Já citamos aqui no blog 6 pessoas que fizeram história no campo da arquitetura e design mundial, mas outra pessoa que não está nesta lista, porém é referência com suas obras, é o arquiteto Oscar Niemeyer. Nas edificações de Brasília, Niemeyer procurou, a partir da simplicidade e pureza, buscar a inovação com a caracterização das estruturas em seus projetos e com soluções inovadoras. O primeiro palácio a ser construído em Brasília foi o Palácio da Alvorada, em 1956 sendo também o primeiro palácio definitivo na cidade e neste artigo vamos falar um pouco sobre essa edificação.
Como foi a concepção e idealização da edificação?
O projeto para a nova capital do país possuía um terreno plano e com a finalidade de residência oficial do Presidente do Brasil. Possui 7.000m² distribuídos em 3 pavimentos, sendo eles subsolo, térreo e segundo andar.
O primeiro projeto de Oscar Niemeyer havia sido recusado por Juscelino Kubitschek por falta de monumentalidade. Ele pediu para que fizesse outro projeto para que fosse lembrado posteriormente. Portanto, Niemeyer consumou o projeto do Palácio da Alvorada, um um dos ícones da arquitetura moderna do Brasil.
Quais as soluções de engenharia para o Palácio da Alvorada?
Sendo constituído por lajes vigas e pilares, o Palácio da Alvorada, tem por seu método construtivo principal o de concreto armado. O que mais se destaca em sua estrutura são os pilares que dão a sensação de estarem tocando levemente o solo.
A genialidade e entrosamento do arquiteto Niemeyer e seu engenheiro Joaquim Cardozo trouxeram diversas soluções ao projeto. Uma delas é a criação de apoios internos para a recepção da maior parte de cargas, aliviando os pilares externos. Outra solução é de a laje de cobertura não ser contínua, sendo assim sua espessura diminui até as extremidades, consequentemente diminuindo o peso próprio e aliviando os pilares da fachada de cargas adicionais.
Para dar toda a sensação de inovação, foram usadas diversas soluções, desde a diminuição de espessura da laje de cobertura em suas bordas, como a de pilares centrais onde receberiam maior parte de carga. Também aterraram os apoios dos pilares externos que transmitiam as cargas para a fundação, para que desse a sensação de leveza. Outra solução foi a fachada de vidro que parece flutuar, pois está apoiada em uma base sólida que também se encontra aterrada.
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Como toda edificação, ela deve conter alguns requisitos, sendo eles: segurança, durabilidade, economia, funcionalidade e estética, tendo que resistir as esforços de peso próprio, cargas acidentais, ventos incêndios entre outros. Levando em conta esses fatores, deve possuir um custo de execução razoável, no qual são incluídos mão de obra e materiais.
E como seria uma representação ou desenvolvimento deste projeto atualmente?
Atualmente, para uma simples ilustração e entendimento de projetos e estruturas e melhor elucidação do projeto e até mesmo cálculo estrutural, pode ser realizado a modelagem em BIM por diversos softwares específicos para cada caso. Pode ser feita a modelagem da edificação e também realizar um modelo no qual os pavimentos são divididos, obtendo uma melhor visualização do interior da edificação.
Por fim, podemos ver que, mesmo sendo uma obra não tão atual, consiste em soluções inéditas para a época e para a atualidade, mesmo também sem a utilização de softwares como os atuais, que partem desde a modelagem arquitetônica até o dimensionamento. Dessa forma, a obra foi um avanço desde a concepção arquitetônica até as soluções ousadas de engenharia, tornando-se um ícone de Brasília.
E você, o que acha dessa construção? Curte e comente!
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Guilherme Menezes
Engenheiro Civil; formado pela Universidade Anhembi Morumbi; atua no desenvolvimento de projetos conceituais e executivos, além da produção de conteúdo relacionado à Engenharia.