O período da faculdade (inclusive de engenharia) é marcado por uma explosão de aprendizado teórico, mas e quando chega a hora de colocar tudo em prática no mercado de trabalho? É aí que o estágio surge como um portal para o mundo real, proporcionando aos estudantes a oportunidade de vivenciar o dia a dia de suas áreas de interesse e dar os primeiros passos em suas carreiras profissionais.

Para muitos estudantes, o estágio representa o primeiro contato com o ambiente profissional, permitindo que explorem as nuances de suas áreas de atuação e identifiquem as habilidades e competências necessárias para o sucesso. Através da vivência prática, os estagiários colocam em teste os conhecimentos adquiridos em sala de aula, consolidando o aprendizado e desenvolvendo novas capacidades. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

estágios estudantes de engenharia
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O estágio como trampolim para o desenvolvimento profissional

O estágio não se limita apenas à aplicação do conhecimento teórico. É também uma oportunidade de aprimorar habilidades interpessoais, como comunicação, trabalho em equipe e resolução de problemas. O contato com profissionais experientes e a participação em projetos reais proporcionam aos estagiários um crescimento profissional acelerado, preparando-os para os desafios do mercado de trabalho.

As atividades desenvolvidas pelos estagiários variam de acordo com a área de estudo e a empresa contratante. No entanto, algumas funções são comuns à maioria dos estágios, como:

  • Assistência em tarefas administrativas: organização de documentos, agendamento de reuniões, elaboração de relatórios e apresentações.
  • Apoio em projetos: pesquisa de dados, levantamento de informações, desenvolvimento de soluções e criação de materiais de comunicação.
  • Participação em atividades técnicas: realização de testes, acompanhamento de processos, colaboração em projetos de engenharia e desenvolvimento de software.
  • Interação com clientes e fornecedores: atendimento telefônico, recepção de visitantes, negociação de preços e prazos.
estágios estudantes de engenharia
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Um exemplo inspirador

Letícia Silva, estagiária de 19 anos em uma empresa de engenharia ambiental sanitária no ABC Paulista, é um exemplo da diversidade de atividades que um estagiário pode desenvolver. Entre suas responsabilidades, estão a caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos do município de Santo André e a identificação das frações porcentuais de diferentes tipos de resíduos urbanos.

Letícia destaca a importância do ambiente de trabalho positivo e do apoio da equipe para o seu desenvolvimento profissional. “O que mais gosto de onde eu trabalho é a maneira como a liderança trata os estagiários e como eles ensinam e ajudam no que for preciso”, afirma.

Explorando as áreas de Engenharia

Civil

Cada área de Engenharia oferece aos seus estagiários um conjunto único de oportunidades de aprendizado e desenvolvimento. Na Engenharia Civil, por exemplo, os estagiários podem auxiliar na criação de projetos, elaborando plantas, executando propostas técnicas, acompanhando obras e desenvolvendo relatórios e planilhas.

Elétrica

Já na Engenharia Elétrica, o foco está no desenvolvimento de projetos de construção, montagem, operação e manutenção de instalações elétricas. Os estagiários podem realizar testes, acompanhar instalações, elaborar documentação técnica e auxiliar na resolução de problemas elétricos.

Mecânica

Na Engenharia Mecânica, as atividades dos estagiários giram em torno do projeto de máquinas, equipamentos, ferramentas industriais e veículos. Eles podem auxiliar na criação de desenhos técnicos, na realização de simulações computacionais, na construção de protótipos e na realização de testes de desempenho.

estágios estudantes de engenharia
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Um investimento no futuro

O estágio é um investimento valioso para o futuro profissional dos estudantes. Através da experiência prática, os estagiários aprimoram suas habilidades, constroem uma rede de contatos e aumentam suas chances de conseguir um emprego após a graduação.

Os estágios oferecem aos estudantes de Engenharia uma ponte entre a teoria e a prática, permitindo que explorem suas áreas de interesse, desenvolvam suas habilidades e construam uma base sólida para suas carreiras profissionais. As diversas atividades que os estagiários podem realizar proporcionam um aprendizado rico e diversificado, preparando-os para os desafios e oportunidades do mercado de trabalho.

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Engenharia 360

Jennifer Evaristo

Redatora colaboradora do Engenharia 360.

O Taj Mahal é um dos monumentos mais bonitos da Arquitetura e um dos mais importantes patrimônios culturais do mundo. Ele está situado em Agra, na Índia. E apesar de ser lembrado como “símbolo eterno de amor”, trata-se de um mausoléu. Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar como essa obra foi construída, incluindo todos os desafios e inovações de engenharia que permitiram a sua criação. Confira!

Conhecendo o Taj Mahal

O Taj Mahal é a “grande joia da Índia”. Ele faz parte da lista de Patrimônio Mundial da UNESCO e é considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno desde 2007, atraindo todos os anos milhares de turistas.

Mas o Taj Mahal foi construído mesmo 1632. Sua obra, por ordem do imperador Shah Jahan, durou 22 anos e envolveu mais de 20 mil artesãos, além de animais, incluindo elefantes. O resultado é impressionante! Um lindo edifício em mármore branco, adornado com pedras preciosas e intrincados designs florais. É impossível não se encantar com sua simetria perfeita, seus mirantes imponentes e sua cúpula celestial. Nos faz lembrar a capacidade de criatividade humana e a rica história da Índia.

Taj Mahal
Imagem de Pxhere

Por falar nisso, Shah Jahan (o quinto imperador do Império Mogol) quis construir o Taj Mahal em homenagem a sua terceira esposa recém-falecida, Mumtaz Mahal. Então, essa obra era um tributo do seu amor, uma demonstração de sua dedicação. Ao mesmo tempo, ela refletiu a grandeza do seu governo, cuja história ficou eternizada pela arquitetura.

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Mergulhando na construção do Taj Mahal

Projeto arquitetônico

A cidade de Agra, onde está localizado o Taj Mahal, fica às margens do rio Yamuna. No passado, ela ficava perto da capital do império, Delhi. Então, o sítio escolhido para a construção não foi escolhido por acaso. Ele oferecia um terreno amplo e vista panorâmica que favorecia o projeto arquitetônico, conduzido pelo arquiteto turco Ustad Isa, inspirado nos estilos islâmicos, persas turcas e indianas, que combinavam elementos geométricos e florais.

Taj Mahal
Imagem reproduzida de ‘TAJ MAHAL AS CIDADES MUÇULMANAS’, Profª. Ana Paula Zimmermann, via PUC Goiás

O plano previu a construção de um complexo de três edifícios, quatro torres de 41 metros de altura (minaretes que se elevam em direção ao céu) e gigantescos jardins (sendo um central), totalizando 17 mil metros quadrados. O mausoléu propriamente dito é um edifício octogonal com uma cúpula central de 73 metros de altura, cercada por quatro cúpulas menores. E as áreas verdes ao redor foram pensadas para representar o paraíso islâmico, com seus canais de água, árvores frutíferas e flores exóticas.

