Engenharia 360

Sistema de produção puxado x empurrado: a dinâmica entre consumidor e fornecedor

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por Jéssica Dias
| 12/11/2014 | Atualizado em 04/11/2021 3 min

Sistema de produção puxado x empurrado: a dinâmica entre consumidor e fornecedor

por Jéssica Dias | 12/11/2014 | Atualizado em 04/11/2021

Sabia que existem dois sistemas de produção de produtos principais, o sistema puxado e o sistema empurrado? Conheça-os neste texto!

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Sabia que existem dois sistemas de produção de produtos principais, o sistema puxado e o sistema empurrado? Conheça-os neste texto!

O tipo de sistema usado para fabricar um produto ou fornecer um serviço refere-se à dinâmica entre o consumidor e a empresa fornecedora: o método utilizado define como os produtos deixam o negócio e chegam aos clientes. A este respeito existem dois modelos de produção principais, o sistema puxado e o sistema empurrado.

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Fonte: bmwcoop.com

Sistema empurrado

No sistema empurrado (push system) a quantidade a ser produzida é baseada em um plano de produção e as informações fluem da empresa para o mercado, mesmo sentido do fluxo de materiais. Dessa forma o planejamento ocorre antes mesmo de a demanda ocorrer, baseando-se em projeções e no comportamento do mercado, o que pode ser uma vantagem ou desvantagem: como as previsões geralmente não são 100% precisas e variam ano a ano, podem sobrar produtos – o que acarreta custos para armazenar e manter os produtos em boas condições; por outro lado, a empresa estará certa de que produzirá o suficiente para satisfazer a todos os pedidos, o que é uma vantagem.

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Fonte: themanufacturer.com

O exemplo clássico é o sistema MRP (Materials Requirement Planning), ou Planejamento das Necessidades de Materiais, que controla a programação da produção e pedidos, garantindo que os materiais necessários para a fabricação dos produtos estarão disponíveis quando requisitados.

Sistema puxado

Já no sistema puxado (pull system) a produção é baseada na demanda e as informações fluem em sentido oposto, saindo da demanda e indo até a empresa. Dessa forma, a quantidade de estoque é minimizada, já que a produção começa a partir do cliente. Porém, este sistema também tem suas desvantagens: pode ocorrer de um fornecedor não poder entregar certo material a tempo, comprometendo assim o cumprimento do pedido e gerando consumidores insatisfeitos.

Aqui, o exemplo mais conhecido é o Just in Time (JIT), que mantém o mínimo de inventário possível, ou seja, só mantém o que é estritamente necessário para o pedido ser realizado. Por consequência, este sistema elimina desperdícios e diminui a necessidade (e os custos) de espaço para estocar produtos.

logo dell
Fonte: wikipedia.com

Sistema híbrido

Existe, também, um sistema híbrido que se utiliza de características dos sistemas puxados e empurrados ao mesmo tempo. Uma empresa que se utiliza dessa estratégia é a Dell, que compra os materiais e componentes antecipadamente e os armazena; apesar de sua estratégia de marketing ser “empurrada”, os computadores só são montados após o pedido ser concretizado, então a estratégia de produção neste caso é “puxada”. Para que este sistema funcione corretamente, é necessário ter um modelo de previsão mais acurado possível de forma a minimizar o estoque desnecessário de peças e ao mesmo tempo cuidar para que não haja falta de produtos, o que pode gerar insatisfação e perda de clientes.

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Fontes: world-class-manufacturing.com, smallbusiness.chron.com, factoryphysics.com

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Jéssica Dias

Engenheira industrial; formada pela Universidade Estadual do Norte Fluminense; com passagem pelo Instituto de Tecnologia de Rochester; tem experiência em cadeia de suprimentos (supply chain), e já atuou nas funções de Logística, Planejamento e Programação de Materiais.

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