Nos últimos anos, temos presenciado o “boom” das inteligências artificiais. Logo descobrimos como a tecnologia de IA pode ser uma ferramenta revolucionária em diversas áreas do conhecimento. Na ciência, por exemplo, ela tem ajudado os especialistas a desvendar enigmas antigos e grandes mistérios que atormentam nossa curiosidade e que sempre pareceram impossíveis de resolver. Surpreenda-se com as revelações feitas neste artigo do Engenharia 360!

Pergaminhos de Herculano

Existe um grupo de pergaminhos que sobreviveram à erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C, considerado um dos maiores tesouros da história antiga. Os pesquisadores sempre desejaram saber mais sobre eles, mas não sabem como desenrolá-los sem os danificar. Uma alternativa para a ciência é usar IA e raios-x de alta resolução para decifrar o que esses documentos, com mais de 2 mil caracteres, revelam sobre o passado da humanidade.

Ciência
Imagem de Universidade de Kentucky reproduzida de Mega Curioso

Em 2023, pesquisadores fizeram um teste com a nova técnica, revelando passagens completas dos Pergaminhos de Herculano pela primeira vez. Vale destacar aqui também o lançamento da competição Vesuvius Challenge, que visa acelerar o processo de deciframento dos documentos, enfrentando o desafio de distinguir a tinta dos papiros carbonizados, frágeis e ilegíveis, permitindo a leitura dos textos em grego e latim.

Ciência
Imagem de Universidade de Kentucky reproduzida de Mega Curioso

Comunicação animal

Você já pensou o que dizem os passarinhos, os gatos, os cachorros e tantos outros animais? Uma das comunicações mais enigmáticas do reino animal para a ciência é aquela feita entre baleias cachalotes. Ela é complexa (com muitas variações de ritmo e duração) e pouco compreendida ainda pelos pesquisadores. A boa notícia pé que agora, com aprendizado de máquina, é possível analisar os 9 mil sequenciais de cliques já gravados para entender os padrões dessas vocalizações e compará-los com a fonética humana.

Ciência
Imagem de Gabriel Barathieu em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Cachalote#/media/Ficheiro:Mother_and_baby_sperm_whale.jpg

No fim das contas, até agora, graças ao uso de IA na ciência, já foram revelados 18 tipos de ritmos e várias outras características que devem permitir o melhor entendimento da sintaxe das vocalizações das baleias. O próximo passo é realizar experimentação com os animais, comparando os dados com seus comportamentos. A expectativa é de que, no futuro, os humanos possam se comunicar com esses gigantes marinhos.

Ciência
Imagem reproduzida de Gizmodo Brasil – UOL

Veja Também: Conheça novo Plano Brasileiro de Inteligência Artificial 2024-2028

Sítios arqueológico de Nazca

O Deserto de Nazca, no Peru, guarda mais um tesouro antigo, extensos pictogramas visíveis apenas do ar e que têm intrigado arqueólogos por décadas. Parece que agora vamos finalmente entender melhor os seus traços e até identificar novos geoglifos. Cientistas de dados e arqueólogos desenvolveram um modelo de detecção de objetos com IA capaz de registrar imagens de alta resolução. Só entre setembro de 2022 e fevereiro de 2023, a equipe verificou 303 figuras.

Ciência
Imagem de Diego Delso em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Linhas_de_Nasca#/media/Ficheiro:L%C3%ADneas_de_ Nazca,_Nazca,_Per%C3%BA,_2015-07-29,_DD_61.JPG

Estruturas proteicas

Agora uma boa notícia para quem trabalha com Biologia. Cientistas da Google ligados ao projeto Google DeepMind desenvolveram uma ferramenta nova baseada em IA, a AlphaFold, que prevê a estrutura de proteínas a partir de sequências de aminoácidos. A saber, as proteínas são formadas por combinações complexas de cerca de 20 aminoácidos, dobrando-se em estruturas tridimensionais essenciais para a vida.

O objetivo é coletar para a ciência o máximo de informações e criar um banco de dados que ajude os pesquisadores a acelerar descobertas, inclusive na Medicina e Engenharia Biomédica. Mas, por hora, o software da Google ainda não consegue prever consequências das mutações em proteínas ligadas, por exemplo, ao câncer, destacando a necessidade contínua de pesquisa e aprimoramento de tecnologias.

Ciência
Imagem reproduzida de Eu Quero Biologia

O futuro da ciência com o uso da IA

Já faz quase uma década que lemos artigos sobre as vantagens do uso de IA, sendo uma aliada indispensável às investigações científicas, desbravando os mistérios antigos e avançando nosso entendimento sobre o mundo. Porém, vale destacar que muitos profissionais ainda veem com preocupação o uso desse tipo de ferramenta em pesquisas, alegando que isso poderia limitar a reprodutibilidade dos seus trabalhos. Conclui-se que é fundamental manter sempre em aberto o debate sobre avanços científicos sustentáveis e éticos.


Fontes: CNN Brasil.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A Inteligência Artificial (IA) segue avançando a passos largos, revolucionando mercados e mudando paradigmas de negócios. À medida que 2025 se aproxima, a IBM revelou as principais tendências que prometem transformar a maneira como empresas operam.

Essas previsões abrangem desde agentes autônomos até IA multimodal, explorando inovações que moldarão o futuro. Neste artigo do Engenharia 360, você descobrirá como essas tendências impactarão setores e por que estão no radar de especialistas.

1. O agente de IA está aqui e agora

A primeira tendência a ser destacada é a ascensão dos agentes de IA. Esses agentes representam uma mudança significativa das soluções tradicionais de IA para sistemas mais autônomos e proativos. Será fundamental estabelecer barreiras e processos para garantir que esses sistemas operem de maneira segura e responsável. Isso inclui a necessidade de treinar funcionários em todos os níveis para gerenciar e supervisionar essas novas tecnologias.

tendências de IA
Imagem gerada em IA de Freepik

2. A evolução do papel dos colaboradores

Com a introdução dos agentes de IA, o papel dos colaboradores humanos também está mudando. Todos se tornarão gerentes de agentes, supervisionando equipes compostas por múltiplos agentes autônomos. Essa nova dinâmica exigirá uma reavaliação dos processos de trabalho nas empresas, criando novas formas de colaboração entre humanos e máquinas.