Taj Mahal
Imagem reproduzida de ‘TAJ MAHAL AS CIDADES MUÇULMANAS’, Profª. Ana Paula Zimmermann, via PUC Goiás
Taj Mahal
Imagem de Pxhere

Materiais e mão-de-obra

A execução da construção do Taj Mahal foi bastante meticulosa. Os blocos de mármore branco (extraídos das pedreiras de Makrana ou importados de lugares como China, Paquistão, Tibete, Afeganistão, Sri Lanka e Oriente Médio) precisaram ser transportados de longas distâncias e cuidadosamente esculpidos e encaixados. Na equipe de obras estavam artesãos, pedreiros, escultores e calígrafos, provenientes de várias partes do Império Mongol e de outras regiões da Ásia Central.

Taj Mahal
Imagem de Architechtboy reproduzida de Louco por Viagens

Além do mármore e tijolos comuns, foram utilizadas pedras preciosas e semipreciosas, como jade, cristal, lápis-lazúli, ametista e turquesa, para decorar as paredes e criar intrincados padrões de incrustação. E alguns detalhes finais deste trabalho chamam atenção até os dias de hoje, como o fato das pedras refletirem a luz do sul em tons sempre mutáveis, os complexos mosaicos e a caligrafia árabe que adorna as paredes com versos do Alcorão.

Taj Mahal
Ilustração de Jonatan Sarmento reproduzida de Superinteressante
Taj Mahal
Imagem de Pxhere

Inovações e desafios de engenharia

O primeiro desafio que os engenheiros do Taj Mahal se depararam foi o próprio terreno escolhido para a construção. O sítio era propenso a inundações. Para isso, foi necessário realizar um trabalho extenso para estabilizá-lo. Poços profundos foram cavados e preenchidos com pedras para criar uma base sólida para o mausoléu.

Já para a força e resistência da edificação, foi previsto uma base chamada de “arquitetura de tijolos”, que envolve a construção com tijolos comuns encaixados em forma de círculos concêntricos. E as quatro torres ao redor foram projetadas para inclinar-se levemente para fora, de modo que, em caso de colapso, não danificassem a estrutura principal.

Taj Mahal
Imagem reproduzida de ‘TAJ MAHAL AS CIDADES MUÇULMANAS’, Profª. Ana Paula Zimmermann, via PUC Goiás

O legado duradouro do Taj Mahal

Mesmo nos dias de hoje, a construção do Taj Mahal continua inspirando arquitetos e engenheiros do mundo todo. Seu valor histórico e cultural desempenham um papel importante na economia local e nacional, gerando renda e empregos para a região, desde hoteis a restaurantes. Contudo, manter sua glória original é um desafio constante.

Existe uma grande dificuldade de preservação desse monumento por conta da poluição ambiental, fluxo intenso de turistas e o desgaste natural ao longo dos séculos. Por isso, recentemente, foram tomadas medidas de restrição de tráfego ao redor do complexo, a utilização de purificadores de ar e projetos de restauração são implementadas para proteger e preservar esta obra-prima para as futuras gerações.

Vamos combinar que a inclusão do Taj Mahal na lista das Sete Maravilhas do Mundo Moderno só reforçou ainda mais a importância dessa obra na História da Arquitetura, bem como a necessidade de sua preservação. Afinal esse foi um empreendimento colossal que não se pode perder, pois demonstra muita engenhosidade, habilidade e recursos vastos.

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Fontes: UOL, Superinteressante, Superinteressante 2.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Os conduítes elétricos são usados para direcionar e proteger, de danos físicos e influências ambientais, fios elétricos dentro de estruturas de edifícios. Eles podem ser instalados em paredes e até em camadas subterrâneas. Apresentam geralmente a cor amarela, e sendo feitos em material flexível (PVC) e enrugado/corrugado – como uma mangueira. Mas justamente por isso, podem ficar entupidos durante a obra ou por conta do seu desgaste com o passar dos anos.

conduíte entupido
Imagem reproduzida de Artectubos

Esse tipo de problema pode comprometer a segurança e eficiência do sistema elétrico. Daí o que fazer? Foi pensando nisto que nós, do Engenharia 360, montamos este guia para explicar as possíveis causas do entupimento de conduítes e as melhores práticas para manutenção e desentupimento. Confira!

O que pode causar o entupimento de conduítes?

Por incrível que pareça, o entupimento de conduítes é algo bem comum na construção civil. O problema mesmo é conseguir depois desobstruir essas mangueiras; e tem que fazer, para evitar problemas sérios e atrasos nas atividades de construção.

A causa mais frequente do entupimento é o acúmulo de sujeira e umidade. Isso pode, inclusive, oxidar alguns pontos da instalação elétrica, oferecendo risco de choques, queima de fios e incêndios. E a coisa é grave! Se a deterioração chegar até a caixa geral, pode causar acidentes, sem contar a interrupção no fornecimento de energia. Portanto, é fundamental evitar conduítes elétricos entupidos e saber como desobstruir conduítes.

conduíte entupido
Imagem reproduzida de Curso de Eletricista Profissional

Como evitar o entupimento de conduítes?

Antes de tudo, como primeira defesa contra entupimento de conduítes, deve-se optar por conduítes de alta qualidade, duráveis e resistentes – lembrando que isso não é sinônimo de um material mais caro. Depois, é preciso tomar muito cuidado com a instalação, que deve ser conduzida em áreas que minimizem a exposição a riscos de danos. Independente disso, antes da aplicação do chapisco e reboco, o certo é verificar se o conduíte não possui rasgos ou furos.

Dica importante: É essencial conferir no momento da instalação se o conduíte disponível tem o tamanho apropriado para o tipo e qualidade de fios que serão passados.

No futuro, será preciso fazer uma inspeção desses conduítes, principalmente se eles estiverem expostos. E uma possível manutenção deve contar com limpeza preventiva – por exemplo, com a utilização de ferramentas como sondas de limpeza.

O que fazer quando um conduíte elétrico está entupido?

Começamos esta explicação lembrando que este não é o tipo de serviço que deve ser feito por pessoas sem conhecimento na área. Para isso existem empresas especializadas em desobstruir conduítes elétricos e outros tipos de tubulações, as desentupidoras de conduítes. Elas sabem bem como preservar cabos elétricos e evitar danos graves.

