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As abelhas estão morrendo e os drones podem ser a solução. Entenda!

Engenharia 360
por Bernardo Lopes Frizero
| 21/06/2017 3 min

As abelhas estão morrendo e os drones podem ser a solução. Entenda!

por Bernardo Lopes Frizero | 21/06/2017
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As abelhas estão morrendo no mundo inteiro e em uma velocidade alarmante, fato que já vem ocorrendo há alguns anos pelo menos. O que você vai ler agora pode parecer um pouco "Black Mirror", mas - acredite - é verdade!

Mas por que a morte das abelhas é tão importante assim?

Bem, nós dependemos fortemente de abelhas e algumas outras espécies para polinizar as plantas e a taxa de mortalidade desse inseto já está se tornando uma preocupação generalizada. Pensando em reverter essa situação ou ao menos amenizar o problema, uma equipe de cientistas do Instituto Nacional de Ciência Industrial Avançada e Tecnologia (AIST) do Japão desenvolveu uma solução inovadora: drones portando uma espécie de adesivo especialmente projetado que pode pegar e depositar o pólen das plantas.

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A equipe japonesa não está procurando substituir de fato os polinizadores naturais, mas sim ajudá-los em seus esforços de polinização. Eles pensam que, no futuro, quando as populações de abelhas estiverem reduzidas, os drones podem ser capazes de aliviar o árduo trabalho de ter que fazer toda o polinização.

As abelhas estão morrendo e os drones podem ser a solução. Entenda!

Crédito: Aphiterapy News

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Por incrível que pareça, remover ou mesmo depositar o pólen não é uma tarefa das mais complicadas, no entanto o que acaba sendo difícil é o desenvolvimento do material capaz de escolher os esporos corretos e realizar o deslocamento para a próxima planta de forma estável e segura, permitindo que o ciclo de vida das plantas seja completo.
O grupo realizou uma série de testes com um gel iônico para auxiliar nessa missão, utilizando primeiramente em formigas e moscas e hoje a equipe garante que a solução é funcional e viável.
“Ficamos muito surpresos que, após 8 anos, o gel iônico não se degradou e ainda era tão viscoso. Os géis convencionais são principalmente feitos de água e não podem ser usados ​​por muito tempo, por isso decidimos usar esse material para pesquisa”, disse Miyako, um dos fundadores do projeto.

Segundo Miyako, quando perguntado se seria possível que abelhas e drones trabalhassem juntos, a resposta foi positiva, complementando que se espera que com o tempo as abelhas se acostumem cada vez mais com a presença dos drones em seu habitat natural.

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+Ponto de vista contrário

Outros cientistas não vêem drones como uma solução realista para o problema polinizador da humanidade. O biólogo David Goulson da Universidade de Sussex, no Reino Unido, apontou que o que deve ser feito é cuidar corretamente das abelhas, e não simplesmente "planejar sua morte".
"Eu diria que é extremamente improvável que poderíamos produzir algo tão barato ou tão eficaz como a polinização das abelhas, algo que por sinal já ocorre há mais de de 120 milhões de anos.  Considere apenas os números: existem cerca de 80 milhões de colmeias de abelhas em todo o mundo, cada uma contendo talvez 40.000 abelhas através da primavera e verão. Isso adiciona até 3,2 trilhões de abelhas. Alimentam-se de graça e ainda nos dá o mel como um bônus. Qual seria o custo de substituí-las efetivamente por robôs?", disse Goulson.
Independentemente disso, sabemos que temos um problema de polinizadores, e contamos com esses pequenos insetos para polinizar 70 por cento das nossas culturas, de acordo com um relatório elaborado pela União Internacional para a Conservação da Natureza. Sendo ou não os drones parte da solução, algo deve ser feito, já que sabemos as abelhas estão morrendo em todo o mundo a um ritmo alarmante e isso pode ser extremamente prejudicial para todos.


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Fonte: Gizmodo

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Bernardo Lopes Frizero

Redator de conteúdo voluntário do Engenharia 360. Contribuiu para o site com a elaboração de textos diversos com temas relacionados ao mundo das engenharias.

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