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3. A adoção da IA de código aberto

A terceira tendência refere-se à IA de código aberto, que deve ganhar força em 2025. Muitas empresas ainda enfrentam dificuldades em demonstrar retornos sobre seus investimentos em IA, principalmente devido aos altos custos associados a modelos proprietários. As soluções de código aberto oferecem uma alternativa viável, permitindo que as organizações implementem IA sem as taxas exorbitantes associadas a modelos tradicionais.

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Veja Também: Como Inteligência Artificial e Machine Learning estão redefinindo a carreia dos engenheiros de software

4. Automação como requisito

A automação está se tornando um requisito essencial para a implementação eficaz da IA. Para 2025, a previsão é de um ano em que as iniciativas de automação se tornarão imprescindíveis. As organizações precisarão integrar a automação em suas operações para otimizar processos e resolver problemas proativamente, criando assim uma vantagem competitiva no mercado.

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5. Aceleração da IA adequada à finalidade

Outra tendência importante é a aceleração da IA adequada à finalidade, especialmente em ambientes que lidam com grandes volumes de dados transacionais. O uso de hardware dedicado permitirá uma análise mais eficiente e segura dos dados. Essa abordagem não apenas melhorará o desempenho das aplicações de IA mas também garantirá maior segurança e conformidade regulatória.

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6. Agilidade na criptografia pós-quântica

À medida que as organizações começam a adotar criptografia pós-quântica, a agilidade se tornará crucial. Os padrões estão evoluindo rapidamente, exigindo que as empresas se adaptem continuamente a novas ameaças e vulnerabilidades. A automação será fundamental nesse processo para garantir uma transição suave e eficaz.

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7. A ascensão da Shadow AI

A democratização do acesso à IA pode levar funcionários a utilizarem ferramentas públicas sem supervisão adequada. Em 2025, será vital que as organizações implementem políticas claras sobre o uso da IA e desenvolvam infraestrutura robusta para gerenciar esses riscos.

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8. Crescimento da IA multimodal

Os modelos já desenvolvidos são capazes de analisar diversos tipos de documentos ricos em conteúdo (imagens, gráficos etc.), permitindo às organizações extrair insights valiosos. Para isso, será necessário aprimorar a infraestrutura existente para lidar com os novos requisitos de armazenamento e gerenciamento.

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9. Integração da IA com sustentabilidade

Por fim, as empresas estão cada vez mais integrando tecnologias de IA com suas metas de sustentabilidade até 2030. A combinação de automação com tecnologia de IA pode ajudar na gestão eficiente dos recursos e na redução do consumo energético nas operações diárias.

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Resumindo, as tendências de IA para 2025 destacadas pela IBM apontam um futuro de inovação, eficiência e desafios. Empresas que adotarem essas tecnologias estarão melhor preparadas para enfrentar a transformação digital e alcançar novos patamares. Esteja atento e prepare-se para o impacto revolucionário que a Inteligência Artificial trará no próximo ano!


Fontes: Época Negócios.

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A cada ano, novas tecnologias moldam o futuro, redefinindo o modo como vivemos e trabalhamos. Para 2025, especialistas apontam que diversas inovações emergentes trarão impactos significativos em setores como saúde, energia, mobilidade e comunicação. Entre elas, destacam-se a inteligência artificial (IA), sensores avançados e biotecnologia, que, em convergência com outras áreas, criarão um “superciclo tecnológico”.

Neste artigo, exploramos as tecnologias que, segundo previsões, têm o potencial de revolucionar o mundo no próximo ano. Prepare-se para conhecer as inovações que moldarão nosso futuro!

1. Inteligência artificial em nova fase

A inteligência artificial já é uma realidade em muitos setores, mas 2025 promete ser um divisor de águas. Com a criação de “modelos de ação” (LAMs), as máquinas não apenas processarão informações, mas também tomarão decisões em tempo real. Esses modelos terão aplicações em diversos níveis:

  • PLAMs (Personal Large Action Models): Para uso pessoal, otimizando tarefas diárias.
  • CLAMs (Corporate Large Action Models): Voltados para empresas, promovendo eficiência operacional.
  • GLAMs (Government Large Action Models): Auxiliando governos em decisões estratégicas.

A interação entre esses modelos levará a uma nova era de automação e personalização.

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2. Sensores ultra avançados

Sensores avançados serão fundamentais para a criação de sistemas capazes de “sentir” o ambiente. Sua aplicação abrange desde casas inteligentes até veículos autônomos. Com eles, a coleta de dados será ainda mais precisa, alimentando soluções baseadas em IA e permitindo a criação de ambientes responsivos e adaptáveis.

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Veja Também: As 6 Surpreendentes Previsões de Tecnologias Futuristas em Os Simpsons

3. Biotecnologia na saúde e sustentabilidade

A biotecnologia está avançando rapidamente, com impacto direto na medicina, agricultura e sustentabilidade. Em 2025, veremos:

  • Terapias personalizadas: Tratamentos desenvolvidos com base no perfil genético de cada indivíduo.
  • Biologia sintética: Aplicações que vão desde alimentos sintéticos até soluções para captura de carbono.
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4. Um novo horizonte para computação quântica

A computação quântica promete resolver problemas impossíveis para os computadores clássicos. Avanços na correção de erros e aumento da capacidade de qubits tornarão os sistemas quânticos mais confiáveis. Áreas como finanças, desenvolvimento de novos materiais e inteligência artificial serão profundamente impactadas.

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5. Energia nuclear modular

O aumento da demanda por energia limpa e estável impulsionará os reatores nucleares modulares (SMRs). Compactos e eficientes, eles fornecerão energia sustentável para data centers e outras operações industriais de grande escala. Empresas como Microsoft e Google já investem pesado nessa tecnologia.

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Veja Também: 9 tendências de IA para 2025 que vão revolucionar o mercado segundo a IBM

6. Inovações climáticas

A crise climática exigirá soluções tecnológicas inovadoras, como:

  • Concreto de baixa emissão: Reduzindo o impacto ambiental na construção civil.
  • Dessalinização por energia solar: Tornando água potável acessível em larga escala.

Essas inovações não apenas mitigarão os efeitos das mudanças climáticas, mas também criarão oportunidades econômicas.