Muitas vezes, só mesmo especialistas, como eletricistas qualificados, poderão identificar com precisão o local e a causa do entupimento. Nessas horas, pode ser usado um “guia passador de cabo” e um medidor de profundidade para entender a complexidade do problema.

conduíte entupido
Imagem reproduzida de Silvio Tamagnini de Aquino em YouTube

Veja Também: Descubra tudo sobre fitas isolantes usadas na Elétrica

Passando fios em conduítes entupidos

Agora, se você tem curiosidade em saber como é feita a desobstrução de conduítes elétricos, separamos algumas dicas – incluindo opções alternativas:

  • Tentar passar pelo conduíte um fio embedado em vaselina – tem que ser vaselina, não sabonete ou detergente, viu?
  • Colocar um aspirador de pó em uma das pontas e uma bolinha de isopor em outra, para ser aspirada até alcançar o outro lado, ao mesmo tempo que vão sendo colocados os fios aos poucos.
  • Usar uma sonda ou uma lavadora de alta pressão para desentupir.
  • Tentar dissolver pequenas obstruções dentro do conduíte com água quente.
  • Usar produtos específicos desentupidores de conduítes – com cautela, claro, para evitar danos aos fios e ao próprio conduíte.
  • Fazer a identificação do ponto exato do entupimento e a perfuração da estrutura da edificação (como uma parede) para trocar a parte entupida do conduíte.

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Fontes: Curso de Elétrica.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Caso polêmico! Quem já visitou o Rio de Janeiro, por certo, ficou bastante encantado com o Porto Maravilha. Esse é um dos melhores exemplos de intervenção urbana, uma iniciativa que tinha como objetivo a transformação estrutural, melhoria social e valorização ambiental da Zona Portuária da cidade, com foco na realização da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 – aliás, o processo começou com a derrubada do Elevado da Perimetral, há uma década. Mas agora a prefeitura projeta o Parque do Porto, uma espécie de ampliação desse projeto.

Parque do Porto
Imagem reproduzida de Prefeitura do Rio de Janeiro via G1

Mesmo antes das obras começarem, as pessoas já estão questionando a relevância desse plano. De fato, diante de tantos problemas que o carioca enfrenta em seu dia-a-dia, fica difícil convencer a população sobre as vantagens dessa ideia. Afinal, quais benefícios valeriam mais investir no Parque do Porto ao invés de outros projetos propostos para o Rio? Refletimos sobre isto e mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

Um novo conceito de orla flutuante

Vamos começar este artigo explicando a ideia ambiciosa lançada pela Prefeitura do Rio de Janeiro. A partir do ponto onde está localizado o Museu do Amanhã, bem onde hoje existe o embarque nos transatlânticos, um longa faixa da Zona Portuária receberia uma transformação por meio de revitalização arquitetônica, para poder ser um centro vibrante de convívio público, lazer, cultura e eventos. Seria um espaço multifuncional, combinando inovação e sustentabilidade. Interessante, não?

Parque do Porto
Imagem reproduzida de Prefeitura do Rio de Janeiro

Segundo as imagens do projeto, é previsto para o Parque do Porto, por exemplo:

  • construção de praças flutuantes,
  • áreas verdes e para piquenique,
  • hortas comunitárias,
  • faixas de plantio de árvores,
  • quadras poliesportivas,
  • ciclovias,
  • longa via suspensa para pedestres e bicicletas,
  • museu a céu aberto,
  • espaços para eventos,
  • equipamentos para tratamento de água e resíduos, e
  • novo píer para navios de cruzeiro.
Parque do Porto
Imagem reproduzida de Prefeitura do Rio de Janeiro via G1

As fases previstas para a construção do Parque

O Parque do Porto está previsto para ser construído em duas etapas. A primeira contempla o trecho da Praça Mauá até a altura do Armazém 7 do porto (perto do AquaRio), onde ficariam as praças flutuantes, as áreas verdes e o novo píer de cruzeiros. E a segunda seria dedicada ao museu a céu aberto (com viés parecido com o famoso Inhotim em Minas Gerais) integrado às áreas das Ilhas de Santa Bárbara e da Pompeba, ambas localizadas na Baía de Guanabara e que passariam a fazer parte dessa nova área pública.

Parque do Porto
Imagem reproduzida de O Globo
Parque do Porto
Imagem reproduzida de O Globo

A inspiração para o projeto carioca

Em princípio, o projeto do Parque do Porto é inspirado no icônico Parque do Flamengo, mas apresentando um conceito mais moderno, adaptado às exigências ambientais e urbanísticas do século XXI, sem aterros e – pelo menos em tese – respeitando o meio ambiente. Outra inspiração são as praças flutuantes de Nova York, localizadas sobre o Rio Hudson, ligadas à ilha de Manhattan e fazendo parte do projeto “Little Island”. Elas se tornaram uma grande atração na cidade americana.

Agora, por que praças flutuantes? Bem, essa é a proposta para que o parque possa enfrentar os possíveis desafios da elevação do nível do mar, entre outras questões ambientais, nos próximos anos e décadas.

A intenção é mesmo boa, integrar a orla do Rio de forma harmoniosa com a paisagem marítima. E ainda tem a questão operacional; se der certo, esse novo píer deve facilitar o embarque e desembarque nos navios.

O impacto ambiental e urbano do Parque do Porto

Sem dúvidas, a construção do Parque do Porto poderia melhorar a infraestrutura turística do Rio de Janeiro. Isso é bom! Mesmo que as pessoas digam que a cidade precisa de mais escolas, postos de saúde e etc – e é verdade -, não podemos negar que vários estabelecimentos comerciais se beneficiariam desse turismo, fazendo a economia girar e, assim, criando mais vagas de emprego. E uma população empregada consegue melhorar suas condições de vida, fazendo a cidade evoluir.

Tem muito mais nessa história! A esperança de muitos urbanistas é que, com a concretização da obra, a Zona Portuária possa atrair não só novos visitantes, mas novos moradores também. Inclusive, desde o início do projeto Porto Maravilha, a região tem visto um aumento significativo em lançamentos imobiliários. Um novo parque, uma nova vida urbana mais rica e vibrante, deve agitar o mercado!

A preocupação de muitos se limita mesmo ao principal, que é o respeito à natureza. No discurso, é dito que tudo será conduzido para minimizar o impacto ecológico e promover as práticas sustentáveis, até mesmo com a reutilização dos armazéns portuários como medida de aproveitamento de recursos existentes – numa vibe meio Puerto Madero, em Buenos Aires. Porém, sabemos que isto dependerá de uma boa política pública e conscientização da população. Então, será que é possível?

Parque do Porto
Imagem reproduzida de Prefeitura do Rio de Janeiro via O Globo
Parque do Porto
Imagem reproduzida de Prefeitura do Rio de Janeiro via O Globo

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Fontes: O Globo, Prefeitura do Rio de Janeiro.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Atualmente, precisamos dos sinais de Wi-Fi para conectar os aparelhos smart à rede de Internet, a exemplo de celulares, tablets e TVs. Mas quando estamos dentro de casa e tentamos realizar essa conexão a um roteador, às vezes nos surpreendemos pela instabilidade de sinal. Daí bate aquela dúvida sobre o que podemos fazer para melhorar o sinal – talvez mudar o ponto de instalação do aparelho.

sinais de Wi-Fi
Imagem reproduzida de Mundo Conectado

Pensando nisso, o Engenharia 360 montou este guia para explicar bem o que é Wi-Fi e como os sinais de Wi-Fi se propagam pela casa, compartilhando dicas de como otimizar a conexão. Confira!

