O Japão apresenta limitados recursos energéticos. E desde o final da Segunda Guerra Mundial (1945), sua demanda vem crescendo em função de seu acelerado desenvolvimento econômico. Isso se traduz em uma importação de aproximadamente 80% do seu consumo.
A principal fonte energética importada é o petróleo cru, antes oriundo de países asiáticos como China e Indonésia e hoje principalmente do Oriente Médio. Preocupados com essa dependência em uma fonte de energia altamente influenciada por fatores geopolíticos, os japoneses buscam alternativas para sua autossuficiência.
Energia Solar
É um setor que avança em um ritmo acelerado. Em 2009 o Japão foi o terceiro país do mundo em capacidade elétrica solar. O governo japonês incentiva a população para desenvolver essa fonte de energia nas residências e assim redirecionar parte do consumo residencial para a indústria.
Ao passear por Tóquio é possível reparar nas inúmeras casas que já se adaptaram e possuem os painéis solares instalados em seus telhados. A recompensa é um abatimento nas contas de energia e até um lucro com a venda do excedente.
Energia Nuclear
O governo japonês considerava a energia nuclear como a principal substituta para o petróleo e demais fontes energéticas emissoras de dióxido de carbono. Entretanto, com o terremoto e o tsunami em 2011 que atingiram o leste japonês, o governo se viu obrigado a reconsiderar o Plano de Energia Básico e fomentar a adoção de fontes renováveis como solar, eólica e geotérmica.
Mesmo impopulares, as usinas nucleares são as que mais recebem investimentos por parte do governo. A justificativa está na economia - segundo o Estado, o Japão poderia entrar em colapso se a dependência das importações de petróleo aumentasse.
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Combate ao Aquecimento Global
O Japão tem se mostrado mais preocupado com questões ambientais e na busca por novas tecnologias para a diminuição da emissão de gases causadores do efeito estufa. No país, a maioria das pessoas não possui carro e utiliza as enormes malhas ferroviárias e metroviárias para se locomover. Os poucos carro são híbridos ou totalmente elétricos. A bicicleta é muito utilizada também.
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Rafael Panteri
Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.