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7. Parcerias tecnológicas inéditas

Empresas como Apple e Amazon já demonstram que alianças inesperadas serão o novo normal. Essa colaboração entre gigantes de tecnologia impulsionará avanços mais rápidos em inteligência artificial, computação em nuvem e muito mais.

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8. O degelo das criptomoedas

Apesar da volatilidade, o mercado de criptomoedas pode viver um renascimento em 2025. Políticas de incentivo e regulamentações favoráveis prometem transformar o cenário global, especialmente com a adoção de moedas digitais por governos e empresas.

 tecnologias emergentes
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Fontes: Época Negócios.

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Visando combater as mudanças climáticas, os pesquisadores têm apresentado muitas soluções de geoengenharia em debates políticos e científicos. Mas a ideia de manipular ainda mais o clima da Terra para combater consequências de outras manipulações já realizadas tem gerado vários questionamentos. E agora os Estados Unidos propõem um novo sistema de alerta para detectar tentativas de “escurecer o sol”. Confira melhor esta história no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Preocupações com a geoengenharia

Antes de tudo, precisamos esclarecer melhor o que é geoengenharia. Pois bem, trata-se de um conjunto de técnicas projetadas para manipular o clima da Terra. Quando esse tema nos vem à mente, logo pensamos naquilo que a engenharia pode fazer para resfriar o planeta, combatendo os efeitos do aquecimento global. Neste contexto, existe, por exemplo, a abordagem da modificação da radiação solar, que envolve refletir parte da luz solar de volta ao espaço. Imagine quais os efeitos colaterais disso!

Geoengenharia Solar
Figura meramente ilustrativa | Imagem gerada em IA de Freepik

É preciso considerar o que pode acontecer a partir dessas alterações sobre os padrões climáticos regionais, incluindo os impactos na agricultura e na economia.

Geoengenharia Solar
Figura meramente ilustrativa | Imagem gerada em IA de Freepik

Muitos especialistas expressam preocupação com esse tipo de iniciativa, considerando possíveis implicações éticas e ambientais. Isso porque, segundo eles, por conta do planeta não ter um controle de gestão único, existem brechas para que diferentes governos e até mesmo indivíduos ricos realizem experimentos segundo os seus próprios valores e desejos. As consequências poderiam ser, portanto, bastante imprevistas e possivelmente devastadoras.

Consequências potenciais

As consequências da geoengenharia solar podem incluir:

  • Mudanças inesperadas nas condições meteorológicas podem afetar regiões inteiras.
  • A modificação do clima pode prejudicar colheitas e comprometer a segurança alimentar.
  • Países em desenvolvimento podem ser desproporcionalmente afetados por decisões tomadas por nações mais ricas.
Geoengenharia Solar
Figura meramente ilustrativa | Imagem gerada em IA de Freepik

Veja Também: Geoengenharia solar pode reduzir aquecimento global

Proposta dos Estados Unidos

Recentemente, cientistas do laboratório do governo norte-americano no Colorado desenvolveram um sistema global de alarme capaz de detectar atividades suspeitas no planeta relacionadas à geoengenharia solar. Ele seria composto de dezenas de balões para coleta de dados atmosféricos lançados a 27 quilômetros de altitude. Sua função é realizar a coletar informações sobre aerossóis presentes na estratosfera, o que indicaria tentativas de manipulação climática.

Geoengenharia Solar
Figura meramente ilustrativa | Imagem gerada em IA de Freepik

A saber, esses balões seriam um pouco diferentes daqueles já utilizados pela meteorologia. Isso porque eles devem carregar dispositivos sofisticados para medição de partículas microscópicas no ar. Inclusive, por conta disso, cada pequeno indicativo de concentração de aerossóis (anomalias) já sinalizaria uma geoengenharia em andamento.

Expectativa de colaboração nacional

A expectativa do governo americano é que, no futuro, os cientistas do Colorado possam contar com a colaboração de outras agências ao redor do país para ampliação do projeto.

Estamos falando principalmente da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), para medição da concentração de aerossóis, e a NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), para investigação das suspeitas com ajuda de aeronaves em alta altitude. Além disso, laboratórios como o Sandia Nacional, no Novo México, que desenvolve ferramentas para estimar partículas suspensas no ar.

Geoengenharia Solar
Figura meramente ilustrativa | Imagem gerada em IA de Freepik

Num cenário ainda melhor, essa vigilância poderia contar com cooperação internacional, garantindo que as tecnologias sejam utilizadas com mais responsabilidade em todo o planeta, sob padrões éticos e científicos, sem colocar em risco o bem-estar dos seres vivos.

De todo modo, o sistema de alerta desenvolvido pelos Estados Unidos é um passo importante para o monitoramento de tentativas de manipulação do clima. Como sabemos, no desespero de frear as mudanças climáticas, muitos vão querer cometer loucuras. Por isso a necessidade do debate e dos esclarecimentos acompanhados da elaboração de regulamentações rigorosas e transparência. Lembrando que o futuro do planeta será diretamente influenciado pelas escolhas que fizermos agora!


Fontes: R7, O Globo.

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Engenharia 360

Redação 360

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Estamos vivendo uma grave crise climática, mas muitas pessoas parecem não ter acordado ainda para a situação. Vez ou outra, por conta das catástrofes naturais, a população se pergunta sobre o que está acontecendo. Fato é que as consequências estão visíveis em todas as regiões do planeta, explicam melhor do que qualquer fala de cientista sobre o que são as mudanças climáticas. Começando pelo derretimento do gelo do Ártico, que vem afetando a fauna e flora local, além de contribuir para o aumento do nível do mar.