O que é Wi-Fi?

‘Wi-Fi’ é a abreviação de “Wireless Fidelity“. Trata-se de uma tecnologia popularizada pela empresa Wi-Fi Alliance para troca de dados entre dispositivos via ondas de rádio e sem uso de cabos (WLAN – Wireless Local Area Network). A mesma opera em dois níveis de frequência, 2,4 GHz e 5 GHz, que influenciam diretamente na velocidade e alcance dos sinais de Wi-Fi.

Agora, em termos leigos, é o que precisamos para navegar na Internet, assistir vídeos ou jogar online – formas de conexão com o mundo digital sem fios. A partir de um roteador, os sinais se propagam pela casa. Mas esse processo é complexo e envolve a interação desse roteador, a estrutura física da casa e os receptores dos eletrônicos, sofrendo influências (obstáculos e desafios) que podem afetar sua qualidade.

Transformação de dados em ondas eletromagnéticas

Os dados compartilhados na Internet chegam à nossa casa através de sistemas de cabos, seja de linhas telefônicas ou redes de fibra óptica. No roteador, esses dados (decodificados por chips) são transformados em ondas eletromagnéticas – conversão de pulsos de eletricidade em ondas de rádio -, que são transmitidas a partir de antenas do roteador, sendo espalhadas em diversas direções, podendo cobrir um raio de 360 graus.

A saber, nesse caso, a segurança da transmissão é garantida por chaves de encriptação.

sinais de Wi-Fi
Imagem de Compare Fibre em Unsplash

A frequência mais baixa oferece um alcance maior e mais estabilidade de sinal, mas com menor capacidade de transferência de dados e lentidão. Já a frequência de maior velocidade oferece maior velocidade e mais capacidade de transferência de dados, mas com alcance reduzido e mais suscetível a interferências. A escolha entre essas frequências depende das suas necessidades específicas de conexão.

Para um equilíbrio ideal, conecte dispositivos que exigem alta velocidade (como streaming de vídeos) na frequência de 5 GHz e dispositivos que exigem maior alcance (como smartphones e tablets) na frequência de 2,4 GHz.

Quais fatores afetam a qualidade do sinal Wi-Fi?

Uma coisa é você tentar pegar com seu celular sinal de um roteador presente no mesmo ambiente, sem qualquer barreira. Outra coisa é tentar pegar sinal de um roteador em outro ambiente, com paredes grossas de concreto e azulejos, divisórias de metal, móveis, espelhos e mais barreiras ou superfícies de reflexão ao redor. Com tantas interferências, haverá uma redução considerável da qualidade de transmissão – áreas de “sombra” de cobertura.

sinais de Wi-Fi
Imagem reproduzida de discover.mallatmillenia.com

Além das barreiras físicas, pode atrapalhar também se nessa rota roteador-eletrônico houver outros equipamentos eletrônicos operando na mesma faixa de frequência. Isso inclui, por exemplo, microondas e telefones sem fio. Também podem gerar ruídos eletromagnéticos as babás eletrônicas e os transmissores de TV.

Como otimizar a propagação dos sinais de Wi-Fi?

Faz diferença, sim, para a disseminação dos sinais de Wi-Fi, onde escolhemos instalar o roteador dentro de casa. Se queremos maximizar essa cobertura, o ideal é posicionar o dispositivo em local central no imóvel – preferencialmente em um ponto elevado, livre de obstáculos – e com as antenas direcionadas para áreas que precisam ser cobertas.

sinais de Wi-Fi
Imagem reproduzida de Positivo

Aliás, roteadores com antenas ajustáveis permitem direcionar o sinal de forma mais eficaz. Já os roteadores com múltiplas antenas permitem posicionar para mais ângulos diferentes o sinal, ampliando a área de cobertura. Fica a dica!

Agora, se nem isso for suficiente, é possível apelar para sistemas de roteadores mesh (vários roteadores menores) ou repetidores de sinal. Esses dispositivos captam os sinais de Wi-Fi dos roteadores tradicionais, ampliam o sinal existente e via rede unificada com múltiplos pontos de acesso, garantindo uma cobertura mais abrangente e estável.

sinais de Wi-Fi
Imagem reproduzida de TecMundo

Para finalizar, se o roteador da sua casa já é antigo, considere trocar por um modelo mais novo e atualizado. Os aparelhos modernos são projetados para suportar as últimas tecnologias e padrões de Wi-Fi, oferecendo melhor desempenho e maior cobertura. Ferramentas de diagnóstico podem comprovar isto e até identificar problemas e sugerir soluções!

Qual a previsão para o futuro da tecnologia de Wi-Fi?

Os padrões de Wi-Fi mudaram muito nos últimos anos, melhorando muito a disseminação de sinal. Em 1997, foi lançado o 802.11. Na sequência, os padrões 802.11n, 802.11ac (também conhecido como Wi-Fi 5) e 802.11ax (conhecido como Wi-Fi 6).

A nova geração, 802.11ax ou Wi-Fi 6, foi projetada para ser bem mais protegida, oferecendo velocidades mais altas, melhor performance, eficiência, etc. Inclusive, percebe-se que neste padrão até a bateria dos dispositivos conectados dura por mais tempo. Não é legal? E tem mais, o Wi-Fi 6 pode ser operado em redes de frequência 2,4 GHz e 5 GHz. Por isso, é ideal para diferentes demandas de conectividade em ambientes domésticos.

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Fontes: TecMundo, Embarcados.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Quase todo mundo tem medo de uma entrevista de emprego. E não é para menos: qualquer coisa que você disser pode ser usado para te desclassificar e, por isso, é sempre bom estar seguro do que você vai falar. Nesse sentido, uma das técnicas que pode te ajudar bastante é a da entrevista invertida. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para entender bem o caso!

O que é entrevista invertida?

Entrevista invertida funciona assim: em uma entrevista de emprego ou de estágio/trainee, normalmente o entrevistador faz as perguntas e você responde, certo? Porém, fazer algumas perguntas também pode ajudar a melhorar sua imagem para a pessoa que está te entrevistando. Isso acontece porque você se mostra interessado. Por isso o nome entrevista invertida!

Sabe aqueles minutinhos finais, quando o entrevistador pergunta se você tem alguma dúvida? Essa é a hora de mostrar que você nasceu para brilhar. Além disso, a técnica da entrevista invertida já é adotada por muitos entrevistadores que pretendem avaliar algumas capacidades do candidato (e eles podem pedir que você faça algumas perguntas).

