Você é um dos milhares de brasileiros que enfrentam o trânsito diário e já parou para refletir sobre opções de mobilidade mais eficientes, principalmente em grandes zonas urbanas? Esta é uma realidade cada vez mais comum, e a busca por soluções e alternativas viárias tem feito crescer o destaque para um dos cursos desta área: o de Engenharia de Transportes. O que faz o profissional formado, quais as expectativas para a atuação no mercado de trabalho e as oportunidades, mesmo em épocas de crise?
Imagem: Al Rocha - Antena Cultural
Primeiramente, o que é a Engenharia de Transportes? Esta é a área responsável por criar e manter os sistemas de transporte e malha viária, integrando diferentes sistemas de transporte, seja por vias terrestres, aéreas ou marítimas. O profissional atua desde a construção de pontes, estradas e viadutos, como também na área de logística, no planejamento de soluções de mobilidade e no controle de trânsito. As áreas de atuação, como se pode perceber, são amplas – o que já é um ponto positivo na hora da escolha pelo curso.
Empresas de construção civil e infraestrutura, empresas de logística de trânsito, concessionárias de rodovias, departamentos de trânsito e empresas de meios de transporte são alguns exemplos de locais onde os futuros profissionais poderão atuar. As oportunidades são encontradas tanto na área pública como privada.
Mas é normal haver dúvidas sobre o que espera os profissionais após a conclusão da graduação. Para esclarecer mais detalhes sobre o curso, o Engenharia 360 conversou com Giovani Ávila, Doutor em Engenharia de Transportes e professor da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ.
+ O perfil do profissional
A base da Engenharia, como os cálculos, a matemática e a física, é primordial para o estudante de Engenharia de Transportes. “Este aluno já deve estar preparado para as áreas comuns da engenharia: mecânica dos solos, estruturas, hidráulica, transportes e construção civil. O núcleo comum o prepara para compreender o planejamento, projeto, construção e operação de componentes e sistemas da Engenharia Civil. A ênfase, inclusive em Engenharia de Transportes, irá lhe especializar para atuar na área específica”, explica Ávila.
Imagem: UFSC
Entre as matérias que integram a matriz curricular estão: topografia, química, cálculo, logística, planejamento estratégico e engenharia de tráfego. E é importante frisar que para um carreira promissora, os profissionais não devem parar na graduação. A especialização é fundamental, e pode se tornar um diferencial frente a outros profissionais. Ávila ainda salienta uma vantagem do curso, uma vez que é exemplo de área multidisciplinar: a convivência com profissionais de diferentes áreas e setores, como médicos, sociólogos, advogados, arquitetos e urbanistas. A troca de diferentes experiências será uma consequência inevitável.
+ O mercado de trabalho
Frente a períodos de crise, é comum o questionamento sobre quais áreas representam boas alternativas e onde é possível encontrar oportunidades de trabalho. A Engenharia de Transportes é uma das possibilidades para os profissionais. “O profissional possui ampla gama de atuação e alta empregabilidade, mesmo nos tempos de crise, pois os deslocamentos são necessários mesmo nestas condições de crise econômica”, afirma Ávila.
Sem dúvidas a preocupação com novas formas de deslocamento, economicamente viáveis, sustentáveis e eficientes é cada vez mais importante em nossa sociedade, mais um motivo que estimula a procura pelo curso de Engenharia de Transportes.
Imagem: Faculdade da Serra Gaúcha
O professor Ávila defende, por exemplo, que a demanda por profissionais de engenharia é grande tanto nos setores públicos como nos privados e, inclusive, nas universidades, neste caso, profissionais voltados à pesquisa. Os cursos também estão cada vez mais frequentes nas universidades brasileiras, inclusive as públicas.
Gostou de saber mais informações sobre o curso? Quais são as suas experiências e curiosidades sobre Engenharia de Transportes? Compartilhe com outros profissionais e estudantes aqui no Engenharia 360!
Referências: Observatório Juventude C&T; CEFET-MG;
UFSC