Atualmente, chamamos de arranha-céus os edifícios que possuem mais do que 40 andares ou aproximadamente 150 metros de altura. Essas obras são grandes marcos da engenharia e arquitetura. Mas, além de otimizarem áreas urbanas e oferecerem abrigos aos humanos, podem ganhar mais funções, como serem baterias gigantes. Esta é a proposta inovadora de um grupo dos Emirados Árabes Unidos. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!
A ideia revolucionária
O grupo Skidmore, Owings & Merrill (SOM) é conhecido pelo projeto icônico do Burj Khalifa em Dubai; já a empresa Energy Vault é famosa no ramo de armazenamento de energia. Recentemente, seus representantes anunciaram que estão desenvolvendo, juntos, tecnologias que permitam transformar arranha-céus de até 1 km de altura em sistemas de armazenamento de energia gravitacional.
Funcionamento das baterias
Essa ideia revolucionária pode abrir um novo capítulo na história da Engenharia de Energia, impulsionando também a construção de edifícios cada vez mais grandiosos. Estes poderiam ser gigantescas baterias sustentáveis. A ideia se baseia em dois sistemas. Primeiro em que um peso é levado ao topo da construção; quando o mesmo é liberado, desce e aciona um gerador que converte a energia potencial em eletricidade.
O segundo esquema utilizaria água bombeada para o topo da construção, descendo e girando turbinas, assim, gerando eletricidade - como em usinas hidrelétricas reversíveis.
Resumindo, todo o conceito faz relação à física da gravidade para armazenar e gerar energia! Ambos os modelos poderiam operar tanto com energia renovável quanto com energia da rede elétrica convencional. E a energia excedente seria utilizada para elevar ou peso, ou bombear a água.
Vale destacar que esse modelo de engenharia não é necessariamente novo. Contudo, a SOM e a Energy Vault estão agora adaptando essa tecnologia para o ambiente urbano vertical.
Potencial e desafios da proposta
Segundo as empresas, os arranha-céus teriam capacidade de armazenar gigawatt-hora (GWh) de energia o suficiente para abastecer não apenas sua estrutura, mas também de edifícios adjacentes. Outro benefício do projeto é que ele poderia proporcionar um retorno de carbono acelerado de 3 a 4 anos, oferecendo uma alternativa vantajosa para a geração de energia limpa nas cidades.
O único problema é que os projetos de engenharia e arquitetura precisam, antes, considerar o peso adicional desses sistemas de armazenamento no cálculo estrutural, também considerar a viabilidade da manutenção dos mesmos. Mas SOM e Energy Vault estão empenhadas em desenvolver soluções para superar esses obstáculos - sobretudo que equilibrem economia, praticidade e sustentabilidade.
Um futuro sustentável nas alturas
Essa iniciativa das parceiras Skidmore, Owings & Merrill e a Energy Vault, que combina inovação tecnológica e sustentabilidade, pode promover um futuro mais verde e eficiente para todos, inspirando outros projetos de engenharia e arquitetura urbana ao redor do mundo. Esse pode ser o começo de uma grande transformação nas cidades em centros de energia renovável.
Claro que a jornada para tornar os arranha-céus em baterias gigantes continua em seus primeiros passos. Porém, já podemos sonhar com o momento em que imponentes estruturas poderão armazenar a energia do nosso planeta!
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Fontes: Olhar Digital, Engenharia Hoje.
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