Em meio a tudo isso, uma startup britânica Real Ice lançou uma proposta bastante controversa para reverter o processo de degelo. Ao invés de ações para mitigação dos efeitos do aquecimento global, ela propôs, para restauração de áreas extintas, usar bombas submersíveis para engrossar o gelo marinho. Essa ideia divide muito opiniões e levanta questões sobre sua viabilidade e potenciais impactos. Vamos explorar, neste artigo do Engenharia 360, a história por trás dessa iniciativa audaciosa, os testes preliminares e todas as críticas enfrentadas.

gelo do Ártico
Figura meramente ilustrativa | Imagem gerada em IA de Freepik

A crise do gelo marinho e o aquecimento global

Desde os anos 1980, os cientistas têm monitorado o Ártico e perceberam que o gelo marinho tem diminuído drasticamente. Pode parecer pouca coisa, mas sua espessura caiu em até 95%. Chegamos ao ponto de já saber que até a década de 2030 teremos verão sem gelo no Polo Norte do planeta. A perspectiva é de ciclos de extremo calor e um aumento expressivo no aquecimento global. Ou seja, a perspectiva é de um cenário desolador!

gelo do Ártico
Ilustração reproduzida de Gazeta do Povo

Mas o que explica tudo isso? Bem, a Terra consegue, com seus polos gelados, através dessas superfícies brancas, refletir a luz do Sul e se manter sua temperatura equilibrada. Então, se o gelo superficial derreter, o oceano escuro abaixo é que precisará absorver todo o calor, intensificando o aquecimento global. E as consequências são devastadoras para o crime e o meio ambiente.

Veja Também: Mudanças climáticas: cientistas descobrem que o ‘brilho’ da Terra está diminuindo e mais

A proposta de geoengenharia da Real Ice

A Real Ice está propondo um novo modelo de enfrentamento de derretimento do gelo marinho no Ártico. A ideia é se valer de uma abordagem de geoengenharia para manipular o ambiente. Envolve instalar bombas submersíveis sob o gelo para “puxar” água do mar para superfície para que ela congele e aumente a espessura do gelo existente. Traduzindo, remover a neve “fraca” que atua como isolante e criar uma cama extra de gelo mais “robusto”, garantindo assim a restauração da região.

Para provar que essa teoria deveria ser considerada, a Real Ice iniciou em 2023 testes em Cambridge Bay, no Ártico canadense. Seus cientistas conseguiram, seguindo o passo a passo, cobrir com gelo uma área de 4 mil metros quadrados. E a expectativa da startup é aumentar em mais 40 centímetros esse ganho em algumas áreas, trabalhando com a meta de cerca de 1,5 milhão de quilômetros quadrados, retardando o derretimento do gelo nos meses de verão.

gelo do Ártico
Figura meramente ilustrativa | Imagem gerada em IA de Freepik
gelo do Ártico
Uma ilustração da tecnologia em ação. – Imagem de Real Ice reproduzida de Click Petróleo e Gás

Tecnologias complementares

Para colocar seu projeto em prática, a Real Ice conta com outras tecnologias avançadas. Por exemplo, a automação de drones subaquáticos de 2 metros de comprimento alimentados por hidrogênio verde. Cada dispositivo seria cuidadosamente posicionado para evitar impactos negativos sobre rotas de migração de animais ou rotas marítimas. Sua função seria perfurar o gelo e derreter buracos com brocas aquecidas.

Mas confere os cálculos! Seria preciso cerca de 500 mil drones em operação em larga escala para dar conta do recado em uma área de 1,5 milhão de quilômetros quadrados. Diante desse número, os especialistas calculam um investimento mínimo necessário em US$ 5 bilhões ou US$ 6 bilhões. Seria preciso fazer negociações com bancos e outras instituições privadas para aprovação de financiamento que viabilizassem o projeto. 

A aposta da Real Ice é que, no futuro, fundos globais e até governos também fiquem interessados em colaborar através de “créditos de resfriamento“, onde poluidores pagariam pela compensação das suas emissões através do congelamento adicional do gelo. Será mesmo? Será que o ser humano está interessado em abrir a carteira para salvar o mundo, para salvar sua vida?

O que dizem os cientistas sobre o caso

Atualmente, os cientistas têm muitas dúvidas sobre a eficácia desse projeto em longo prazo. Jennifer Francis, do Woodwell Climate Research Center, chegou a dizer, em entrevistas que, embora o gelo ao redor das bombas fique mais espesso e brilhante, não está claro se esse processo poderia ser suficiente para reverter o derretimento generalizado do gelo marinho.

Outros cientistas também concordam que esse “cultivo” de gelo marinho não seria suficiente para combater a crise global, até mesmo desviando a atenção aos esforços necessários para o enfrentamento das mudanças climáticas, como a diminuição da dependência contínua dos combustíveis fósseis. Outros avaliam que a escalabilidade da solução é extremamente questionável diante dos óbvios impactos ecológicos da presença humana sem precedentes no Ártico, manipulando ecossistemas tão vulneráveis. Afinal, como fica a questão da responsabilidade ambiental?

gelo do Ártico
Figura meramente ilustrativa | Imagem gerada em IA de Freepik

Fato é que estamos nos esforçando para nadar contra a maré. Infelizmente, nenhuma tecnologia pode substituir ações concretas para redução das emissões globais de gases de efeito estufa. E é compreensível a desconfiança dos cientistas sobre o caso, já que a geoengenharia polar sempre foi um campo altamente experimental e controverso. Não quer dizer que a proposta da Real Ice seja inválida, só que ela não pode ser vista como substituta de políticas efetivas contra mudanças climáticas.

Veja Também: Colapso das Correntes Oceânicas pode Impactar as Engenhara: Estudo Atualiza Previsões


Fontes: CNN Brasil, Exame,

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O futuro das próximas gerações de humanos na Terra certamente será repleto de desafios. Estamos deixando para elas uma herança terrível, que é a contaminação por plástico de solo, rios e mares. Já existe hoje uma grande preocupação pela sustentabilidade. Porém, poucas ações realmente efetivas dão conta de mudar o cenário. Uma questão, por exemplo, é a eliminação completa dos canudos usados para consumo de bebidas. Todos sabem que isso pode causar graves problemas à natureza, mas a maioria ainda não abre mão dessa praticidade dos descartáveis.

