As Pirâmides do Egito são ícones de engenharia e arquitetura. A sua construção envolve inúmeras histórias e mistérios, mas também descobertas fascinantes. Uma delas, que chamou atenção da imprensa recentemente, de que há indícios de formação de bolhas de plasma sobre a estrutura das Pirâmides de Gizé - complexo que abriga a Grande Pirâmide, a Pirâmide de Quéfren e a de Menkaure, além da Grande Esfinge. Saiba mais sobre essa revelação no artigo a seguir, do Engenharia 360!
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Como as bolas de plasma foram detectadas?
Antes de tudo, vale contar como essas bolhas de plasma foram detectadas sobre as Pirâmides de Gizé. Pois bem, pesquisadores chineses da Academia Chinesa de Ciências usavam um radar chamado LARID (Radar Ionosférico de Longo Alcance em Baixa Latitude) para estudar a ionosfera - camada da atmosfera terrestre que se encontra entre 60 e 1000 km de altitude. Foi neste momento que eles se depararam com estranhas formações diretamente acima das pirâmides.
Por que isso é importante? Pois nunca fora observado nada igual na Terra - e não no espaço, como é de costume.
A descoberta só foi mesmo possível por conta de uma tecnologia tão avançada quanto é o caso do LARID. Esse equipamento pode monitorar irregularidades na ionosfera em tempo real, mesmo a grandes distâncias, superando a limitação da curvatura da Terra. Neste caso, a observação aconteceu a cerca de 8 mil quilômetros, na ilha de Hainan, no mar da China Meridional.
O que são bolhas de plasma?
As bolhas de plasma encontradas nas Pirâmides do Egito também são conhecidas como bolhas de plasma equatoriais (EPBs). Geralmente elas se formam em latitudes baixas, próximo ao equador, e se originam no descolamento das áreas de densidade de plasma diferentes na ionosfera. Com a separação de gás superaquecido, essas bolhas acabam flutuando a cerca de 1 mil quilômetros da superfície da Terra - surgindo no pôr do sol e se dissipando ao amanhecer.
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Então, a região onde estão localizadas as Pirâmides de Gizé é um local onde realmente as chances de registrar alta densidade de plasma é maior. Mesmo assim, nunca tinha sido possível rastrear essas bolhas, que dirá sobre tais monumentos tão icônicos.
Por que a detecção de bolas de plasma é importante?
Revelações sobre as Pirâmides do Egito
A descoberta de bolhas de plasma sobre as Pirâmides do Egito levanta ainda mais questionamentos sobre a interação entre a ionosfera e esses monumentos antigos. Por exemplo, ainda é cedo para afirmar, mas é possível que as pirâmides tenham influência direta sobre a formação das bolhas. Os cientistas devem trabalhar para esclarecer se há mesmo alguma conexão entre esses fenômenos naturais e as antigas construções ou se seria apenas uma consciência.
Nova etapa para o estudo da ionosfera
Assim como o clima terrestre muda de estação para estação, a ionosfera também é afetada por ciclos solares, o que torna a previsão desses fenômenos ainda mais importante.
Neste contexto, o exercício com o radar LARID ajudaria a expandir o conhecimento humano sobre a ionosfera. Veja bem, a observação de bolhas de plasma equatorial sobre as Pirâmides do Egito aconteceu durante uma tempestade geomagnética. E o radar conseguiu superar qualquer limitação de ondas de alta potência, que se refletem nessa camada da Terra e voltam ao solo. Esse nível de precisão pode beneficiar demais a engenharia, como veremos no tópico a seguir.
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Interferências nas comunicações globais
As bolhas de plasma podem causar muitas interferências nas comunicações globais, causando perturbações em frequências de rádio. Isso tende a afetar sinais de GPS e dados enviados por satélites, provocando erros de posicionamento e falhas de transmissão de dados. Por isso, a capacidade de detectar e monitorar essas bolhas em tempo real significa um avanço extremo para a engenharia.
Dominando a ciência das bolhas de plasma, será possível garantir estabilidade e confiabilidade dos sistemas que dependem da transmissão de sinais através da ionosfera.
Implicações futuras da descoberta
Em resumo, a descoberta das bolhas de plasma sobre as Pirâmides do Egito marca um avanço significativo no entendimento da ionosfera. A partir de agora, os cientistas podem monitorar o fenômeno com mais precisão - onde e quando eles vão ocorrer. Também elaborar medidas preventivas. E, por fim, o desenvolver sistemas de engenharia de telecomunicações mais robustos, resistentes a interferências.
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Fontes: Correio Braziliense, TecMundo.
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Eduardo Mikail
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