Já parou para pensar o que seria da Engenharia sem os desenhos técnicos e croquis? É difícil até de imaginar, não é mesmo?! Desde sempre a Engenharia e outras profissões estiveram atreladas aos desenhos, croquis e até mesmo alguns rabiscos. Porém, não havia a tecnologia para ajudar como hoje e o trabalho era muito mais difícil, demorado e com demanda maior de pessoas.
Podemos dizer que os desenhos marcam o ser humano desde a pré-história com as pinturas feitas nas paredes de cavernas. Mas foi por volta de 3000 a. C., a partir dos antigos egípcios, que se pode ter desenhos mais técnicos, já que os egípcios possuíam o conhecimento da Geometria, o qual foi essencial para a construção das pirâmides.
Outros povos também utilizaram a geometria, sendo um deles os gregos, que aplicaram a técnica em diversos setores que a partir do século V a.C. Eles desenvolveram uma parte da Matemática que estava ligada à geometria chamada de construções geométricas.
E o que a geometria tem a ver com os desenhos?
Sem a geometria e a matemática, seria impossível realizar os desenhos de engenharia, já que o nível de detalhe e precisão é muito grande.
Leonardo da Vinci, sendo um dos maiores inventores no período da Renascença, foi também um dos pioneiros no quesito desenho, já que necessitava demonstrar graficamente suas invenções. Para aquele período, seus desenhos eram ricos em detalhes e mostravam visões diferentes dos objetos de acordo com o posicionamento do observador. Com o passar dos anos, os desenhos e técnicas foram avançando conforme o conhecimento do homem.
Mas o papel e a forma de copiar desenhos?
Até o papel e a forma de fazer cópias eram diferentes aos tipos e métodos que usamos atualmente. Por volta de 1860, o papel para desenho técnico era feito por máquinas e geralmente possuía cor amarela clara, tendo cânhamo ou outras fibras para aumentar sua resistência e, geralmente, revestido nas bordas com tecido ou fita.
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As cópias eram realizadas pelo processo de cianotipo ou cópia heliográfica. Conseguem imaginar o quão trabalhoso era para realizar estas cópias em meados de 1850? Em 1870, inventaram outro método, o hectógrafo, uma atualização e aprimoramento do processo de cópias. Em 1900, tintas e lápis com cores estavam à venda e isso facilitou e enriqueceu os desenhos técnicos.
E já imaginou como eram os espaços que se faziam os desenhos de engenharia?
Não faz tanto tempo que mudou a forma de realizar os desenhos, talvez você já até ouviu algum(a) engenheiro(a) mais velho(a) comentar que os desenhos eram realizados em grandes mesas e muita paciência.
Realmente, era muito diferente, já que o trabalho era 100% manual e a necessidade de entregar o projeto a tempo fazia com que diversos engenheiros e desenhistas trabalhassem em salas com mesas enormes por uma grande quantidade de tempo.
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Uffa! Ainda bem que tudo mudou, não é mesmo?
Sim, com o avanço tecnológico, a forma de desenvolver os desenhos mudou. Atualmente, com o uso de softwares o ganho de produtividade e qualidade é muito grande.
Alguns profissionais gostam de fazer croquis ou desenhos à moda antiga (em um artigo aqui do blog mostramos um jovem que transformava seus desenhos e cálculos em “obras de arte” pela riqueza de detalhes e perfeccionismo). Mas a grande maioria utiliza alguns softwares para o desenvolvimento dos desenhos como exemplo o Autocad da Autodesk e Civil 3D da Autodesk (que há pouco tempo comentamos aqui no blog) , que é uma extensão do Autocad.
E os avanços não param de acontecer da prancheta para o computador, dos desenhos 2D para os 3D. Atualmente um assunto muito comentado e que empresas vem adotando é o BIM(Building Information Modeling) que é uma modelagem da informação da construção podendo atingir até o 10D.
O homem sempre esteve ligado a avanços e invenções e, graças aos desenhos, pode expressar graficamente ideias e cálculos. Ao passar dos séculos, vimos a evolução dos desenhos que ocorreu do papel para o computador e dos desenhos em 2D para os 3D, podendo expressar de forma gráfica toda a ideia, seja ela de uma máquina ou de um edifício.
E vocês acham que qual vai ser o próximo passo para os desenhos? Curte e deixe seu comentário.
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Guilherme Menezes
Engenheiro Civil; formado pela Universidade Anhembi Morumbi; atua no desenvolvimento de projetos conceituais e executivos, além da produção de conteúdo relacionado à Engenharia.