Entrevista Invertida
Imagem de pikisuperstar em Freepik

Então, nada melhor que ir preparado (inclusive pensando que vai passar por uma entrevista invertida), certo? Um usuário do GitHub separou algumas perguntas que podem ser usadas por você na hora da entrevista invertida. Veja!

Possíveis perguntas em uma entrevista invertida

Sobre o cargo

  • Qual é a política para plantões? (Existe pagamento para estar disponível ou por chamadas?)
  • Quais tarefas eu faria em um dia normal?
  • Qual é média de desenvolvedores juniores e seniores? (E existe algum plano para mudar isso?)
  • Como o período de adaptação funciona?
  • Quanto de proatividade versus fazer o que foi pedido é esperado?
  • Qual é a quantidade de horas de trabalho esperada?
  • Qual é sua definição de sucesso para essa função?
  • Você tem alguma dúvida sobre minhas informações?
  • Fale-me sobre com quem eu trabalharia
  • Existe um plano de carreira para subir de junior a pleno e de pleno a sênior?

Tecnologia

  • Quais são as tecnologias utilizadas na empresa?
  • Como vocês usam controle de versionamento?
  • Como vocês testam o código?
  • Como vocês monitoram bugs?
  • Como vocês integram e implantam mudanças? Vocês usam CI/CD?
  • A configuração de sua infraestrutura está versionada/disponível como código?
  • Como é o fluxo de desenvolvimento, desde o planejamento até uma tarefa ser finalizada?
  • Como vocês se preparam para recuperação de desastres?
  • Existe algum ambiente de desenvolvimento padronizado? Ele é obrigatório?
  • Quão rápido vocês conseguem configurar um novo ambiente de testes para o produto? (minutos / horas / dias)
  • Quão rápido você consegue responder a problemas de segurança ou dependências no código?
  • Todos os desenvolvedores têm permissão a acesso de administrador nos seus próprios computadores?
  • Quais os seus princípios ou visão técnica?
  • Você tem uma documentação de desenvolvedor para o seu código? Você tem uma documentação separada para os clientes?
  • Você emprega análise estática de código?

A equipe

  • Como o trabalho é organizado?
  • Como a comunicação interna e externa das equipes funciona?
  • Você usa alguma ferramenta para organização do projeto? Qual é a sua experiência com eles?
  • Como diferenças de opinião são resolvidas?
  • Quem define prioridades / cronograma?
  • O que acontece quando existem atrasos? (“Isso não pode ser feito no prazo previsto”)
  • Que tipo de reuniões acontecem toda semana?
  • Quais são os cronogramas para os produtos/serviços? (lançamento são semanais / lançamento contínuo / múltiplas fontes de lançamento / …)
  • O que acontece quando há um incidente em produção? Existe alguma cultura de analisar quem foi o responsável?
  • Quais são alguns desafios atuais que o time está experimentando e como vocês estão resolvendo?
  • Como você acompanha o progresso?
  • Como são definidas as expectativas e os objetivos, e quem define?
  • Como é uma revisão de código aqui?
  • Como você equilibra as metas técnicas e comerciais?
  • Colegas de trabalho
  • Com quem os desenvolvedores tendem a aprender?
  • O que você mais gosta sobre trabalhar aqui?
  • O que você menos gosta?
  • O que você mudaria se pudesse?
  • Há quanto tempo o membro mais longo da equipe está lá?

A empresa

  • Existe algum orçamento para ir para conferências/viagens e quais são as regras para usá-lo?
  • Como é o processo de promoção? Quais são os requisitos/expectativas transmitidas para os funcionários?
  • Como é o processo de análise de desempenho?
  • Existem progressões diferentes para desenvolvimento e gerência?
  • Qual é o estado/visão de diversidade na contratação?
  • Existe algum recurso na empresa para aprender, como assinatura de e-books ou cursos online?
  • Existe algum orçamento para adquirir certificações?
  • Qual é o estágio de maturidade? (descobrindo o que desenvolver/trabalhando em novas funcionalidades/manutenção/…)
  • Eu posso contribuir para projetos open source? É necessária alguma autorização?
  • Existe algum acordo de não competição ou confidencialidade, ou algo parecido que eu tenha que assinar?
  • Onde você vê a empresa nos próximos 5/10 anos?
  • Quais você acha que sejam as lacunas na cultura de empresa?
  • Quando foi a última vez que você notou alguém crescendo aqui e de que maneira eles estavam crescendo?
  • O que significa ser bem-sucedido aqui e como você mede o sucesso?
  • O que significa equilíbrio trabalho-vida aqui?

Conflitos

  • Como as diferenças de opiniões são resolvidas?
  • O que acontece quando a equipe está sob pressão e se compromete a trabalhar sua capacidade / velocidade?
  • Se alguém identifica áreas de melhoria no processo / tecnologia /, etc., o que acontece?
  • Quando existe uma lacuna entre as expectativas da gerência e o desempenho de um engenheiro ou equipe, o que acontece?
  • Você poderia me contar uma história sobre uma situação tóxica e como a empresa lidou com isso?

O negócio

  • Vocês estão lucrando?
  • Se não, quanto tempo até o dinheiro em caixa acabar?
  • De onde vem o dinheiro de investimento e quem tem influência nas decisões e direcionamento da empresa?
  • Como vocês lucram?
  • O que impede vocês de lucrarem ainda mais?
  • Qual é o plano de crescimento da empresa para os próximos 1 a 5 anos?
  • Quais são os grandes desafios que você prevê?
  • O que vocês identificam como sua vantagem competitiva?

Trabalho remoto

  • Qual é a proporção entre trabalhadores remotos e funcionários de escritório?
  • A empresa fornece hardware e qual é o cronograma de atualização?
  • Acessórios e mobílias extras são possíveis de comprar através da empresa? Existe algum orçamento planejado para eles?
  • Existe algum orçamento para espaços de co-working ou acesso à internet?
  • Quão frequente são esperadas visitas à empresa?
  • As salas de reunião estão sempre prontas para videoconferência?
  • Trabalho no escritório
  • Qual é o layout do ambiente de trabalho? (Espaço aberto/cubículos/vários ambientes)
  • Existe um time de suporte / marketing / ou outra função que esteja próximo ao o meu?

Compensação

  • Se você tem uma política de bônus? Se sim, como eles são determinados?
  • Se você tem uma política de bônus, então quais foram as porcentagens típicas nos últimos anos?
  • Vocês têm alguma política de aposentadoria?
  • Há benefícios médicos?

Folga remunerada

  • Como funciona a folga remunerada?
  • Posso antecipar minhas folgas? Isso afeta o valor a ser pago de alguma forma?
  • Como funciona o rotacionamento de folgas remuneradas?
  • Qual é a política para faltas por parentalidade?
  • Qual é a política para licença não remunerada?