Pensando nisso, duas estudantes da Bahia, Ana Clara Santana e Ana Clara Santos, desenvolveram um canudo totalmente eco-friendly. O mesmo é feito à base de amido de milho, gelatina e frutas. Sendo assim, uma alternativa ambientalmente mais responsável, podendo reduzir o impacto ambiental causado pelo uso excessivo de plásticos. Saiba mais sobre essa iniciativa no artigo a seguir, do Engenharia 360!

canudo comestível
Imagem reproduzida de Arquivo Pessoal via G1

O surgimento da ideia do canudo comestível

As ‘Anas Claras’ da Bahia são alunas do Centro Territorial de Educação Profissional do Médio Rio das Contas (Cetep), localizado em Ipiaú. Ambas fazem parte do curso de Agroindústria, que estuda o beneficiamento de matérias-primas de origem animal e vegetal. Desde o início do Ensino Médio, elas já desenvolveram três projetos, sendo o mais recente e considerado promissor o do canudo comestível.

canudo comestível
Imagem reproduzida de Giro Ipiaú

A ideia começou a ser desenvolvida em dezembro de 2023, quando as jovens começaram a investigar sobre os canudos plásticos descartados na natureza (incluindo aqueles de lanches e almoços) e todos os seus impactos negativos. Elas, então, decidiram encontrar uma alternativa para substituir esse material por algo que pudesse ser até ingerido, de preferência numa experiência sensorial agradável. E depois de muitos testes e ajustes realizados dentro do laboratório de alimentos do Cetep, chegaram em 2024 numa receita com sabores como morango, uva e laranja.

A possível produção dos canudos comestíveis

De acordo as estudantes idealizadoras do canudo comestível, bem como suas orientadoras Maysa Lobo e Rosilma Rodrigues, a receita elaborada permitiria a produção de utensílios em diversas espessuras e tamanhos a depender das diferentes necessidades. Aliás, seguindo padrão de produção, o que possibilita um melhor controle rigoroso de qualidade.

A atenção aos detalhes começa já na escolha dos ingredientes, selecionados conforme a capacidade de conferência de sabor e resistência.

Após todos os testes, a versão final obtida é de um canudo com boa durabilidade, podendo ser usado por até duas horas em temperatura ambiente ou guardado na geladeira por até 8 dias. A única desvantagem, por hora, é ele só poder ser utilizado para consumo de bebidas geladas. Por outro lado, o utensílio pode ser mastigado como se fosse uma sobremesa, dando um toque extra de sabor às refeições. É ou não uma proposta de experiência gastronômica atraente para o consumidor? O que acha?

As estudantes avaliaram como a mistura com os ingredientes selecionados (milho, gelatina e frutas) se comportava em diferentes condições de temperatura e tempo de uso. Elas também coletaram feedback com colegas para entender a preferência de gosto de outras pessoas, ajustando o produto até um resultado satisfatório.

canudo comestível
Imagem reproduzida de Arquivo Pessoal via G1

O impacto ambiental dos canudos comestíveis

Estamos hoje num processo de conscientização da sociedade; as pessoas estão começando a entender melhor a necessidade do descarte correto de materiais. Inclusive, iniciativas como a dos canudos comestíveis só começaram a surgir após os professores trabalharem melhor em sala de aula a educação ambiental, incentivando os jovens a buscar soluções criativas para problemas globais.

Claro que, embora a ideia seja excelente, indicando um caminho para redução ao uso de plásticos, por si só não é suficiente. Isso porque ela trata de apenas de uma pequena fração do impacto ambiental gerado pelo descarte incorreto de resíduos, sendo uma solução limitada a um problema gigantesco. Ou seja, estamos só no topo da pirâmide! Segundo a ONU, são 12 milhões de toneladas jogadas ao mar todos os anos, criando um “oceano de plástico” que afeta a vida marinha.

canudo comestível
Imagem reproduzida de Giro Ipiaú

Agora vamos focar no ponto positivo! Os jovens de hoje parecem que têm muito mais a contribuir para a engenharia. Muitos mantêm uma “chama interna” que alimenta o desejo de transformar o mundo e parecem enxergar bem com clareza o que devemos fazer para a construção de um futuro sustentável. Eles encontram na pesquisa, educação e colaboração os meios de tornar ideias viáveis para solucionar problemas antigos e persistentes. O canudo das “Anas Claras” da Bahia pode ser um símbolo dessa revolução!

O futuro do canudo comestível

Ana Clara Santana e Ana Clara Santos têm vários planos para o futuro do seu projeto. Elas desejam conseguir desenvolver canudos em novos sabores, como chocolate; alternativas de embalagens para o produto, que chamem a atenção dos consumidores; e, finalmente, comercializar o utensílio comestível no mercado, alcançando um público maior. Essa seria a sua contribuição para educar a sociedade sobre um consumo consciente e responsável.

Veja Também: Jovem cria dispositivo que detecta pesticidas em frutas com foco na segurança alimentar


Fontes: G1.

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Engenharia 360

Redação 360

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A roda foi uma das invenções mais importantes da história da humanidade. E quantas e quantas vezes, ao longo dos anos, reinventamos o design desse objeto, não é mesmo? Inclusive, recentemente, um grupo de cientistas sul-coreanos escreveu o mais novo capítulo dessa história, apresentando uma proposta de roda cuja tecnologia pode superar obstáculos como escadas e trilhas de pedras, surpreendentemente, mudando sua rigidez em tempo real. É a engenharia quebrando barreiras do que acreditávamos ser possível!

Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar como esse avanço tecnológico impressionante pode transformar a maneira como interagimos com os ambientes e como nos movemos neles. Confira!

Roda metamórfica
Imagem reproduzida de KIMM via Inovação Tecnológica

A inspiração por trás da roda metamórfica

‘Roda metamórfica’, assim é chamado esse novo modelo de design desenvolvido pelos engenheiros do Instituto Coreano de Máquinas e Materiais. Eles procuravam uma solução para melhorar a mobilidade de sistemas robóticos e de transporte – particularmente aqueles que enfrentam o desafio de superar obstáculos. Curiosamente, eles encontraram inspiração na tensão superficial das gotas de água para desenhar essa forma esférica capaz de resistir a condições adversas.

Explicando melhor, ao aplicar esse conceito de design na engenharia de rodas, o que esses cientistas conseguiram foi desenvolver uma estrutura que pode mudar entre estados rígidos e flexíveis, a depender do terreno. Então, fica rígida por passar rápido em terrenos planos e flexível ao rodar sobre obstáculos. Isso só é possível porque essa roda metamórfica é composta por “elos inteligentes”, que se juntam para aumentar ou diminuir a rigidez da roda conforme o necessário.

