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Conheça o antigo coração da Via Láctea, a galáxia no qual nosso Sistema Solar faz parte

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por Redação 360
| 21/12/2022 | Atualizado em 27/01/2023 3 min
Imagem reproduzida de ASSdump em wallhere

Conheça o antigo coração da Via Láctea, a galáxia no qual nosso Sistema Solar faz parte

por Redação 360 | 21/12/2022 | Atualizado em 27/01/2023
Imagem reproduzida de ASSdump em wallhere
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O nosso Sistema Solar está em seu constante movimento junto com outros "sistemas solares" dentro de uma galáxia, que nós chamamos de Via Láctea. O centro desta galáxia é hoje um buraco negro supermassivo, denominado pelos cientistas como Sagitário - cuja primeira imagem foi divulgada em maio de 2022. Mas nem sempre foi assim! Parece que, antes disso, o "coração" da Via Láctea era diferente. Veja a seguir!

O método de estudo utilizado pelos cientistas

Quando olhamos para o espaço, estamos olhando para o passado, claro. Mas, mesmo assim, para entender como era a Via Láctea num passado ainda mais distante, os pesquisadores analisaram os dados da Missão Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA). Para isso, usaram uma rede neural para captar a metalicidade - quantidade de elementos químicos mais pesados ​​que o hélio que a atmosfera da estrela contém - de dois milhões de estrelas gigantes. Assim foi possível compreender mais da história!

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Os resultados dessa análise foram publicados recentemente no periódico The Astrophysical Journal por cientistas da Sociedade Max Planck, na Alemanha. Parece que, com as informações coletadas, pode-se "ver" diferentes épocas da galáxia ou como ela foi evoluindo em sua "construção" com o passar do tempo.

Vale destacar que as estrelas da Via Láctea podem estar confinadas às regiões centrais ou podem fazer parte de um movimento de rotação ordenado no disco fino, ou no disco grosso da galáxia, por exemplo.

Via Láctea
Imagem reproduzida de Olhar Digital

A idade das estrelas da Via Láctea

Em outro momento, os cientistas puderam usar o mesmo método de pesquisa, juntamente com dados do Telescópio LAMOST, da China, capaz de analisar mais de 220 milhões de objetos astronômicos, para determinar quais as idades das estrelas da Via Láctea.

A base de cálculo sobre esta evolução, foi o brilho e temperatura das próprias estrelas. E olhando para 11 bilhões de anos atrás, quando parecia que a galáxia estava em sua "fase mais adulta e estável", as estrelas mais velhas adolescentes já tinham metalicidade cerca de 10% da do Sol. Isso indica que, vendo pela poluição do meio interestelar com metais, é provável que, antes disso, houvesse outras gerações de estrelas na Via Láctea.

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Via Láctea
Imagem reproduzida de Revista Galileu - Globo

A descoberta do antigo "coração" da Via Láctea

Para saber mais da Via Láctea, os cientistas usaram seu aprendizado de máquina. Uma rede neural foi treinada usando espectros de Gaia, para os quais a metalicidade já era conhecida. Portanto, com valores já conhecidos, os cientistas conseguiram identificar quais estrelas estão no núcleo galáctico e fizeram uma reconstrução em 3D. Elas seriam as progenitoras da Via Láctea e estariam em uma região relativamente pequena ao redor do centro da galáxia - aproximadamente 30 mil anos-luz de diâmetro.

Enfim, parece que o antigo "coração" da Via Láctea é composto por estrelas remanescentes dos primórdios de nossa galáxia.

Via Láctea
Imagem reproduzida de Revista Galileu - Globo

Fontes: Revista Galileu.

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