Além dessas dicas sobre entrevista invertida, você também pode conferir dicas para se dar bem nas entrevistas de estágio e emprego nesse vídeo especial que o Engenharia 360 fez:


Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

O brasileiro tem muito o que se orgulhar! Olha essa história: a empresa Tarso Marques Concept (reconhecida internacionalmente por seu design inovador em carros, motos, embarcações e aeronaves), de Tarso Marques, nosso ex-piloto de Fórmula 1 e Indy, conquistou recentemente um título importante do Daytona Bike Week, um dos maiores eventos de customização de motocicletas do mundo. Na ocasião, ele apresentou a moto brasileira TMC Dumont. Confira imagens e informações do seu design no artigo a seguir, do Engenharia 360!

moto brasileira
Imagem reproduzida de Folha Metropolitana

O nascimento da moto brasileira TMC Dumont

Certamente você já ouviu falar de Alberto Santos Dumont. Exato, ele foi – pelo menos para os brasileiros – o pai da aviação. Pois o nome da moto brasileira TMC Dumont foi justamente inspirado nele, e o design na aerodinâmica dos seus aviões.

Tudo começou com um sonho de Tarso Marques de criar uma motocicleta cuja engenharia pudesse romper com os paradigmas convencionais. Em 2018, ele finalmente materializou esta ideia. Assim surgiu esse veículo de design incrível, visual futurista, com sua estrutura de fibra de carbono, detalhes cromados e ligas metálicas nobres. O conjunto é mesmo impressionante. E a melhor parte? Essa moto funciona com um motor de avião dos anos sessenta. Acredita nisso?

Superando desafios

A criação da TMC Dumont não foi uma tarefa simples. O motor escolhido para a moto brasileira foi encontrado em um aeroclube do Paraná e estava totalmente danificado e precisou ser reconstruído. Isso só foi possível graças a ajuda de colaboradores da turma de engenharia da Universidade Tuiuti do Paraná. A equipe auxiliou no restauro do motor, desenvolvendo desde a refrigeração e a bomba de combustível até a usinagem de peças específicas.

moto brasileira
Imagem reproduzida de Moto Online

A engenharia da motocicleta TMC Dumont

A TMC Dumont é realmente uma moto brasileira, com cem por cento do seu projeto desenvolvido e fabricado no país. Seu design merece ser classificado como obra-prima da engenharia!

Design

O que chama atenção logo de cara é a ausência de aros ou cubo central nas rodas e a fixação sutil na seção inferior, que criam uma ilusão de que a moto está “flutuando”. E para dar um ar ainda mais “mágico”, foram acrescentados iluminação retrátil, cabeamento invisível, um tanque de combustível de alumínio e um conjunto de suspensões eletrônicas. Isso, sem dúvidas, passa bem longe do convencional das motos produzidas em série.

moto brasileira
Imagem reproduzida de Moto Online
moto brasileira
Imagem reproduzida de Moto Online
moto brasileira
Imagem reproduzida de Moto Online

Achou que terminaríamos os elogios por aqui? Não! Repare nas imagens nas rodas dessa moto brasileira. Seu aro é de impressionantes 36 polegadas; as peças são totalmente vazadas. Isso deu um super charme à TMC Dumont. Contudo, foi uma dor de cabeça para os projetistas, exigindo o desenvolvimento de pneus exclusivos.

moto brasileira
Imagem reproduzida de Moto Online

Aliás, essas rodas da TMC Dumont são umas das maiores rodas do mundo já fabricadas para uma moto. E olha o problema: são fixadas ao veículo sem aros ou cubo central, e também dispensam bengala na suspensão e roda traseira ou garfo dianteiro. Foram justamente essas características que mais impressionaram os juízes do Daytona Bike Week.

Veja Também: A diferença entre bicicletas, scooters e motos

Mecânica

A TMC Dumont foi construída com um motor aeronáutico Rolls Royce Continental V6 de 300 cv de potência. Vale destacar também que ela vem com um tanque de combustível de 16 litros, reservatório de óleo de 8 litros e conjunto de suspensões reguladas eletronicamente por um botão ou controle remoto. E para finalizar, o esquema de transmissão foi um projeto exclusivo da TMC, assim como o conjunto de freios, fabricado com corte a laser e usinagem de alta precisão.

moto brasileira
Imagem reproduzida de Moto Online

A jornada para o Daytona Bike Week

O estúdio Tarso Marques Concept já tinha uma reputação consolidada, mas a TMC Dumont levou essa credibilidade a um novo patamar.

O processo de fabricação da TMC Dumont durou cerca de três meses. Depois, ela foi levada para Daytona Beach, na Flórida, para participar do Daytona Bike Week, que em 2024 completou 77 anos. O evento reuniu 500 mil participantes, incluindo representantes das maiores fabricantes e customizadores do mundo – sim, é como a Meca dos amantes de motos. E por lá, a moto brasileira de Tarso se destacou por sua estética, inovação técnica e pela homenagem cultural.

“O modelo é inovador e representa fielmente a capacidade que nosso país tem em concretizar projetos únicos.”, “Minha maior motivação foi mostrar para os americanos a nossa capacidade de criação e inovação com um projeto 100% nacional. E acho que essa conquista responde bem essa dúvida e comprova que, não apenas tivemos sucesso, mas que o sonho valeu a pena.” – disse Tarso Marques em entrevista.

Enfim, o sucesso da TMC Dumont mostrou que a engenharia brasileira pode competir de igual com os gigantes da customização de motocicletas – pode ser mais um símbolo do nosso orgulho nacional, não é? E essa moto abriu caminho para novos projetos da Tarso Marques Concept, que deve explorar novos horizontes no design de veículos.

moto brasileira
Imagem reproduzida de Moto Online

Veja Também:


Fontes: Moto Online, Folha Metropolitana.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A cada ano, o cenário global de inovação é moldado por empresas que trazem ideias revolucionárias e tecnologias disruptivas. Em 2024, algumas empresas se destacam por sua capacidade de transformar mercados, melhorar a qualidade de vida e promover a sustentabilidade.

Este artigo do Engenharia 360 explora as empresas de engenharia que estão no centro dessas transformações e o impacto delas no mercado de engenharia no Brasil.

Gigantes Brasileiros da Inovação

Vale

A Vale, uma das maiores mineradoras do mundo. Em 2024, a empresa fez avanços significativos em tecnologias de mineração sustentável, implementando soluções que reduzem o impacto ambiental e melhoram a segurança dos trabalhadores. A adoção de tecnologias de Inteligência Artificial para monitoramento e controle das operações é um dos pilares dessa transformação.

empresas de engenharia
Imagem de Wikipédia

Petrobras

A Petrobras, gigante brasileira do setor de petróleo e gás, tem se destacado por suas iniciativas em sustentabilidade e inovação tecnológica. Em 2024, a empresa lançou projetos que combinam energia renovável com suas operações tradicionais de exploração e produção. Um exemplo notável é o uso de plataformas de perfuração alimentadas por energia eólica, uma abordagem que não só reduz emissões, mas também otimiza custos operacionais.