O funcionamento desse novo design de roda

Vale destacar que essa incrível roda desenhada pelos sul-coreanos é composta por uma corrente, que forma a borda externa, e cubo com raios de arame. Aliás, a rigidez dessa roda é justamente “ajustada”, por assim dizer, através da tensão superficial da estrutura aplicada aos raios.

Roda metamórfica
Princípio de funcionamento da roda mórfica, inspirada na tensão superficial dos líquidos, mas totalmente implementada com materiais sólidos. | Imagem de Jae-Young Lee et al – 10 1126, scirobotics.adl2067, reproduzida via Inovação tecnológica

Quando a distância entre as extremidades da roda aumenta, os elos da corrente são puxados para dentro, tornando a roda rígida e adequada para superfícies planas. Quando a distância diminui, a tensão é reduzida, permitindo que a estrutura se expanda e a roda se torne mais flexível, pronta para superar obstáculos como pedras ou degraus.

Tal mecanismo inovador foi testado com sucesso em cadeira de rodas e em veículos de quatro rodas, demonstrando sua capacidade e eficiência. Especialistas garantem que estamos diante de um grande avanço em relação aos sistemas tradicionais, como pneus sem ar, que enfrentam limitações na capacidade de superar obstáculos.

São vantagens da roda metamórfica em relação às rodas tradicionais:

  • Supera obstáculos até 1,3 vezes maiores que seu próprio raio.
  • Mantém alta eficiência em superfícies planas.
  • Combina mobilidade avançada com eficiência, superando limitações de robôs quadrúpedes e bípedes.
  • Design modular permite uso em cadeiras de rodas, veículos autônomos e robôs industriais. Mais eficiente em terrenos suaves do que robôs que andam.

As possíveis aplicações práticas da roda metamórfica

1. Cadeiras de rodas

Cadeiras de rodas avançadas, capazes de subir escadas com degraus de até 18 cm de altura, permitindo que pessoas com mobilidade reduzida possam se deslocar com mais facilidade, atravessando terrenos urbanos desafiadores.

2. Veículos autônomos

Veículos autônomos para o setor de logística, voltados à entrega de mercadorias, também subindo escadas sem dificuldade.

3. Robôs móveis

Robôs móveis projetados para ambientes desafiadores, como enfrentados em exercícios militares e industriais, onde os dispositivos precisam realizar manobras ousadas com extrema estabilidade, sem limitações de locomoção.

Roda metamórfica
O conceito de roda maleável já foi testado em sistemas de duas e de quatro rodas. | Imagem de Jae-Young Lee et al – 10 1126, scirobotics.adl2067, reproduzida via Inovação tecnológica

O futuro da mobilidade com a roda metamórfica

Os sul-coreanos reconhecem que, apesar do potencial do seu projeto, ainda existem desafios a serem superados em termos de design e engenharia. Ainda é preciso entender como acabar com o acúmulo de sujeira que se acumula nas fendas dessa roda metamórfica, que pode diminuir seu funcionamento ao longo do tempo. Uma possibilidade é acrescentar uma cobertura flexível, protegendo essas áreas expostas e garantindo a durabilidade e eficácia da roda. O processo de aprimoramento é contínuo!

À medida que as tecnologias evoluírem, podemos testemunhar mais inovações e melhorias nesse campo. O objetivo final é tornar esse modelo de roda viável para velocidades até 100 km/h – semelhante à velocidade média de um carro. Com isso, podemos entrar em uma nova era na engenharia de mobilidade; transformando a forma sem precedentes como projetamos veículos pessoais e comerciais; gerando sistemas de transporte mais ágeis, inclusivos, capazes de navegar por ruas e terrenos difíceis sem a necessidade de infraestrutura adaptada.

Roda metamórfica
Imagem de Jae-Young Lee et al, Science Robotics, AAAS, reproduzida de Fast Company

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Fontes: Fast Company, G1, Inovação Tecnológica, Matéria Prima Comunica.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Os espelhos são objetos relativamente comuns, mas muito fascinantes; impactando nosso dia a dia, estando presente em casas, carros e estabelecimentos comerciais, assumindo um papel essencial em diversos ambientes. Quando você passar por um, repare em seus efeitos! É interessante observar a incidência da luz sobre esse tipo de superfície, isso acontece graças à sua capacidade de reflexão.

Mas afinal, qual o segredo por trás da fabricação dos espelhos? Pensando em sanar essa curiosidade, elaboramos aqui, no Engenharia 360, esse artigo especial que traz informações sobre a combinação de ciência e técnica que resulta na produção dos espelhos. Confira!

fabricação dos espelhos
Imagem de Elizaveta Rukhtina em Pexels

A composição básica dos espelhos

Os espelhos são compostos por três camadas principais, que trabalham juntas para garantir uma reflexão eficiente de luz.

A estrutura tem como base o vidro plano, cuja função é fornecer solidez e proteção para as outras camadas adjacentes. A superfície metálica (em prata ou alumínio), com excelentes propriedades, é acrescida na parte posterior, realizando a reflexão da luz. Para completar, é adicionada uma película escura, impedindo que a luz se dissipe, retorne e distorça a imagem refletida, absorvendo-a assim que passar pela camada de metal. Esse processo assegura a nitidez da imagem refletida!

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A ciência por trás da reflexão dos espelhos

Antes de darmos sequência às explicações de fabricação dos espelhos, vale destacar porque os metais possuem essa capacidade de reflexão. Pois bem, é porque esse tipo de material possui em sua composição elétrons livres que vibram quando atingidos pela luz, emitindo ondas luminosas na mesma direção, criando o efeito que vemos como reflexo. E é claro que essa percepção aumenta por conta da superfície polida (extremamente lisa), que minimiza qualquer distorção na imagem refletida.

fabricação dos espelhos
Imagem reproduzida de Mundo Educação – UOL

O processo de fabricação dos espelhos

A produção dos espelhos é um processo rigoroso, que envolve várias etapas. Vamos conhecê-las?

1. Tratamento dos materiais

O vidro utilizado na fabricação de espelhos é o float, composto de areia (70%), sódio (14%), cálcio (14%) e outros compostos químicos (2%). Essa mistura é aquecida a 1500 °C dentro de fornos industriais, transformando-se em líquido viscoso que é, então, moldado e resfriado para endurecer sua estrutura no formato desejado (em “sólido amorfo”), mas não necessariamente em organização cristalina definida.

