Esta semana foi agitada para São Paulo. Em um curto prazo de tempo, trens da Linha 15 – Prata do Monotrilho - que transporta cerca de 115 mil passageiros por dia - bateram de frente entre as estações de Sapopemba e Jardim Planalto.
Na madrugada do dia 9 de março de 2023, ocorreu a última colisão enquanto os operadores estavam nos trens - um deles ficou ferido. As atividades no local tiveram que ser interrompidas e o Sistema Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) foi acionado. Os trens envolvidos no incidente foram recolhidos para o Pátio Oratório.
O que se sabe do acidente na Linha 15 - Prata de SP
De fato, os dois trens da Linha 15 - Prata estavam indo em direções opostas - sendo que o que saiu da estação Sapopemba estava seguindo na direção correta. No entanto, é necessário entender o motivo disso acontecer! Alguns incidentes anteriores podem fornecer pistas.
Incidentes anteriores
Por exemplo, em janeiro foi descoberta uma trinca na estrutura de concreto do Monotrilho da Linha 15 - Prata devido a um deslocamento, entre as estações Vila Prudente e Oratório. Em outro incidente, uma peça dos trilhos que estava solta, chegou a cair sobre uma ciclovia. E anteriormente, em 2017, passageiros encontraram uma peça de metal na Avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello, por onde passam os volts que energizam o trem.
Já houve relatos de colisões de trens próximas à estação Sapopemba em outras ocasiões. Em 2019, houve um incidente semelhante, mas felizmente, não houve vítimas. A Comissão de Segurança do Metrô atribuiu a culpa a um erro humano na colisão do Monotrilho da Linha 15 - Prata. Ficou registrado que a ação de um funcionário tornou o trem estacionado na estação Jardim Planalto "invisível ao sistema". Como resultado, a composição que vinha logo atrás não percebeu o trem e houve uma colisão entre os dois.
Naquela ocasião, todos os procedimentos operacionais da Linha 15 - Prata foram revisados. No entanto, agora é necessário uma investigação mais detalhada, pois o caso parece ser diferente. A gestora do Monotrilho decidiu reduzir a velocidade e aumentar o intervalo de paradas nas operações do restante da linha, por enquanto.
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Possíveis causas do acidentes
Para a engenharia, a colisão frontal de trens em monotrilho pode ter diversas causas, algumas delas incluem:
- Falhas no sistema de sinalização e controle de tráfego: se o sistema que controla a circulação dos trens no monotrilho apresentar falhas, os trens podem colidir frontalmente, especialmente em pontos onde a via é única e não há possibilidade de desvio.
- Problemas técnicos nos trens: problemas mecânicos ou elétricos em um ou em ambos os trens podem fazer com que eles percam o controle e colidam frontalmente.
- Erros humanos: erros de operação, falha de comunicação, falta de treinamento adequado dos operadores, entre outros, podem levar a uma colisão frontal.
- Problemas na infraestrutura: falhas na manutenção da infraestrutura do monotrilho, como problemas com a via ou com as estruturas de suporte dos trilhos, podem levar a uma colisão frontal.
- Violações de regras de segurança: violações de regras de segurança, como excesso de velocidade, não respeitar sinais e semáforos, entre outros, podem levar a uma colisão frontal.
- Falhas na supervisão e fiscalização: a falta de supervisão adequada da operação do monotrilho e da fiscalização da manutenção e da segurança do sistema pode aumentar o risco de uma colisão frontal.
- Interrupções no fornecimento de energia elétrica: se houver uma interrupção no fornecimento de energia elétrica para o monotrilho, os trens podem perder o controle e colidir frontalmente.
Em resumo, a colisão frontal de trens em monotrilho pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo problemas técnicos, erros humanos, condições climáticas adversas, falhas na infraestrutura e violações de regras de segurança. O que será que pode ter acontecido com a Linha 15 - Prata? Deixe seu palpite na aba de comentários do Engenharia 360!
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Fontes: Petro no Branco, G1.
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Eduardo Mikail
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