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Imagem de Wikipédia

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Os 13 Mais Importantes Escritórios de Engenharia do Brasil em 2024

Empresas com Sede no Brasil Ligadas à Engenharia

Unico

A Unico, empresa paulista especializada em tecnologias de identificação, fez um grande impacto com o lançamento do IDPay em 2023. Esta ferramenta inovadora ajudou empresas a recuperar mais de US$ 400 milhões em compras que teriam sido rejeitadas, graças à sua capacidade de validar transações de forma segura e eficiente. Em 2024, a Unico continua a expandir suas soluções, contribuindo significativamente para a transformação digital no Brasil.

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Imagem de Unico reproduzida de Mundo RH

Solfácil

Desde sua fundação em 2018, a Solfácil tem revolucionado o mercado de energia solar no Brasil. Em 2024, a empresa financiou aproximadamente US$ 450 milhões em empréstimos solares, tornando-se um dos principais emissores de títulos verdes na América Latina. Com mais de 66 mil clientes e 4.250 instaladores solares ativos, a Solfácil está desempenhando um papel crucial na promoção da energia limpa e sustentável.

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Imagem de solfácil via Startups

Laborit

A Laborit, sediada em São Paulo, desenvolve softwares B2B que auxiliam empresas de saúde, varejo e financeiro a adotarem a transformação digital. Em parceria com o Santander, a Laborit lançou o Portal Mais Turbo, uma plataforma que utiliza IA generativa para melhorar a relação do banco com seus clientes. Esta inovação não só aprimora a eficiência operacional, mas também oferece uma experiência personalizada para os usuários.

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Imagem de Laborit em Facebook

Veja Também: Descubra os 3 Cargos de Engenharia Mais Bem Pagos em 2024

World Mosquito Program Brasil

O World Mosquito Program Brasil está fazendo um trabalho vital no combate às doenças transmitidas por mosquitos, como dengue e zika. Em 2023, a organização anunciou a construção de uma biofábrica de US$ 19 milhões no Brasil, que começará a operar em 2024. Utilizando mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia, a iniciativa visa reduzir drasticamente a propagação de vírus, protegendo milhões de pessoas.

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Imagem reproduzida de World Mosquito Program

Impacto no Mercado de Engenharia no Brasil

Odinsa

A Odinsa, parte do Grupo Empresarial Argos, é uma das poucas empresas latino-americanas de engenharia e construção a figurar no prestigiado Anuário de Sustentabilidade da S&P Global em 2024. A empresa recebeu reconhecimento por suas práticas de sustentabilidade, destacando-se na gestão eficiente dos recursos naturais e na promoção de projetos de infraestrutura que respeitam o meio ambiente. Com uma avaliação de 63 pontos, a Odinsa continua a elevar os padrões de governança corporativa e responsabilidade social no setor de engenharia.

empresas engenharia
Imagem de Odinsa reproduzida de Centre for Aviation

Veja Também:


Fontes: Fast Company Brasil, Época Negócios Globo, Construção Latina Americana.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Engenharia de hidrologia é o campo da engenharia que se concentra no estudo e aplicação dos princípios de hidrologia para projetar, construir e manter sistemas que envolvem o uso da água. Hidrologia, por sua vez, é a ciência que estuda a distribuição, movimentação e propriedades da água no ambiente.

Os engenheiros de hidrologia utilizam esse conhecimento para criar soluções práticas para desafios relacionados à água, como controle de inundações, fornecimento de água potável e gestão de resíduos. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

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Imagem de wirestock em Freepik

Princípios e práticas da Engenharia de Hidrologia

Os engenheiros de hidrologia aplicam princípios científicos e técnicos para desenvolver uma variedade de estruturas e sistemas. Entre eles estão:

  • Barragens: Utilizadas para conter e armazenar grandes volumes de água, as barragens são fundamentais para o controle de inundações, geração de energia hidrelétrica e abastecimento de água.
  • Estações de Bombeamento: Cruciais para a distribuição eficiente de água em áreas urbanas e rurais, essas estações garantem que a água chegue onde é necessária.
  • Diques e Anteparas: Construídas para proteger áreas baixas de inundações, essas estruturas são essenciais para a segurança de comunidades e infraestruturas.
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Imagem de Abdul Hameed em Unsplash

História da Engenharia de Hidrologia

As raízes da engenharia de hidrologia remontam a milhares de anos. Civilizações antigas, como os egípcios, gregos e romanos, já utilizavam técnicas para gerenciar a água de forma eficaz. No Egito antigo, por exemplo, barragens foram construídas no rio Nilo para controlar as inundações e garantir a irrigação das terras agrícolas.

Os romanos, por sua vez, são famosos por seus aquedutos, que transportavam água de fontes distantes para abastecer as cidades. Esses projetos antigos demonstram a importância histórica da engenharia de hidrologia no desenvolvimento de sociedades organizadas e sustentáveis.

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Imagem de pvproductions em Freepik

Veja Também: Engenheiros hídricos e hidrogeólogos na gestão da água

Revolução Industrial e avanços modernos

A Revolução Industrial trouxe consigo uma abordagem mais sistemática e tecnológica para a engenharia de hidrologia. A água passou a ser utilizada para alimentar moinhos e outras máquinas, e sistemas de barragens e tubulações foram desenvolvidos para abastecer as crescentes cidades com água potável.

Com o avanço da urbanização, surgiu a necessidade de sistemas sanitários eficientes para gerenciar resíduos e prevenir doenças. Ao longo do século XX, os papéis de hidrólogos e engenheiros de hidrologia se tornaram mais especializados, com hidrólogos focando no gerenciamento de recursos hídricos e engenheiros se concentrando na construção de sistemas de controle e distribuição de água.

Aplicações modernas da Engenharia de Hidrologia

Hoje, a engenharia de hidrologia continua a evoluir e se adaptar às necessidades contemporâneas. Com as mudanças climáticas e o crescimento populacional, a demanda por soluções eficazes de gerenciamento de água é maior do que nunca. Algumas das principais áreas de aplicação incluem:

Controle de inundações

A engenharia de hidrologia é vital para a prevenção e mitigação de inundações. Projetos de diques, barragens e sistemas de drenagem são desenvolvidos para proteger áreas urbanas e rurais de desastres naturais. Esses sistemas são constantemente atualizados e melhorados para lidar com as mudanças nas condições climáticas e nas necessidades das populações.

Gestão de recursos hídricos

Os engenheiros de hidrologia trabalham em estreita colaboração com hidrólogos para garantir que os recursos hídricos sejam gerenciados de forma sustentável. Isso inclui a criação de sistemas de captação e armazenamento de água, bem como a implementação de estratégias para a conservação da água em regiões áridas.

