objetivo da Diamond Foundry é desenvolver diamantes que possam ser integrados a microchips, especialmente os de silício. Esse casamento ajudaria na rápida dissipação de calor, promovendo uma maior eficiência dos próprios microchips. O resultado? Operações muito mais velozes dos eletrônicos, contribuindo para a expansão do consumo de várias tecnologias no mercado, como centrais de dados e veículos elétricos, por exemplo.
Quais são os obstáculos ainda existentes para a implementação da inovação na indústria?
Neste momento, é crucial diminuir ao máximo os custos de síntese desses diamantes para poderem ser aplicados à tecnologia de microchips. Isso tornaria o novo modelo de inovação mais competitivo - comparável, em custos, às opções de carbeto de silício. A saber, atualmente a Diamond Foundry está utilizando diamantes sintéticos produzidos por 'deposição de vapor de carbono' para melhorar a dissipação de calor, permitindo que microchips operem em velocidades pelo menos duas vezes superiores, superando até as barreiras térmicas.
Nota: O vídeo a seguir apresenta mais uma notícia envolvendo tecnologia e diamantes. Pesquisadores do Japão desenvolveram solução para grande armazenamento de informações num chip quântico que leva diamante.
Veja Também:
Fontes: Olhar Digital.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com [email protected] para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.