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Olimpíadas: como o Japão se preparou para enfrentar terremotos durante o evento?

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por Rafael Panteri
| 27/07/2021 | Atualizado em 28/01/2023 3 min
Escultura-com-os-aros-olímpicos.-SHINGO-ITO-AFP

Olimpíadas: como o Japão se preparou para enfrentar terremotos durante o evento?

por Rafael Panteri | 27/07/2021 | Atualizado em 28/01/2023
Escultura-com-os-aros-olímpicos.-SHINGO-ITO-AFP

Os japoneses estão acostumados com terremotos e tufões e sabem exatamente o que fazer quando o país é abalado por uma. Mas e os estrangeiros?

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Os japoneses estão acostumados com terremotos e tufões e sabem exatamente o que fazer quando o país é abalado por uma. Mas e os estrangeiros?

As novas Olimpíadas estavam previstas para agosto de 2020. Contudo, por conta da crise causada pelo coronavírus, o evento foi adiado em cerca de um ano – começando oficialmente na última sexta-feira, dia 23 de julho de 2021. A pandemia ainda é o principal risco para o sucesso do torneio. Mas o Japão ainda enfrenta outro sério perigo: os desastres naturais.

Localizado no chamado ‘cinturão de fogo’ do Pacífico, o país é frequentemente abalado por terremotos e tufões, cuja temporada alcança seu máximo entre agosto e setembro. O arquipélago possui ainda, vários vulcões ativos que preocupam especialistas do mundo inteiro.  Para o professor emérito da Woman’s Christian University of Tokyo, Hirotada Hirose, “os riscos de um grande terremoto não devem ser esquecidos quando os Jogos Olímpicos acontecerem no Japão”.

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O Museu Olímpico do Japão, no distrito de Shinjuku, em Tóquio. (Imagem:Oliver Bolch Anzenberger Contacto Photo)
O Museu Olímpico do Japão, no distrito de Shinjuku, em Tóquio. (Imagem:Oliver Bolch Anzenberger Contacto Photo)

Veja Também: Conheça e engenharia anti-terremotos do Japão

As principais recomendações para nativos e estrangeiros nas Olimpíadas

Nativos

A preparação para situações de emergência é algo profundamente enraizado na vida dos japoneses. Sua população passa por esses abalos sísmicos constantemente, e é por esse motivo que têm uma resposta mais adequada – um diferencial no momento de se tentar salvar vidas. E Tóquio possui diversos centros de simulação de catástrofes, onde os visitantes podem viver as sensações de um terremoto artificial e treinar os passos corretos para um possível terremoto real.

Mas para Robin Takashi Lewis, especialista em desastres que trabalhou com grupos sem fim lucrativos durante o terremoto e o tsunami de 2011, “as coisas se tornam 10 vezes mais complicadas quando você adiciona fatores como idioma, falta de compreensão cultural e outras vulnerabilidades que as pessoas têm como visitantes”.

Estrangeiros

O Governo do Japão reconhece as dificuldades que os estrangeiros podem ter ao enfrentar um terremoto. Por isso, o Ministério da Terra desenvolveu um aplicativo de preparação e resposta a terremotos. Chamado de ‘Safety Tips’, é possível baixá-lo tanto em IOS quanto no Android.  Disponível em 14 idiomas, ele emite avisos prévios e notificações de emergências sobre o clima para os usuários. Além disso, também dá dicas de onde ir quando houver situações de risco e contatos de profissionais, como ambulância e corpo de bombeiros.

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As demais medidas estratégicas tomadas para as Olimpíadas

Engenharia

Em média, nos últimos cinco anos, o cento de Tóquio teve cerca de 60 terremotos sentidos (1 ou mais na escala utilizada no país). Logo, sua Arquitetura e Engenharia devem ser capazes de resistir aos tremores!

Por conta disso, o país segue regulamentos de construção bastante rígidos para que seus edifícios sejam mais resistentes. Todas as instalações olímpicas passaram por testes e reformas, o que garantiu a resistência para até 6 graus na escala sísmica do Japão. Inclusive, o Governo Metropolitano de Tóquio realizou um estudo, junto com proprietários de edifícios, para reforçar estruturas mais antigas, principalmente em entradas principais da cidade, onde possíveis destroços poderiam obstruir vias usadas por veículos de emergência.

terremotos
Imagem extraída de UOL

Praparação

Os visitantes podem ficar tranquilos, pois a preparação do Japão para emergências é extensa!

Os exercícios e treinamentos são oferecidos gratuitamente e com grande frequência. Segundo Yoshiaki Satou, ex-diretor de planejamento de prevenção de desastres e serviços de emergência do Governo Metropolitano de Tóquio, “não é possível saber quando um terremoto virá. Apenas sabemos que esses desastres certamente ocorrerão em algum momento. E estamos trabalhando para que tudo fique bem”.

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Fontes: O Globo, Exame, AgenciaBrasil, Borneo.

Fonte: TOTVS, Scrum.org, Trello.Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

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