Engenharia 360

Vila no Panamá é composta de casas feitas a partir de garrafas PET

Engenharia 360
por Lucie Ferreira
| 08/02/2017 2 min

Vila no Panamá é composta de casas feitas a partir de garrafas PET

por Lucie Ferreira | 08/02/2017
Engenharia 360

Já percebeu que, cada vez mais, as garrafas PET têm sido reaproveitadas de maneira surpreendente? Se há alguns anos elas eram motivo de preocupação ambiental, devido ao seu descarte na natureza, hoje em dia é possível fabricar quase tudo com elas.
Exemplos não faltam, inclusive já divulgamos alguns aqui no Engenharia 360, como as lâmpadas ecológicas, uma prótese desenvolvida por brasileiros, este pavilhão desmontável na China e, é claro, casas. Outro projeto residencial para entrar nesta lista é uma vila no Panamá.

Vila no Panamá é composta de casas feitas a partir de garrafas PET

As principais matérias-primas das casas da Ilha Colón são as garrafas PET


Idealizada pelo canadense Robert Bezeau, que morou na província de Bocas del Toro em 2009, a vila surgiu com a intenção de reduzir a poluição ambiental da Ilha Colón, causada pelo descarte incorreto de garrafas plásticas. Após recolher quase um milhão de unidades, ele decidiu aproveitar o material para a construção de uma vila inteira.
Usadas no lugar dos tijolos, as garrafas são inseridas em estruturas de metal parecidas com gaiolas. Os módulos preenchidos são montados, dando origem às casas. Para o acabamento, esses suportes recebem cimento e, por fim, pintura.
Vila no Panamá é composta de casas feitas a partir de garrafas PET

O acabamento das casas da vila é o mesmo das construções tradicionais

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Adaptadas à natureza

Além de serem sustentáveis e baratas, as garrafas PET proporcionam isolamento térmico devido ao ar dentro delas. A diferença de temperatura no interior das casas, em relação ao ambiente externo, pode chegar a 17°C, ou seja, bem mais fresco e mais econômico, já que os gastos com a energia utilizada pelos aparelhos de ar-condicionado são menores.
Outra vantagem é que as casas são mais resistente a terremotos, devido ao material utilizado ser mais flexível. Em situações de risco de tsunami, por exemplo, os habitantes podem ficar um pouco mais tranquilos, já que uma simples parede pode flutuar e servir como bote salva-vidas.
O projeto da vila prevê a construção de 120 residências. Para a construção de uma casa de dois dormitórios são necessárias 10 mil garrafas. Elas são entregues prontas para morar, com eletricidade, encanamento, portas e janelas. Caso queira saber mais sobre a vila e, quem sabe, comprar uma casa lá, visite o site oficial.

Vila no Panamá é composta de casas feitas a partir de garrafas PET

As casas são simples e rústicas, porém baratas e confortáveis


Fotos: Inhabitat. Fontes: Inhabitat e eCycle.

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Lucie Ferreira

Jornalista especializada.

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