Divulgado no início de outubro, o ranking U.S. News & World Report é elaborado pela revista norte-americana há mais de 30 anos e, desde 2014, são avaliadas universidades do mundo todo. A novidade, neste ano, foi a liderança da Universidade Tsinghua, da China. A universidade chinesa foi considerada a melhor em pesquisa na área da Engenharia, e ganhou 100 pontos, superando o norte-americano Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, que ficou em segundo lugar com 97,1 pontos.
A Universidade Tsinghua é conhecida como o “MIT da China”. Localizada em Pequim, é uma das mais prestigiadas do país, já tendo sido eleita, anteriormente, como a melhor dos países emergentes que fazem parte dos BRICS (em que estão inseridos também o Brasil, a Rússia, a Índia e a África do Sul).
Outras instituições chinesas, como a Universidade Zhejiang e o Instituto de Tecnologia de Harbin, aparecem no ranking – estas duas estão entre as dez primeiras. Para os estudantes, ingressar em uma dessas universidades não é fácil. O vestibular, chamado de gaokao, é concorrido e rigoroso, e caracteriza o processo seletivo para o ingresso dos alunos chineses nas instituições do país.
No ranking foram consideradas 250 universidades, pontuadas de acordo com o número de publicações e de citações referentes às pesquisas na área da Engenharia, incluindo a Engenharia Aeroespacial, Mecânica, Civil e Elétrica. A credibilidade local e global da instituição educacional também foi levada em consideração para a análise. No ranking também aparecem instituições brasileiras, como a Universidade de São Paulo, em 141º lugar, e a Unicamp em 220º, com 63,4 e 55 pontos, respectivamente.
O reconhecimento é visto, por um lado, como um reflexo do processo de desenvolvimento chinês ao longo dos anos, com um ensino de qualidade e formação de um número cada vez maior de engenheiros. Mas, ao mesmo tempo, há quem acredite que o primeiro lugar no ranking apenas se deva a um grande número de publicações em pesquisa científica, não representando, necessariamente, uma qualidade superior, por exemplo, à produção acadêmica da instituição norte-americana posicionada em segundo lugar.
Outra questão levantada é a de que muitos estudantes chineses buscam oportunidades de estudo e desenvolvimento da carreira no exterior, e um dos motivos principais para isso é a limitação ao acesso de informações, devido ao regime político no país.
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Para conferir o ranking completo, basta acessar o site da US News.
Referências: US News, The Wall Street Journal
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Eduardo Mikail
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