A energia solar provém de uma fonte renovável e seu uso traz vários benefícios para o usuário. Porém, uma das dúvidas mais pertinentes sobre esse assunto é relacionada ao quanto, de fato, a energia solar pode reduzir na conta de luz. Será que compensa o investimento?
Primeiro, vamos analisar a situação da energia no Brasil. Você deve ter notado que a sua conta de luz ficou mais cara nos últimos anos (muito mais cara). Os dois principais motivos para isso são a seca e os impostos. Durante a seca, há queda no nível dos reservatórios (já que a maior parte da matriz energética provém de hidrelétricas) e o aumento do preço contribui para a redução do consumo.
Nesses períodos de aumento, quem tem energia solar acaba ficando mais tranquilo e com a consciência mais limpa. Afinal, os custos de energia são reduzidos a longo prazo (o retorno não é imediato, mas, quando acontece, é significativo) e a dependência da energia elétrica convencional é menor.
Segundo o Portal Solar, a substituição de energia elétrica convencional pela energia solar pode apresentar uma redução na conta de energia que varia de incríveis 50% a 95% (pasmem!). Vale ressaltar que o tempo médio para que esse retorno seja estabelecido é de 6 anos, que é quando o investimento termina de ser compensado pela economia da conta de luz.
É preciso ficar claro que não é que vai demorar 6 anos para você começar a usar energia solar na sua residência. O que acontece é o seguinte: você investe um determinado valor no sistema e começa a usar a energia solar. Logo no início sua conta de energia já começa a vir reduzida. Porém, o que se considera é que esse valor economizado é para compensar o investimento que você fez.
Com o passar do tempo, essa economia mensal na conta de luz já compensou todo o valor investido inicialmente. É por isso que leva tempo para ter o retorno, mas ele vale a pena.
Quando é feito um financiamento, o valor economizado na conta de luz pode ser direcionado para pagá-lo. Quando você termina de pagar, o valor que antes era destinado para a conta de energia pode ser usado para outra coisa.
Essa diferença parece ser ainda mais visível quando olhamos para a economia que indústrias e empresas podem ter. No caso de uma indústria, por exemplo, que aproveita uma grande área do seu telhado e que tem um gasto imenso com a conta de energia, os valores são chocantes. Em residências, embora os valores sejam em menor escala, eles não deixam de ser significantes a longo prazo.
Quanto custa a energia solar?
O custo da energia solar depende do tamanho e da complexidade da instalação. Em uma pesquisa bem completa, o Portal Solar reuniu algumas informações de preço aproximado e mostra como esse investimento pode ser compensatório.
A seguir você pode ver o preço da energia solar fotovoltaica para residências e para comércio e indústrias.
Mas calma, não precisa sair correndo porque achou caro. A boa notícia é que há facilidades para quem pretende instalar um sistema de energia solar. Na própria página do Portal Solar, por exemplo, há um simulador solar para ver o tamanho do sistema que você precisaria e um formulário de financiamento que mostra como você consegue financiar o seu sistema solar. O cálculo do financiamento considera seu consumo mensal e a renda.
Benefícios além da conta
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) fez um mapeamento que mostrou que, atualmente, há mais de 71 mil sistemas fotovoltaicos de geração distribuída conectados à rede. Isso representa cerca de 88 mil unidades consumidoras e mais de 735 megawatts de potência instalada em residências e diferentes setores da economia.
Os benefícios da energia solar vão além da conta de luz. É uma energia proveniente de fontes renováveis. No Brasil, nós não ficamos tão impressionados sobre isso porque a energia proveniente de hidrelétricas, a qual compõe grande parte da matriz energética nacional, também é renovável (embora com impactos ambientais diferentes). Porém, em países que usam fontes não renováveis, enxergar essa mudança é chocante.
O impacto ambiental da energia solar também é menor (muitos estão relacionados à extração do silício que compõe os painéis fotovoltaicos e ao descarte desses painéis após o uso). O sistema de placas solares em funcionamento não emite nenhum poluente, não há ruídos perturbadores (como na eólica), não inutiliza outras áreas além da instalada (como as áreas inundadas por hidrelétricas) e não compromete a biodiversidade.
Por último, além do fato de que há o desconto na conta de luz para quem liga o sistema à rede elétrica e faz a compensação (por meio de créditos energéticos – Resolução Normativa 482 da ANEEL), há incentivos governamentais (como isenção de PIS, CONFIS, ICMS, etc. ) e algumas prefeituras dão desconto no IPTU.