Como bem sabemos, o mundo está passando por uma transformação climática, um período drástico de aquecimento que deve afetar toda a vida na Terra. Óbvio que se as ações humanas não provocaram isso por completo, pelo menos ajudaram a acelerar esse efeito, comprometendo a trajetória das espécies neste planeta. E tentando colocar um super pé no freio nessa situação, muitos países estão criando metas rigorosas para reduzir as emissões de gases poluentes na camada de ozônio. Isso inclui, por exemplo, tentar substituir derivados do petróleo.
Vans Transit Ford Vegetable Oil
Recentemente, a empresa Ford lançou uma linha de vans Transit experimental. O que ela tem de diferente de outros veículos é que consegue rodar com Hydrotreated Vegetable Oil ou HVO, que é um tipo de diesel renovável, mais óleo de cozinha usado, gordura animal, óleo de peixe e subprodutos de processos industriais. Já seu catalisador é o hidrogênio, que faz a queima do combustível ou biocombustível ser mais limpo e o veículo ter uma vida mais longa. A promessa é de que se consiga:
- reduzir 90% de gases de efeito estufa,
- menor NOx e partículas,
- além de facilitar a partida do motor em baixas temperaturas.
De onde vem esse óleo de cozinha?
Bem, a saber, algumas empresas na Europa, por meio do programa RecOil, se dedicam hoje à coleta de óleo de cozinha usado em restaurantes, indústrias e até escolas para reaproveitamento na produção, por exemplo, de biodiesel. Então, esse HVO seria vendido depois em alguns postos de combustíveis específicos ou através de fornecedores especializados. Mas quando o motorista estiver em uma região sem distribuição de HVO, basta usar um diesel convencional na sua vans Transit Ford, misturando no tanque com o outro composto sem problemas.
E isso tem chance de chegar no Brasil?
Olha, pode ser que sim. Por exemplo, o nosso país é um dos maiores produtores de biodiesel do mundo, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Atualmente, usamos 11% da mistura de biodiesel no diesel. E a meta é aumentar até 2023 para 15%. Sendo que quase todo o biodiesel produzido por aqui vem do óleo de soja - infelizmente, novo, não reciclado.
Veja Também: Entenda a geração dos combustíveis de biomassa e a demanda atual
Fontes: Razões para Acreditar.
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Eduardo Mikail
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