Irrigação agrícola

A produção de alimentos depende diretamente da disponibilidade de água para irrigação. A engenharia de hidrologia desempenha um papel crucial no desenvolvimento de sistemas de irrigação eficientes que maximizam o uso da água e aumentam a produtividade agrícola. Esses sistemas são essenciais para garantir a segurança alimentar em um mundo cada vez mais populoso.

Qualidade da água

Além de garantir a quantidade de água disponível, os engenheiros de hidrologia também são responsáveis por monitorar e manter a qualidade da água. Isso envolve o desenvolvimento de sistemas de tratamento de água que removem contaminantes e garantem que a água seja segura para consumo humano e uso industrial.

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Imagem de nuraghies em Freepik

Importância da Hidrologia para Engenharia Ambiental e Civil

A hidrologia é uma ciência interdisciplinar que conecta diversas áreas do conhecimento, como engenharia, geologia, biologia e meteorologia. Engenheiros ambientais e civis, em particular, dependem fortemente do conhecimento hidrológico para resolver problemas relacionados à água em suas atividades diárias.

Engenheiros ambientais

Os engenheiros ambientais utilizam princípios de hidrologia para projetar sistemas que tratam e melhoram a qualidade da água. Eles também desenvolvem estratégias para a gestão sustentável de recursos hídricos e trabalham na prevenção de poluição hídrica.

Engenheiros civis

Os engenheiros civis aplicam a hidrologia no planejamento e construção de infraestruturas que interagem com a água, como pontes, estradas e edifícios. Eles devem considerar fatores como escoamento superficial, infiltração de água no solo e controle de sedimentos ao projetar essas estruturas.

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Imagem de ALTEREDSNAPS em Pexels

Desafios e futuro da Engenharia de Hidrologia

A engenharia de hidrologia enfrenta diversos desafios no século XXI, muitos dos quais são exacerbados pelas mudanças climáticas e pelo crescimento populacional. Entre os principais desafios estão:

Mudanças climáticas

As mudanças climáticas estão alterando os padrões de precipitação e aumentando a frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como inundações e secas. Os engenheiros de hidrologia precisam desenvolver soluções inovadoras para lidar com essas novas realidades e proteger as comunidades vulneráveis.

Crescimento populacional

Com a população mundial em constante crescimento, a demanda por água potável e infraestrutura de saneamento está aumentando. Os engenheiros de hidrologia devem encontrar maneiras de expandir os sistemas existentes e construir novas infraestruturas para atender às necessidades crescentes.

Sustentabilidade

A sustentabilidade é um princípio fundamental na engenharia de hidrologia moderna. Os engenheiros devem garantir que suas soluções não apenas resolvam os problemas imediatos, mas também sejam viáveis a longo prazo e não causem impactos negativos ao meio ambiente.

Veja Também:


Fontes: CRT – RJ, Univiçosa.

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Imagine-se flutuando sobre as cidades em trens suspensos futuristas. Essa não é ficção científica, é realidade no Japão!

Pode parecer que os trens estão de ponta cabeça, outros são extremamente modernos, e logo imaginamos qual a sensação de se locomover por um trem suspenso apenas por um trilho. Se os monotrilhos no Brasil já geram debates sobre a eficácia e a forma de funcionamento, não é diferente com os exemplos no Japão, país com as mais recentes tecnologias.

Por lá, chamam a atenção os trens suspensos que já existem há décadas. Como a inovação não tem fim, já há até mesmo o trem de levitação magnética, que bateu seu próprio recorde de velocidade. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

Imagem: Japão em Foco
Imagem reproduzida de Japão em Foco

Vantagens da tecnologia de trens suspensos

Os trens suspensos são possibilidades eficientes de transporte, principalmente em grandes cidades. Não poluem, são ágeis, de baixo ruído, auxiliam na diminuição do trânsito e têm gastos de energia reduzidos. Outra vantagem para a escolha da construção de trens suspensos ou monotrilhos, em vez do metrô, é o custo mais acessível com a estrutura, que não precisa ser subterrânea no caso dos trens.

Veja Também: Berlim Anuncia Projeto de Trem de Levitação Magnética: Avanço Sustentável na Engenharia

O monotrilho urbano voador

O Japão é hoje um dos países que mais tem monotrilhos. Um deles é o Chiba Monorail Urbano, localizado em Chiba. São duas linhas com mais de 15 km de extensão, e a sensação ao passageiro é de que se está flutuando, pois não há barreiras ou vigas ao se olhar pela janela.

Observação: Um novo monotrilho suspenso, o Chiba “Urban Flyer”, mais conhecido como o Monotrilho Urbano Voador, entrou em operação em 2012 e trouxe um ar ainda mais moderno à região.

trens suspensos
Imagem reproduzida de Viatrolebus

O primeiro monotrilho suspenso do Japão

Aquele que é considerado o primeiro monotrilho suspenso no Japão é o Ueno Zoo Monorail, e está localizado dentro de um zoológico, tendo iniciado as operações em 1958. Desde então, aumentou o número de linhas desta forma de transporte pelo país e, em 1964, foi inaugurado o Monotrilho de Tóquio, ligando o aeroporto de Haneda à estação de Tokyo Minato.

Outro destaque é o Monotrilho Shonan, que entrou em circulação em 1970 e tem mais de 6 km de extensão, ligando as cidades de Kamakura e Fujisawa, em Kanagawa.

Veja Também: China Revoluciona Transporte Urbano e Ferroviário: Trem sem Trilhos e Trem Bala sobre Água

O trem de levitação magnética

Bons exemplos de engenharia não faltam no Japão, e cada vez mais inovadores, como o trem de levitação magnética, com a chamada tecnologia “Maglev” (abreviatura de levitação magnética), em que os vagões ficam suspensos pela ação de magnetos, funcionando como um ímã. A instalação de motores lineares próximos aos trilhos gera um campo magnético, que suspende levemente o trem e o impulsiona.

Imagem: Tecnobllog
Imagem reproduzida de Tecnobllog

Recorde de velocidade

Ainda em fase de testes, o trem operado pela Central Japan Railway bateu o seu próprio recorde de velocidade em abril deste ano: 603 km/h. O objetivo é que o trem entre em operação em 2027, entre Shinagawa e Nagóia, o que pode diminuir o tempo de trajeto pela metade – hoje, são 88 minutos de trem-bala.

Para saber como é andar de monotrilho no Japão, veja o vídeo do Chiba Monorail Urbano:

Veja Também:


Fontes: Japão em Foco, Mundo Estranho, Folha de S. Paulo, Viatrolebus.

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Luciana Reis

Formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, com experiência como jornalista freelancer na produção de conteúdo para revistas e blogs.