Em dezembro de 2024, a Google revelou o Willow, um chip quântico que, segundo a empresa, opera em múltiplos universos paralelos. Avanços como esse, no setor da computação, prometem revolucionar a maneira como processamos informações. E é claro que, como poderíamos imaginar, já estão provocando debates acalorados sobre as implicações científicas e tecnológicas. Pense bem, estamos diante da possibilidade de resolvermos um dos maiores mistérios da física moderna: a existência de multiverso. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!
A ciência por trás da computação quântica
Antes de tudo, vale destacar que a computação quântica baseia-se em princípios da mecânica quântica, como a superposição e o entrelaçamento. Ela se vale de qubits que, diferente dos bits, que podem variar entre 0 e 1, podem existir em múltiplos estados e isso simultaneamente, o que favorece a resolução de cálculos complexos a velocidades incríveis.
Os qubits entrelaçados ficam interconectados, influenciando uns aos outros. Mas manter esse estado sempre foi muito difícil para a ciência, já que interferências externas podem facilmente causar interrupções. Mas, agora, com novas abordagens, parece que esse desafio pode ter sido superado.
O fundador do projeto Google Quantum AI, Hartmut Neven, afirmou em entrevistas que o novo produto da Google, o chip Willow, é mais rápido e com desempenho extraordinário, que talvez seja até uma evidência de que estamos vivendo em um multiverso. Traduzindo, parece que, em testes, ele teria “capturado” poder computacional de outros universos. Isso indicaria que a computação quântica, em sua essência, ocorre em múltiplos universos paralelos, uma ideia que sempre é debatida no campo da física quântica. Estamos falando em realidades paralelas!
A tecnologia do novo chip Willow
A saber, o novo chip da Google foi projetado para ser, de fato, uma verdadeira revolução no campo da computação quântica. Ele opera com 105 qubits. E sua principal capacidade é realizar cálculos extremamente complexos em uma fração de tempo impensável para os supercomputadores tradicionais. Para se ter uma ideia, o Willow completou em um experimento uma tarefa que levaria 10 septilhões de anos para um supercomputador comum em menos de cinco minutos!
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Pois justamente a velocidade e eficiência do Willow, segundo seus desenvolvedores, são atribuídas à sua capacidade de manter o entrelaçamento quântico por um período suficiente para a realização de cálculos complexos. Inclusive, a capacidade do chip de reduzir erros à medida que o número de qubits aumenta é um passo crucial para a construção de computadores quânticos em larga escala e com correção de erros. Lembrando mais uma vez que um dos principais obstáculos na computação quântica sempre foi a fragilidade dos qubits.
O ceticismo da comunidade científica
A teoria dos universos paralelos é intrigante e um objeto constante de debate e ceticismo na comunidade científica, envolvendo questões sobre os limites da nossa compreensão do universo. Muitos especialistas afirmam que, embora a computação quântica seja um campo promissor, conclusões como a de Hartmut Neven podem ser um pouco apressadas. Talvez o desempenho do Willow não seja extraordinário assim… Fato é que é difícil, por hora, tirar conclusões definitivas sobre o produto e sobre a validade da teoria do multiverso.
A concorrência pelo menos acredita no poder da computação quântica! Por exemplo, neste momento, a Microsoft está fazendo progressos significativos com o Majorana I, seu chip quântico que utiliza qubits topológicos - já falamos dele no Engenharia 360, clique aqui para ler a matéria completa. E a empresa tem planos de escalar seus chips até um milhão de qubits, o que pode transformar a maneira como processamos informações em áreas como criptografia, medicina e ciência dos materiais.
Enfim, estamos vendo uma corrida pela supremacia quântica: Google versus Microsoft! Então, quem ganha?
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As perspectivas para o futuro da computação quântica
O futuro da computação quântica parece vasto e abrangente, principalmente agora que se pode combinar essa tecnologia com tecnologias digitais para criar arranjos híbridos que aumentem a sua eficiência e capacidade de processamento. Estamos à beira de uma revolução tecnológica! É possível que o Willow ofereça provas de que o multiverso existe, abrindo portas para inovações que nunca nem imaginamos serem possíveis. Tem muito “terreno” ainda inexplorado pela ciência. Vamos aguardar para ver o que o futuro nos reserva!
Veja Também: Majorana 1: O Chip Quântico da Microsoft
Fontes: Olhar Digital, Correio Braziliense.
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Eduardo Mikail
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