Engenharia 360

Prótese produzida com PET é 100% brasileira

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por Lucie Ferreira
| 30/05/2016 | Atualizado em 11/05/2022 2 min

Prótese produzida com PET é 100% brasileira

por Lucie Ferreira | 30/05/2016 | Atualizado em 11/05/2022
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Da esquerda para a direita, os estudantes Eduardo Trierweiler Boff e Lucas Strasburg apresentando o premiado protótipo da prótese fabricada com garrafas PET (Foto: Patrícia Cardoso/Divulgação)

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Infelizmente, o mercado de próteses no Brasil é dominado por produtos importados, o que encarece bastante para as pessoas que precisam utilizar essas peças. Porém, os estudantes Lucas Strasburg e Eduardo Trierweiler Boff, de Nova Hamburgo (RS), descobriram uma maneira de criar próteses de qualidade e 100% nacionais.
Tudo começou com o projeto de conclusão. A dupla estava prestes a se formar no ensino técnico em mecânica, na Fundação Liberato, quando decidiu pesquisar mais sobre o assunto. Ao perceber que as próteses de madeira, que são disponibilizadas pelo SUS, não permitem transferir a energia do calcanhar para a ponta do pé, devido à rigidez, resolveram testar outro material.
Porém, além da qualidade, o novo produto deveria ser acessível para a população brasileira. No lugar da fibra de carbono, que é bastante utilizada pelos fabricantes estrangeiros, eles desenvolveram um material plástico injetável com biomecânica semelhante, oferecendo apoio, balanço e equilíbrio. Encontraram a resposta nas garrafas PET, utilizadas nos protótipos dos estudantes, que foram reconhecidos por prêmios, inclusive do Massachussetts Institute of Technology (MIT).

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Atualmente, Lucas estuda Engenharia Mecânica e batalha para conseguir colocar a prótese no mercado (Foto: Divulgação/Na Prática)

+ Uma nova empresa

O projeto deu origem à Revo Foot, que atualmente é administrada por Lucas. Aos 24 anos, ele estuda Engenharia Mecânica na Unisinos, enquanto a ideia está numa incubadora no laboratório da universidade. Sua expectativa é de que o produto final seja lançado até o segundo semestre de 2017. E o potencial da invenção é imenso, já que o protótipo criado por ele e Eduardo suportava 400 quilos de carga.
Entretanto, há ainda obstáculos a serem enfrentados até lançar a prótese final, como conseguir a certificação concedida pelos órgãos reguladores. A captação de investimento é outro desafio, já que a Revo Foot precisa de documentações aprovadas, maquinários, moldes, mão de obra qualificada, matérias primas, funcionários e fornecedores. Ou seja, é um investimento bastante alto.
A boa notícia é que Lucas está fazendo parceria com uma empresa médica especializada e quer focar no crowdfunding, para obter recursos e adiantar o processo de transações jurídicas. A principal intenção é de que o produto seja até 40% mais barato do que as opções importadas e possibilite crédito facilitado ao comprador. O estudante também planeja desenvolver próteses para joelhos e tornozelos. 
Fonte: Na Prática

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Lucie Ferreira

Jornalista especializada.

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