Em 2013, Alfredo Moser, um mecânico de Uberaba, Minas Gerais, ficou famoso quando sua invenção foi espalhada por vários países. O gênio da garrafa, como é chamado por alguns sites, inventou uma forma de levar iluminação a um ambiente apenas com uma garrafa, água e um pouco de cloro. A lâmpada engarrafada brasileira é, até hoje, um recurso usado em várias residências.
Lâmpada engarrafada brasileira
Apesar de ter sua disseminação em 2013, a ideia da lâmpada engarrafada é de 2002. Muitos podem não lembrar, mas esse foi um período de grandes apagões no Brasil. Moser começou a instalar as garrafas de água em sua casa e na de vizinhos e parentes. Algum tempo depois, em 2008, a engenhoca foi tema de uma reportagem na televisão, o que contribuiu para a sua disseminação no Brasil.
No entanto, a lâmpada engarrafada brasileira só conquistou o mundo quando um ativista filipino, Illac Diaz, descobriu a invenção. Ele criou o projeto “Liter of Light” , o qual já instalou mais de 350.000 lâmpadas engarrafadas em mais de 15 países.
Além de iluminar as residências, a luz engarrafada pode ser usada para ajudar no crescimento de plantas. Ela tem cerca de 40 a 60 watts (varia de acordo com a intensidade solar).
Em 2017, Moser e sua invenção participaram de uma exposição temporária no Museu do Amanhã. A lâmpada engarrafa foi uma das 40 invenções expostas que ajudaram a mudar a vida das pessoas.
Como fazer a luz engarrafadas
Se você quer testar suas habilidades práticas e instalar a lâmpada engarrafada, o procedimento é simples. Você vai precisar de uma garrafa PET transparente, água e cloro. Adicione a quantidade de duas tampas de cloro à água para evitar a proliferação de algas e micro-organismos indesejados. A iluminação é melhor se você cobrir a tampa com fita preta.
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Para instalar também não é difícil. Basta fazer um buraco na telha. A garrafa deve ser encaixada de cima para baixo e fixada com cola de resina, o que evita vazamento (mesmo quando chove). E voilà, a lâmpada está pronta. Sem risco de choques ou necessidade de interruptor.
Alfredo Moser mudou a vida de várias pessoas. Ele não ficou rico com a invenção, que se tornou popular, mas não foi patenteada. Porém, nós sabemos que a recompensa nem sempre vem em forma de dinheiro. Ver a quantidade de pessoas que foi beneficiada pela lâmpada engarrafada - principalmente pessoas de baixa renda em países onde a energia elétrica é caríssima - é, certamente, um dos melhores retornos que Moser poderia ter.
Fontes: BBC; Hypeness; G1; Mail Online.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.