Engenharia de Petróleo

Petrobras testa novo combustível de navio com impacto ambiental menor

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Por: Redação 360 | Em: | Atualizado: 23 meses atrás | 5 min de leitura

Imagem reproduzida de CPG Click Petroleo e Gas

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A empresa estatal de petróleo e gás natural do Brasil, Petroleo Brasileiro S.A. (Petrobras), está testando um novo tipo de combustível em um navio da Transpetro. O primeiro teste ocorreu em dezembro de 2022 na embarcação Darcy Ribeiro, abastecida no Terminal de Rio Grande (Terig), no Rio Grande do Sul, com 90% de óleo mineral e 10% de biodiesel. E a justificativa é diminuir os impactos dos gases de efeito estufa (GEE) em relação ao bunker - variação de óleo utilizado em sistemas de propulsão de navios.

Petrobras novo combustível
Imagem reproduzida de UDOP

Vantagens do novo combustível testado pela Petrobras

De acordo com a Petrobras, o novo combustível testado seria muito eficaz para o seu propósito, com uma possível redução de emissões de dióxido de carbono (CO2) de aproximadamente 7%. E este "selo" está entre os mais difíceis de alcançar quando se trata de transporte marítimo. Infelizmente, esta é uma necessidade urgente do setor, mas é solucionada, sobretudo para embarcações de grande porte, em ritmo muito mais lento do que o desejado.

A saber, o transporte marítimo está relacionado a 90% do comércio global e responde a 3% das emissões de CO2 no planeta.

Olhando para isso, a Organização Internacional Marítima (IMO), estabeleceu como meta a redução de emissões de GEE do setor em, pelo menos, 50% até 2050. E agora, em janeiro de 2023, entrou em vigor a iniciativa de estímulo à adoção de combustíveis marítimos com componentes renováveis - bem como a melhoria da eficiência dos navios.

Petrobras novo combustível
Imagem reproduzida de Click Petróleo e Gás

O que a Petrobras faz é justamente "seguir a maré", se adequando a um cenário que exige esse movimento de mudança. Suas primeiras avaliações da viabilidade da mistura renovável foram realizadas no laboratório do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes). E, ao longo de dois meses, serão avaliadas questões logísticas, qualidade da queima e estabilidade do combustível marítimo com menor pegada de carbono.

A perspectiva da empresa é de que, dependendo do percentual de biodiesel introduzido na mistura, serão necessárias poucas adaptações nas frotas, facilitando a expansão da adoção da solução renovável. Sua proposta é investir, entre 2023 e 2027, US $4,4 bilhões em projetos focados na transição energética com ações de neutralização de carbono. E esta sua contribuição deve, sim, ajudar a incentivar o mercado global na comercialização de combustíveis marítimos que tragam menos impactos ao meio ambiente.

Classificação de navios

Como dito antes, este selo de eficiência IMO 2023 será estendido para navios. Os mesmos serão classificados com base em três indicadores:

  • índice de eficiência energética,
  • indicador de intensidade de carbono,
  • e plano de gerenciamento de eficiência energética do navio.
Petrobras novo combustível
Imagem reproduzida de Valor Econômico - Globo

"(...) a Transpetro vem investindo em diversas soluções nos últimos anos, com foco em levar nossa frota aos melhores patamares de eficiência." - Jair Toledo, diretor de Engenharia e Tecnologia Marítima e Terrestre da Transpetro, em reportagem de Valor Globo.

Na prática, o que a Transpetro está fazendo, por exemplo, é investir na instalação de apêndices de propulsor e de casco nas embarcações, entre outras ações de otimização operacional. Essas tecnologias permitiram baixas emissões de carbono em 2022, em comparação a 2021.

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Fontes: Valor Globo.

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