O prêmio Pritzker é considerado o Oscar ou Nobel da Arquitetura. Os brasileiros Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha já foram homenageados com a medalha deste prêmio. Mas, agora, neste ano de 2022, essa mais alta distinção, de acordo com os organizadores, é destinada ao arquiteto burquinês de 56 anos Diébédo Francis Kéré. E por que isso é importante? Porque será a primeira vez que uma pessoa negra ganha o Pritzker - e o 51º arquiteto recebedor do prêmio. Suas obras ganharam notoriedade por apresentarem um design diferente, com soluções "sustentáveis para a Terra e para seus habitantes em terrenos de extrema escassez", disse Tom Pritzker, presidente da Hyatt Foundation que patrocina o evento.
A arquitetura de Diébédo Francis Kéré
Vamos entender porque o trabalho de Diébédo Francis Kéré tem chamado atenção no mundo da Arquitetura. Bem, ele tem desenvolvido várias propostas significativas para a construção de escolas, centros de saúde, habitações, edifícios e espaços públicos em países como Benin, Burkina Fasso, Mali, Togo, Quênia, Moçambique e Sudão. São locais de muita pobreza, de muita escassez, e que ações como a do arquiteto ajudam a transformar as comunidades, melhorando a vida e as experiências dos cidadãos - além de ser uma inspiração para os projetistas ao redor do mundo.
Kéré foca em desenhar edifícios com recursos de arquitetura e engenharia bastante fáceis. Sempre pensando em ambientes com bastante ventilação e iluminação adequada, mais outros detalhes que tornam os espaços confortáveis.
"Por meio do seu compromisso com a justiça social e o uso inteligente de materiais locais para conectar-se e responder ao clima natural, trabalha em países marginalizados cheios de limitações e adversidades, onde a arquitetura e a infraestrutura estão ausentes." - disse os organizadores do prêmio Pritzker.
A saber, Diébédo Francis Kéré já projetou também:
- uma área para o festival de música Coachella;
- exposições individuais para os museus de Munique e Filadélfia;
- painel temporário no Hyde Park de Londres
- e trabalhos para o Museu Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho de Genebra.
Fontes: G1.
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