Certamente você já ouviu falar da cidade de Fukushima, no Japão. Infelizmente, ela ficou mundialmente conhecida depois do dia 11 de março de 2011, quando um terremoto de magnitude de 9.1 graus na escala Richter, causado pelo movimento de uma falha geológica. Assim, chamado de Grande Terremoto de Tohoku, o mais intenso e destrutivo terremoto da história do Japão, provocou grandes ondas em todo litoral japonês. E, por fim, veio o tsunami de Fukushima, com 8.7 de magnitude.
O desastre ocorrido no Japão naquele ano deixou mais de 18 mil mortos ou desaparecidos e desencadeou um dos piores acidentes nucleares da história - como nada igual desde o acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. Quando a Central Nuclear de Fukushima foi atingida pelo tsunami, três dos seus seis reatores nucleares derreteram, iniciando um dos maiores desastres ecológicos do planeta. E no dia seguinte, 12 de março, ocorreu uma explosão (a primeira de três) e a usina começou a liberar quantidades significativas de material radioativo no meio ambiente - cenas que mais pareciam de um filme de terror.
O acidente foi classificado como tendo 'nível 7' na Escala Internacional de Eventos Nucleares, e uma área de cerca de 1.150 km² teve que ser evacuada. Em decorrência dos estragos materiais causados pelos tremores, inundação, incêndios, explosões, danos à rede elétrica, interrupção do fornecimento de energia e destruição ou obstrução de estradas e vias, estima-se que o prejuízo financeiro foi de cerca de 200 bilhões de dólares.
Do desastre ambiental aos jogos Olímpicos
Dez anos depois, a cidade de Fukushima recebeu sua primeira competição oficial da Olímpiadas de Tóquio. Foi uma partida de Softbol - modalidade esportiva que retornou aos jogos - entre Japão e Austrália. O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos escolheu Fukushima como subsede dos jogos de Softbol e Beisebol, com o intuito de mudar a imagem da cidade mostrando ao mundo que, aos poucos, ela está se recuperando da tragédia de 2011. E, a saber, as japonesas ganharam das australianas, nesta partida, por 8 a 1.
O Estádio Azuma, local dos jogos, fica a 67 quilômetros da central nuclear de Fukushima, em uma área praticamente livre das altas doses de radioatividade.
Atletas e de alguns administradores da cidade considerarem que os níveis de segurança para radiação estão bons. Mas, apesar disso, muitos moradores da região não se sentem seguros em voltar para as suas casas; fora que ainda existem cidades vizinhas vazias ou parcialmente vazias. No início do mês de julho de 2021, medidores de radiação instalados na cidade detectaram níveis de 0,09 microsievert por hora, que representa um acumulado de cerca de 0,8 milisievert por ano. Segundo a Associação Nuclear Mundial este é um valor considerado seguro e normal para a maioria das pessoas.
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E você, o que pensa sobre a realização de partidas e cerimônias das Olimpíadas de 2021 em Fukushima? Acredita que foi uma decisão precipitada dos japoneses? Escreva nos comentários!
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Fontes: G1, G1 2, UOL, Globo Esporte.
Fonte: TOTVS, Scrum.org, Trello.Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
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Eduardo Mikail
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