Uma das formas de propor melhorias e planejar novos projetos é identificar a situação atual de uma empresa através de suas falhas. Essas falhas ocasionam desperdícios que afetam o processo de forma negativa, ocasionando perdas. Ao identificar as falhas, consequentemente serão identificados os desperdícios. Existem vários métodos que podem ser utilizados para identificá-los. Vamos conhecer um deles.
O que são os 7 desperdícios?
Nesse artigo é possível conferir o que significa cada um deles. São desperdícios relacionados à forma (incorreta) de gerenciamento da produção, arranjo físico, e como os recursos são utilizados para transformar matéria prima em produto acabado.
Como identificá-los?
Aqui vão alguns pontos importantes que ajudam a identificar esses desperdícios. É possível perceber também que eles se relacionam entre si (um pode agravar o outro):
- Transporte - O excesso de transporte, além de cansativo, pode gerar transtornos, espera e até mesmo acidentes. Pode ser feito manualmente ou com o auxílio de máquinas. Se não for executado adequadamente, gera perda de tempo, pois o funcionário poderia estar fazendo alguma atividade que agregue valor à produção. Uma possível causa do excesso de transporte é a alocação das máquinas, a ordem em que o processo de produção foi colocada, o espaço e a planta da fábrica - que podem oferecer alguns obstáculos - o planejamento e distribuição das atividades.
- Movimentação - Também é cansativa e ocasiona perda de tempo. Pode ser fruto da falta de organização do posto de trabalho e da sequência de operações. Fazer uma análise das etapas do trabalho e colocar cada item em um lugar que facilite a execução das atividades é uma forma de evitar movimentação em excesso.
- Espera - O conhecido “gargalo” pode ser algo difícil de lidar, dependendo do processo. O que se pode fazer é analisar fatores como tempo de espera e capacidade da máquina; descobrir o que é característico de suas funções e aquilo que pode ser modificado ou melhorado, e assim obter mais resultados. É um processo de análise e acompanhamento, que vai dar informações sobre o desempenho desta etapa. Ações como as de manutenção devem ser consideradas, pois se tal máquina quebra...
- Processamento - É preciso ficar atento às necessidades do processo para que ele não fique obsoleto e com capacidade baixa. Matérias primas também podem ser desperdiçadas nesta etapa, caso a máquina não seja eficiente ou se houver erros de operação. Planejamento e análise de produção constantes ajudam a identificar esse problema.
- Defeito - Já pensou um processo inteiro resultar em uma peça defeituosa? Pois é, quanta perda de tempo (e dinheiro)! Não é legal ter um índice alto de peças não-conformes. Estabelecer um controle de qualidade com padrões e ações eficientes é o que pode assegurar que isso não aconteça. É preciso ter limite, até porque há casos em que o produto não poderá retornar ao processo para ser reparado. A condição das máquinas pode influenciar nas características do produto, assim como a forma de manuseio.
- Estoque - É dinheiro parado, ocupação de espaço, trabalho parado - a não ser que o modelo de produção conte com a existência de estoques. Mas não é só o estoque de produto acabado que conta. Os estoques de produto em processo e matéria prima também ocupam espaço e têm seu custo. É preciso ter estrutura e cuidado para não produzir em excesso sem necessidade.
- Superprodução - Como foi dito aqui, este gera três outros desperdícios: espera, estoque e movimentação. A empresa deve produzir conforme demanda ou previsão de vendas, levando em conta sua capacidade produtiva. É preciso analisar as situações e encontrar a melhor maneira de produzir de acordo com seus recursos.
Como se pode ver, todos os desperdícios envolvem tempo. O tempo é uma variável importante quando se trata de um processo. Há metas a cumprir, prazos... E desperdiçar é jogar recursos fora. Planejamento e algumas precauções podem identificar e ajudar a eliminá-los.