Nos últimos dias você deve ter visto algumas fotos, frases ou textos com a hashtag #ILookLikeAnEngineer.
Tudo começou quando a engenheira Isis Anchalee Wenger, de 22 anos, foi convidada a participar de uma campanha de publicidade para a OneLogin, empresa em que trabalha.
Nas imagens divulgadas, Isis aparece ao lado de uma frase típica das campanhas de processos seletivos. Poderia ser uma campanha comum, mas gerou uma grande discussão nas redes sociais. Muitos questionaram sobre a “aparência de uma engenheira de software” e a expressão dela nas fotos. Espantada com os comentários, tanto positivos como negativos, Isis resolveu escrever sobre o assunto.
Ela afirmou não estar preparada para receber a atenção que teve. Apesar disso, Isis afirma que fez dela uma oportunidade de dar foco sobre a questão do gênero no mundo da tecnologia.
Através de experiências pessoais, Isis discute sobre como o comportamento de algumas pessoas em um meio profissional é capaz de afetar os que não se encaixam nos “moldes” e sobre como isso se tornou comum neste meio. A hashtag #ILookLikeAnEngineer surgiu para mostrar que não há um padrão sobre como os engenheiros devem ser e já ganhou vários adeptos nas redes sociais.
Apesar de uma mudança ao longo dos anos, ainda é comum que as pessoas fiquem assustadas quando uma mulher entende sobre motores ou computadores, tanto quanto (ou mais que) alguns homens. Frases como “mas você é uma mulher” ou “mas você é bonita, não parece uma engenheira” são comuns lembretes sobre os estereótipos que ainda predominam não só no mercado de trabalho, mas também durante a faculdade.
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No fundo, sabemos que moldes são feitos para objetos, não para pessoas. Afinal, um engenheiro não deve parecer com nada ou ninguém, ele deve saber pensar e agir como um engenheiro.
A campanha também teve apoio de vários perfis de empresas de tecnologia no Twitter, como o @WomenAtIntel e ganhou um site em que Isis pretende continuar sua campanha.
Referências: Isis Anchalee (Medium); The Guardian; Usa Today.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.