A produção de energia elétrica a partir do Sol está se tornando cada vez mais comum. Novas usinas fotovoltaicas são construídas diariamente em diversos estados brasileiros. Com o baixo nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, esse tipo de produção pode se tornar um poderoso personagem na matriz energética do Brasil. Mas a empresa norte-americana Heliogen não quer saber de placas solares, a aposta deles é em espelhos giratórios.
Sobre a nova tecnologia
Chamados de 'Heliostáticos', esses espelhos giratórios são instalados em áreas com elevada incidência solar e refletem os raios para um coletor. Todo esse sistema trabalha de forma inteligente, utilizando um algoritmo de aprendizagem de máquina para posicionar os espelhos de modo a concentrar a energia em um único ponto, chegando a temperaturas de 1 500ºC.
Uma câmera de monitoramento analisa a cor do céu a partir de reflexão nos espelhos e uma IA decide como posicioná-los. Uma vez na posição otimizada, todo o calor é “coletado” por um tubo de aço isolado até um leito de rochas. E essas pedras conseguem armazenar e reter energia térmica por um longo período, mesmo depois de anoitecer.
Após convertida em energia elétrica, as redes de distribuição abastecem as cidades. "Para fornecer energia à Terra, precisamos cobrir centenas de quilômetros quadrados. Mas essa cobertura precisa ser feita de maneira econômica e sustentável em todos os níveis da cadeia de produção”, explica o fundador da Heliogen, Bill Gross, que conta com o apoio do xará Bill Gates, para viabilizar esse projeto.
Assista ao vídeo a seguir para entender melhor como funciona esta tecnologia:
Futuro
A primeira fazendo desse tipo está em fase de testes em Lancaster, um condado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Por hora, ela possui 400 espelhos heliostáticos, mas a empresa tem ambições bem maiores. A ideia é construir um complexo com mais de 40 mil refletores capazes de gerar energia limpa e renovável com valor competitivo.
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Veja Também: Como funciona uma usina solar?
Fontes: Heliogen; Canal Tech
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Rafael Panteri
Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.