2. Acréscimo de proteção

Antes de seguir para a próxima etapa – não ultrapassando três meses de sua fabricação -, o vidro passa por um processo de limpeza rigorosa e polimento que garante sua superfície perfeitamente lisa e livre de impurezas. Na etapa seguinte, é aplicada por meio de pulverização uma camada metálica final ou, mais precisamente, de nitrato de prata (1/10000 mm de espessura ou 0,7 a 1 grama por metro quadrado). Isso é o que dará esse ultra poder de reflexão à peça (cerca de 90% da luz incidente, a depender de fatores ambientais).

Para aumentar a durabilidade do espelho, uma camada de cobre (de 0,2 a 0,3 gramas por metro quadrado) é aplicada sobre a prata. O objetivo é proteger ainda mais o espelho contra manchas e oxidação, geralmente causadas pela exposição ao ar e umidade. Uma segunda camada, mais resistente, em tinta preta, é realizada para bloquear completamente a passagem de luz.

3. Envio ao comércio

Depois de toda essa pintura, o espelho enfim passa por uma estufa para secagem completa até que esteja pronto para ser embalado, enviado ao mercado e comercializado.

fabricação dos espelhos
Imagem reproduzida de Revista Vidro Impresso

A variedade de espelhos à venda no mercado

Os espelhos que encontramos à venda no mercado podem variar amplamente em design e funcionalidade, apresentando características específicas que atendem diferentes necessidades, inclusive estéticas. Aqui, neste artigo, apresentamos alguns exemplos:

  • Espelhos comuns: Usados frequentemente em ambientes internos de residências e comércios.
fabricação dos espelhos
Imagem de Freepik
  • Espelhos decorativos: Com formatos e acabamentos especiais.
  • Espelhos de segurança: Produzidos com materiais mais resistentes.
  • Espelhos automotivos: Usados em retrovisores e outros espelhos em veículos, produzidos em um processo diferente, que se vale de deposição de valores metálicos para maior resistência às intempéries.
fabricação dos espelhos
Imagem de Domínio público em Pxhere
  • Espelhos semi-reflexivos: Próprios para fachadas de edifícios, com camadas finas de metal (aplicadas de acordo com a cor e nível de reflexão desejados),  permitindo a passagem parcial da luz.
fabricação dos espelhos
Imagem de Domínio público em Pxhere

Portanto, a capacidade dos espelhos de refletir luz está diretamente relacionada à qualidade das camadas aplicadas durante sua fabricação.


Fontes: Superinteressante.

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A aquisição ou construção de uma moradia é um grande momento na história de uma família. Envolve muito investimento financeiro, gasto de tempo e trocas de sentimentos. Por isso, é essencial a atenção aos detalhes do projeto para que todos os planos deem certo. Por exemplo, a base do projeto elétrico será o entendimento do comportamento dos moradores e como eles irão utilizar os ambientes.

Como saber os locais onde serão instaladas as lâmpadas e as tomadas da casa? Bem, os engenheiros fazem o mapeamento dos pontos para aparelhos, interruptores e mais seguindo o modelo de arquitetura e design de interiores; e esse é só o começo dessa jornada. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Etapa 1: Criação do plano de distribuição elétrica

Antes de tudo, vale destacar que o projeto elétrico precisa estar acertado no começo da execução da obra, pois é neste primeiro estágio que as instalações desse tipo são feitas. A ideia é garantir que esse procedimento não comprometa o acabamento de paredes, pisos e tetos.

Durante a instalação de fios, tendo como base o projeto de engenharia, será possível entender que toda a casa é composta por instalações de diferentes fios elétricos que fazem parte de cada circuito, vários pontos de luz acessados pelo interruptor de luz. Se num ambiente você desejar mais pontos de luz, com uma cena de iluminação mais variada, será preciso fazer circuitos separados. 

Para estes casos, o correto é separar os sistemas com condutores que suportam a corrente definitiva para a peça.

pontos elétricos
Exemplo de ligações elétrica residencial | Imagem reproduzida de Projetou

Como ensinado na engenharia, existem diferentes tipos de sistema de energia: monofásico, bifásico ou trifásico, segundo a especificação de carga elétrica. Uma coisa importante de se dizer é que, para equilibrar as potências dos aparelhos elétricos, as instalações devem acontecer com fase 1,2 ou 3.

pontos elétricos
Exemplo planta elétrica residencial | Imagem reproduzida de ELETRICISTA RESIDENCIAL
pontos elétricos
Padrão representação elementos em planta baixa elétrica residencial | Imagem reproduzida de Design por Dentro

Veja Também: Como poderíamos resumir a ‘elétrica residencial básica’?

Etapa 2: Cálculo das voltagens dos circuitos 

O projeto de elétrica da casa não pode ser confundido com base em achismos, ele deve ser muito bem calculado! O dimensionamento desse sistema (voltagens dos circuitos, amperagem dos fusíveis ligados a cada fase) é o que vai permitir a escolha correta da bitola dos fios.

Inclusive, esse equilíbrio é fundamental para garantir o bom funcionamento e segurança do esquema elétrico desde a caixa de distribuição.

A saber, todos os fios partem do quadro de luz e são conduzidos em conduítes pelo resto da casa.

Na dúvida, contrate sempre um profissional especialista para realizar todos os cálculos em instalações. Ademais, sempre compre materiais que carreguem o selo do INMETRO, pois isso garante que ele foi testado e certificado segundo os padrões de normas da ABNT.

