Engenharia 360

Buraco de minhoca criado em laboratório surpreende cientistas

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por David Thomas
| 08/10/2015 3 min

Buraco de minhoca criado em laboratório surpreende cientistas

por David Thomas | 08/10/2015
Engenharia 360

Não é de hoje que ouvimos várias teorias sobre os buracos de minhoca. Esses, segundo a física são atalhos hipotéticos pelo espaço-tempo, o que tornaria possível a tão sonhada viagem no tempo. E você, acredita nisso?

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Em tese, Trata-se da ligação entre dois pontos diferentes presentes no espaço-tempo, que são capazes de reduzir o tempo e a distância de viagem. Ainda de acordo com a teoria da relatividade, esses buracos de fato existem, mas até então nenhum foi descoberto.

No entanto, cientistas conseguiram reproduzir um buraco de minhoca em laboratório. Seu ideal é meio diferente do que nós estamos acostumados a ver nos filmes de ficção cientifica, ele não possibilita a viagem no tempo nem nada disso.

O novo dispositivo é chamado de buraco de minhoca magnético, pois ele transmite um campo magnético de um ponto a outro e funciona como uma "capa da invisibilidade", pois esse tipo de buraco de minhoca esconde ondas eletromagnéticas, impossibilitando a detecção das mesmas.

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Basicamente é como se as ondas eletromagnéticas viajassem de um lado a outro sem precisar percorrer o caminho inteiro, como propõe a teoria das pontes de Einsten-Rosen de 1935, que com base na teoria da relatividade geral, afirma a existência de buracos de minhoca como atalhos no contínuo-espaço-tempo.

+ Sobre o projeto

O novo modelo de buraco de minhoca criado na universidade autônoma de Barcelona, na Espanha, é feito à partir de supercondutores, que podem transportar altos níveis de correntes, partículas carregadas, expulsar linhas do campo magnético de seus interiores, essencialmente, o campo magnético para fazer alguma coisa diferente de seu ambiente esférico, que é o primeiro passo para dissimular a perturbação num campo magnético.

O projeto se baseou num objeto de três camadas, que consiste em duas esferas concêntricas com interior em espiral cilíndricos. Em uma das camadas interior o campo magnético é transmitido de uma extremidade à outra, enquanto as outras duas trabalham para ocultar a existência do campo magnético.

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O cilindro interior é feito de um metal ferromagnético, Mu-metal. Materiais ferromagnéticos apresentam um magnetismo muito elevado, enquanto Mu-metais são altamente permeáveis e são altamente utilizados para proteger dispositivos eletrônicos.

Ainda no interior, existe uma fina camada constituída por um material supercondutor de alta temperatura chamada óxido de cobre ítrio bário alinhados do cilindro interior, dobrando-se o campo magnético que viaja pelo interior da esfera.

Normalmente as ondas magnéticas irradiam de um determinado ponto e oscilam ao longo do tempo, isso faz com que sejam detectáveis. Os supercondutores de 150 peças utilizados na esfera fazem com que as ondas saiam de um ponto a outro sem oscilação, assim aparentando desaparecer em uma das extremidades e reaparecer em outra.

Um fato inusitado foi que quando chegou à outra ponta, o campo passou a ter um único polo, apenas um norte ou um sul. Os físicos chamam isso de monopolo magnético. É importante notar que essas estruturas não surgem espontaneamente na natureza

Segundo os cientistas que trabalham no projeto, esta invenção pode ter os mais variados usos num futuro próximo, um deles seria a possibilidade de fazer exames de ressonância magnética à distância, sem a necessidade de entrar naqueles horríveis, claustrofóbicos e barulhentos "túneis".

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