O fogo pode ser cruel! Por isto, devemos nos preocupar com as condições dos edifícios que habitamos. Saber agir corretamente no momento em que ocorrem as chamas é muito importante. Porém, podemos fazer mais, muito mais! Para começar, visando evitar a ruína ou o colapso das construções, os projetistas podem prever a utilização de sistemas contra incêndio em suas obras. Nesta lista estão os extintores, hidrantes e mais, como a aplicação de revestimentos contra fogo em certos elementos estruturais. O que acha desta ideia?
Você já tinha ouvido falar destes revestimentos? Bem, eles fazem parte de uma nova geração de produtos para proteção passiva contra fogo das obras de Arquitetura e Engenharia. Uma excelente alterativa para a segurança do nosso patrimônio construtivo, aliada a um desenvolvimento sustentável do planeta! Então, aceita aprender mais sobre esta tecnologia? Não perca as informações que trouxemos para este texto!
Opções de revestimentos
Há duas maneiras de proteger as construções do fogo. O modo passivo contempla tudo aquilo que é previsto já na etapa de projeto de Arquitetura e Engenharia. Agora, o modo ativo é complementar, entrando em ação somente quando as chamas se espalham pela edificação. Lembrando que apenas um especialista em Engenharia de Incêndios - como um engenheiro civil - é que pode dizer quais as melhores soluções para cada projeto, como os revestimentos contra fogo citados neste texto – considerados passivos.
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Revestimentos contra fogo para metal
Antes de tudo, precisamos esclarecer que nem todas as edificações precisam seguir os requisitos de resistência ao fogo estabelecidos pelos bombeiros e pelas normas brasileiras – como a NBR 14432. Dependendo da carga de incêndio e ventilação, algumas estruturas podem suportar bem o calor. Mas, todavia, adotar medidas de proteção ao fogo nunca é demais!
As temperaturas mais elevadas provocadas por incêndios impactam seriamente as estruturas, comprometendo a sua resistência. Uma solução sustentável de prevenção para peças de metal aparente é a utilização de tinta anti fogo intumescente própria para este material. São características deste revestimento:
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- produzida à base de água;
- de fácil descarte;
- não contém solvente;
- tem baixo teor de componentes voláteis;
- baixo odor;
- e com excelente qualidade de acabamento e praticidade de aplicação – sobre uma base primer.
Funciona assim: quando a temperatura ambiente fica bastante alta – algo em torno de 200°C – a pintura começa a se expandir, protegendo o metal abaixo. Isto acontece de 30 a 60 minutos no modelo 1 do produto e de 90 a 120 minutos no modelo 2. No fim das contas, sua aparência fica como de uma pintura convencional!
Outra opção menos usada pela construção civil é a das placas protetoras. Elas devem ser fixadas às estruturas de metal através de pinos soldados por anilhas de aço. Tem também as mantas pré-fabricadas. E, por fim, algumas argamassas especiais – que precisam ser devidamente espessas para oferecer o efeito esperado. As recomendações da execução desta massa está também descrita na NBR14323, sobre ‘Projetos de Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e Concreto de edifícios em situação de incêndio’.
Revestimentos para alvenarias
Também há um tipo de tinta intumescente contra fogo à venda no mercado para proteção de alvenarias. Ela é, assim como a tinta para elementos de metal, muito resistente, durável e de fácil utilização. É feita à base de água; dispensa a necessidade de chapisco, emboço e reboco; e pode ser aplicada com um simples rolo. E tem disponível na cor branca, podendo ainda ser pigmentada na cor desejada.
“(...) é uma tinta de alto desempenho e assegura proteção de blocos de concreto, cimento, concreto celular, concreto armado e paredes de alvenaria por um período de três horas”,
“Ela também reduz a emissão de fumaça e a propagação de chamas, ajudando a salvar vidas e preservar patrimônios.”
- Rogério Lin, em reportagem de CKC.
Revestimentos para concreto
O concreto é um dos materiais mais frágeis à ação do fogo. Em pouco acima de 100°C, as bordas das suas peças estruturais já apresentam lascas; depois disso, o cálcio dentro da massa já começa a trabalhar, atingindo a armadura; e em 700°C, o concreto perde de vez a sua função estrutural. A solução mais recomendada neste caso é o melhor cobrimento da armadura, como forma de inibir, ao máximo, a propagação do fogo.
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Fontes: Instituto de Engenharia, AECWeb, Revista Incêndio.
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Simone Tagliani
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.