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Obras Incríveis: tudo o que você NÃO sabia sobre o Museu do Amanhã

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por Andrey Lucena
| 08/11/2016 | Atualizado em 11/04/2022 3 min

Obras Incríveis: tudo o que você NÃO sabia sobre o Museu do Amanhã

por Andrey Lucena | 08/11/2016 | Atualizado em 11/04/2022
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Novo ícone da Região Portuária, o Museu do Amanhã explora possibilidades de construção do futuro. Erguido no Porto Maravilha e projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava sobre a Baía de Guanabara, ele foi inaugurado pela Prefeitura do Rio no dia 19 de dezembro de 2015. Âncora cultural do projeto de revitalização da Região Portuária, o museu é o símbolo mais eloquente do renascimento de uma área de cinco milhões de metros quadrados, parte da história do Rio e que enfrentava décadas de atraso e abandono. 

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Museu do Amanhã (Foto: Viaje na Viagem)

Um pouco mais sobre o Museu do Amanhã

O Museu do Amanhã foi erguido no píer em meio a uma grande área verde. São cerca de 30 mil metros quadrados, com jardins, espelhos d'água, ciclovia e área de lazer. O prédio tem 15 mil m² e arquitetura sustentável. Calatrava disse que se inspirou nas bromélias do Jardim Botânico do Rio de Janeiro ao projetar o edifício.

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Foto: Museus do Rio

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O Museu do Amanhã tem arquitetura sustentável e segue as especificações para obter a certificação Leed (Liderança em Energia e Projeto Ambiental), concedida pelo Green Building Council. Entre suas diretrizes para sustentabilidade está o melhor aproveitamento de recursos naturais da região. A água da Baía de Guanabara é captada pelo museu com duas finalidades: para abastecer os espelhos d’água e para o sistema de refrigeração, onde é utilizada na troca de calor. Depois de usada na climatização, a água é devolvida mais limpa ao mar, num gesto simbólico. O sistema reduz a utilização de água potável. A água da chuva captada pela cobertura é utilizada como complemento para irrigação dos jardins, descargas dos vasos sanitários e lavagem dos pisos das áreas molhadas.
 

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Foto: Porto Maravilha
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Outro destaque é a cobertura móvel do edifício, em que grandes estruturas de aço servem de base para as placas de captação de energia solar. Ao longo do dia, elas se movimentam como asas para acompanhar o posicionamento do sol. O prédio tem aletas que carregam 5.492 placas de painéis fotovoltaicos para captação de energia solar. As placas, divididas em 24 módulos fixados na cobertura, acompanham o percurso solar (L-O) e produzem 250 KWh/ano, que equivalem à capacidade de fornecer energia para 4 milhões de lâmpadas incandescentes de 60w por uma hora. Além desse recurso, 2.532 luminárias LED garantem a eficiência. O projeto também valoriza a entrada de luz natural. O paisagismo, assinado pelo escritório Burle Marx, traz espécies nativas e de restinga, ressaltando a vegetação típica da região costeira da cidade, com cerca de 6 mil m² de área de jardins.
 
O Museu do Amanhã conjuga o rigor da ciência e a linguagem expressiva da arte, tendo a tecnologia como suporte, em ambientes imersivos, instalações audiovisuais e jogos, criados a partir de estudos científicos desenvolvidos por especialistas e dados divulgados por instituições do mundo inteiro. O espaço examina o passado, apresenta tendências do presente e explora cenários possíveis para os próximos 50 anos a partir das perspectivas da sustentabilidade e da convivência. E são esses aspectos que torna o Museus tão interessante e convidativo.
 

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Caso você tenha a oportunidade de conhecer essa grande obra de arte, ele funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 17h e o ingresso custa R$ 10,00. O museu ainda conta com uma política de gratuidade bem acessível que pode ser conferida em seu site.

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Logotipo Museu do Amanhã

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Andrey Lucena Santos

Redator colaborador do Engenharia 360.

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