Como escolher a bitola 

Bitola é a espessura do fio de luz e a escolha da bitola é justamente baseada nas cargas associadas ao sistema. Aliás, a recomendação dos especialistas é o uso em casa de fios com no mínimo 1,5 mm para iluminação e 2,5 mm para tomadas de força. Já a avaliação para casos mais específicos, como instalação de chuveiro, pode exigir equipamento para avaliação de potência para determinar a bitola dos fios.

pontos elétricos
Imagem reproduzida de Conduscamp

Etapa 3: Instalação dos fios nas superfícies 

No Brasil, apesar de as tecnologias terem evoluído, permitindo obras mais limpas, seguras e eficazes, ainda fazem rasgos em paredes para embutir conduítes com isolamento e fios. Já quando não se pode realizar esses rasgos, por algum motivo, a opção é usar fios tipos plastichumbo – mas não é o melhor cenário. Outra opção, geralmente utilizada em reformas de construções mais antigas, é usar canaletas aparentes com fios externos. 

pontos elétricos
Exemplo instalação elétrica em alvenaria | Imagem reproduzida de Stsa Reformas em YouTube
pontos elétricos
Ilustração modelo fio plantichumbo | Imagem reproduzida de EletroAgora
pontos elétricos
Exemplo instalação elétrica casa em canaletas externas | Imagem reproduzida de EletroAgora

Além das paredes e teto (ou mesmo forro de gesso), pode-se passar os fios pelo chão, mas só se o contrapiso permitir. E se você não quiser ver benjamins e extensões espalhadas pela casa, é só detalhar bem com o seu engenheiro o número mínimo de interruptores e tomadas necessárias.

pontos elétricos
Exemplo modelo de instalação elétrica partindo do teto | Imagem reproduzida de TX ELÉTRICA
pontos elétricos
Exemplo modelo de instalação elétrica partindo do piso |Imagem reproduzida de Reforma reforma

Fontes: Construir Mais por Menos, Editora Escala, Coleção Mãos à Obra, Manual da Elétrica

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Sempre esteve no imaginário das pessoas a ideia de ligar continentes por túneis subaquáticos. Então, com o avanço das tecnologias, será que estamos mais perto dessa realidade? Pode ser! Talvez você não acredite, mas há um projeto ambicioso de túnel transatlântico ligando Londres a Nova York. Assim, uma viagem que hoje é realizada em cerca de 8 horas passaria para uma jornada de apenas 54 minutos. Não seria incrível?

Túnel Transatlântico
Figura meramente ilustrativa | Imagem gerada em IA de Freepik

Recentemente, até o empresário Elon Musk manifestou nas redes sociais seu apoio a esse sonho futurista. A saber, o custo estimado para essa empreitada é de cerca de US$ 20 trilhões. Então, será que teria chances de sair do papel? É exatamente isso que discutimos neste artigo do Engenharia 360. Confira!

O sonho de conectar continentes submarinos

Desde o século XIX, governantes e empresários já citavam, em diversas rodas de conversas, a possibilidade de conectar a Inglaterra aos Estados Unidos por meio de um túnel subaquático. Mas pensa na complexidade de um projeto desses, de ligar dois continentes – afinal, são mais de 5.500 quilômetros de distância. Haveria de ser considerado, além dos custos, os impactos ambientais, econômicos, de “relação especial” entre as nações, e muito mais.

O que antes parecia inviável agora é encarado de forma diferente, graças às novas tecnologias, como os trens de levitação magnética em tubos de vácuo, capazes de alcançar velocidades entre 6 mil e 8 mil km/h.

Túnel Transatlântico
Figura meramente ilustrativa | Imagem gerada em IA de Freepik

Desafios técnicos, econômicos e ambientais

Vale comentar que a magnitude de uma obra dessas é algo que praticamente nem pode ser comparada com o Túnel do Canal da Mancha, de 1994, que conecta Inglaterra à França. O Eurotúnel possui 50 km e levou 6 anos para ser construído ao custo de US$ 21 bilhões – já naquela época, pense bem. E para ligar Londres à Nova York precisaria de uma estrutura 150 vezes maior.

Os defensores do projeto garantem que tudo valeria a pena se, assim, pudéssemos ter uma alternativa mais sustentável ao transporte aéreo, que é uma das maiores fontes de emissões de carbono no mundo.

Claro que tem mais, muito mais a ser considerado! Para começar, os cálculos complexos de engenharia para que essa estrutura venha a suportar a pressão em águas profundas (em algumas áreas, a mais de 5 mil metros), riscos sísmicos e correntes marítimas. Há a possibilidade de grave perturbação dos ecossistemas marinhos, inclusive de espécies em caminho de extinção.

Uma obra desse porte deve alterar severamente habitats sensíveis. Então, lhe perguntamos: vale a pena? Coloque tudo na balança!

Túnel Transatlântico
Figura meramente ilustrativa | Imagem gerada em IA de Freepik

As tecnologias futuristas envolvidas na proposta

Como citamos antes, uma das propostas mais inovadoras relacionadas a esse túnel transatlântico envolve o uso de trens movidos por levitação magnética, conhecidos como vactrains. Essa tecnologia poderia realizar o transporte a longas distâncias mais rápido do que muitos voos domésticos. E visando equilibrar a eficiência de construção, segurança contra desastres naturais e sustentabilidade ambiental, outras ideias estão sendo consideradas, por exemplo:

  • Túnel Flutuante: Submerso a cerca de 49 metros de profundidade e suspenso por cabos ancorados no fundo do oceano.
  • Túnel no Leito Oceânico: Estruturas assentadas diretamente no fundo do mar.
  • Sistema Híbrido: Combinação de segmentos flutuantes e assentados no leito oceânico.

O futuro do projeto do túnel transatlântico

Se até aqui você não entendeu, esclarecemos que, não, não existem propostas concretas consideradas pelos governos da Inglaterra e Estados Unidos para a construção desse túnel transatlântico. O que existem são especulações, que estão gerando a debates nas academias e entre entidades de engenharia sobre os custos exorbitantes e os riscos associados a um projeto desse porte. E é justamente tudo isso que tem levado à hesitação dos órgãos oficiais em seguir com quaisquer planos.

Túnel Transatlântico
Figura meramente ilustrativa | Imagem gerada em IA de Freepik

Projetos menores, que já em andamento, dão uma perspectiva da complexidade da questão, e exemplo do túnel para conectar a Espanha ao Marrocos pelo Estreito de Gibraltar até 2030, que teria 27 km, sendo 17 km a uma profundidade de 475 metros abaixo da superfície. Também está sendo feito o Rogfast, entre Escandinávia e a Noruega, que promete ser o mais longo e profundo túnel rodoviário do mundo. Apesar das escalas serem diferentes, esses exemplos podem servir como referência para empreendimentos ainda maiores, como o Túnel Transatlântico entre Londres e Nova York.

Veja Também: Conheça o projeto de túnel submerso entre Itajaí e Navegantes


Fontes: Revista Casa e Jardim, Gazeta do Povo.

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