Nota: Em outubro de 2023, gravuras antigas foram encontradas em pedras próximas ao Encontro das Águas, em Manaus. Elas revelam sinais de seca histórica e fazem parte do patrimônio arqueológico da região. A ação humana e construções próximas ameaçam sua preservação. Arqueólogos trabalham para proteger e entender a história pré-colonial local, incluindo bacias de polimento e materiais cerâmicos. E ações educativas estão sendo realizadas para conscientizar sobre a importância da preservação.
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Que momento desafiador estamos vivendo, não é mesmo? No início dos anos 2000, minha mãe comprou uma edição de uma revista científica que trazia uma matéria preocupante. De acordo com o artigo, se as coisas continuassem no mesmo ritmo, até o ano de 2050, os seres humanos não encontrariam mais água potável para beber. Na época, fiquei pensando sobre o significado de "água potável" - aquela que não podemos simplesmente pegar dos rios, mares, geleiras ou mesmo da chuva. Trata-se de água tratada e segura para consumo humano e animal.
Naquele tempo, éramos menos conscientes da gravidade da situação. No entanto, com o passar do tempo, a natureza começou a nos dar sinais claros do que estava acontecendo. Tornou-se impossível negar que estamos tratando mal o nosso planeta, não valorizando-o nem respeitando-o, e que estamos consumindo mais recursos do que ele pode oferecer. Com o agravamento do aquecimento global e o aumento do desmatamento, os cursos d'água são afetados e, consequentemente, os ciclos de chuvas.
O Brasil, assim como a África e a Oceania, tem enfrentado um dos piores períodos de seca nos últimos dois anos. Recentemente, temos ouvido falar também da seca assolando a Europa, a Ásia e a América do Norte. Estamos todos enfrentando os mesmos desafios!
No Hemisfério Norte, o nível das águas de rios e lagos diminuiu tanto no começo de 2022 que revelou tesouros históricos há muito esquecidos pelo homem. As imagens a seguir são realmente impressionantes, mas também mostram o perigo máximo deste período em que estamos vivendo. Veja só!
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Stonehenge espanhol
Arqueólogos na Espanha descobriram, devido à baixa do reservatório de Valdecanas, na província central de Cáceres, um círculo de pedras pré-históricas chamado Dólmen de Guadalperal. Esse monumento foi descoberto por Hugo Obermaier em 1926, mas desde 1963 estava submerso devido a um projeto agrícola implementado durante a ditadura de Francisco Franco.
Pedras da fome
No Rio Reno, na Alemanha, as "pedras da fome" reapareceram perto de Frankfurt. Essas pedras foram criadas por povos do passado para marcar momentos de grande dificuldade durante secas antigas. Em uma delas, está escrito "se você está lendo isso, chore", indicando as dificuldades enfrentadas.
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Navios de guerra
Na Sérvia, o rio Danúbio baixou tanto que atingiu um nível que não era visto há quase um século. Como resultado, os restos de 20 navios utilizados pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, que estavam afundados na região portuária de Prahova, ficaram expostos.
Bomba da Guerra
Infelizmente, outra herança da Segunda Guerra Mundial também emergiu durante a seca deste ano. Trata-se de uma bomba de 450 kg que estava submersa nas águas do rio Pó, na Itália.
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Praia de pedras
Na zona do lago Garda, na Itália, o fundo rochoso se transformou em uma nova praia, um leito de rochas que surgiu devido à escassez de chuvas e ao uso excessivo de água para irrigação de campos agrícolas durante o verão.
Estátua budista
No rio Yangtze, o mais longo do mundo, na China, três estátuas budistas em uma ilha que antes estava submersa emergiram depois de 600 anos devido à seca e às ondas de calor.
Pegadas de dinossauros
Para finalizar, nos Estados Unidos, a seca também afetou os rios do Parque Estadual do Vale dos Dinossauros, no estado do Texas. O baixo nível da água permite que as pessoas vejam pegadas deixadas ali por dinossauros há milhões de anos.
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Fontes: G1, Extra - Globo.
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