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Impacto dos Foguetes na Atmosfera: A Polêmica Envolvendo Elon Musk

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por Redação 360
| 14/08/2023 | Atualizado em 16/09/2023 5 min
Imagem reproduzida de SpaceX Photos, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:ORBCOMM-2_(23815832891).jpg

Impacto dos Foguetes na Atmosfera: A Polêmica Envolvendo Elon Musk

por Redação 360 | 14/08/2023 | Atualizado em 16/09/2023
Imagem reproduzida de SpaceX Photos, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:ORBCOMM-2_(23815832891).jpg
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Há pouco tempo, um especialista em física espacial levantou a possibilidade de que um foguete lançado pela SpaceX possa ter criado uma abertura na ionosfera. Registros indicam que a SpaceX já teria desencadeado um evento semelhante em 2017 e 2018, de acordo com relatório da Arts Technica. No entanto, até o momento, a SpaceX não se pronunciou sobre essa questão. Intrigado? Oferecemos detalhes adicionais sobre esse incidente e também exploramos as distintas camadas da atmosfera neste artigo apresentado pelo Engenharia 360. Não perca a oportunidade de conferir!

camadas atmosfera
Imagem reproduzida de SpaceX, via Wikipédia - https://trello.com/b/Wtq2g5j4/reda%C3%A7%C3%A3o-360-engenharia-360

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Quais são as camadas da atmosfera da Terra?

As camadas da atmosfera da Terra e suas altitudes aproximadas são as seguintes:

  • Troposfera: A camada mais próxima da crosta terrestre, onde ocorrem os processos meteorológicos e a vida. A altitude varia de cerca de 7 km nas regiões polares a cerca de 17 km nas regiões trópicas.
  • Estratosfera: A segunda camada, contendo a camada de ozônio que protege contra os raios ultravioleta. Pode alcançar até cerca de 50 km de altura.
  • Mesosfera: A camada mais fria da atmosfera, com temperaturas em torno de -100ºC. Sua altura vai até cerca de 80 km.
  • Termosfera: A camada mais extensa, podendo chegar a 500 km de altitude. É muito quente devido à absorção de radiação solar, com temperaturas próximas a 1000ºC.
  • Exosfera: A camada mais distante da Terra, indo até 800 km de altura, composta principalmente por hélio e hidrogênio. Abriga satélites e telescópios espaciais.

A título de curiosidade, vale destacar que a maior parte do vapor atmosférico está concentrada na troposfera, a camada mais próxima da superfície da Terra. Também que a camada atmosférica mais extensa e quente é a termosfera, devido à absorção intensa de radiação solar, o que eleva suas temperaturas.

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Imagem reproduzida de Cola da Web

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Estratosfera

Como dito antes, a camada da atmosfera estratosfera atua como uma barreira de proteção da Terra. Ela é estável e tem pouco fluxo de ar. Parte dela é a camada de ozônio, a cerca de 20 a 35 quilômetros da superfície do planeta, cuja função é absorver os UV, contra os efeitos nocivos dessa radiação. Sem isso, os raios UV poderiam causar danos à pele, olhos e até mesmo às células das plantas.

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Imagem reproduzida de A Tribuna

É importante notar que os buracos na camada de ozônio são um fenômeno que ocorre principalmente nas regiões polares, causados pelo aumento de gases poluentes, como os CFCs (clorofluorcarbonos). Esses buracos intensificaram devido à atividade humana e a produção exagerada desses gases, mas esforços de substituição têm sido realizados para reduzir o tamanho dos buracos e proteger os seres vivos. Isso envolve regulamentações internacionais e medidas para controlar a produção e o uso desses gases.

A saber, o gás poluente que contribuiu para o aumento do buraco na camada de ozônio é o clorofluorcarbono (CFC).

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Evolução buraco camada de ozônio na atmosfera | Imagem reproduzida de NASA, reprodução YouTube, via Revista Galileu, Globo

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Termosfera

Termosfera, também chamada de ionosfera, é caracterizada pela presença de íons e elétrons livres, resultantes da ionização das moléculas de gás pela radiação solar. Essa ionização é mais intensa durante o dia, quando a radiação solar é mais forte.

A ionosfera é diferente das outras camadas, pois ela é eletricamente condutiva. Isso permite a propagação de ondas de rádio de longa distância, bem como influencia a propagação de sinais de GPS e comunicações via satélite.

Vale dizer que, durante o nascimento do sol, ou seja, durante o amanhecer, a radiação solar começa a ionizar a atmosfera da ionosfera. Isso ocorre porque a energia solar excita os elétrons nas camadas mais altas da atmosfera, liberando-os e criando íons positivos e negativos. Esse processo afeta as propriedades de transmissão de rádio e comunicação na Terra, uma vez que a ionização influencia a reflexão das ondas de rádio na ionosfera.

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Imagem reproduzida de Todo Estudo

Como as fendas ionosféricas podem ser relacionadas aos foguetes lançados?

As fendas ionosféricas são regiões na ionosfera, onde ocorrem perturbações temporárias na densidade de íons e elétrons. Como explicado antes, essas perturbações podem causar distorções na propagação de sinais de rádio e comunicações por satélite que dependem da reflexão das ondas na ionosfera.

Recentemente, as fendas ionosféricas se tornaram mais comuns devido ao aumento significativo no lançamento de foguetes, especialmente por empresas como SpaceX. Esses lançamentos frequentes introduzem ainda mais gases e partículas na atmosfera. É claro que, por isso, Elon Musk, o fundador da empresa, tem recebido críticas por isso, incluindo do pesquisador sênior da Universidade de Boston Jeff Baumgardner.

É importante dizer que os buracos causados na ionosfera são temporários, porque o sol, através de processos naturais de reionização, recompõe gradualmente a densidade de íons e elétrons na região. Acontece assim, quando os foguetes queimam seus motores a altitudes de 200 a 300 quilômetros acima da superfície da Terra, eles liberam esses gases e partículas na ionosfera, perturbando temporariamente sua estrutura.

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Imagem reproduzida de SpaceX Photos, via Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:ORBCOMM-2_(23815832891).jpg

A energia solar ioniza novamente as partículas na ionosfera, preenchendo os buracos criados pelos foguetes. Portanto, essas perturbações não são permanentes e a ionosfera retorna ao seu estado normal com o passar do tempo.

Nota: o fenômeno causado pela SpaceX em 2017 e em 2018 está relacionado ao lançamento do Falcon 9, que gerou um buraco de mais de 900 quilômetros de largura na ionosfera, por duas a três horas.

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Fontes: Folha Pernambuco, UOL.

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