Ao longo da história, a arqueologia tem desenterrado muitos objetos fascinantes que só provam cada vez mais a engenhosidade e a criatividade das civilizações antigas. Contudo, a função de alguns artefatos antigos permanece uma incógnita, desafiando a compreensão de engenheiros e outros cientistas quanto ao nosso passado, levando-os a especular sobre capacidades tecnológicas e possíveis práticas culturais. O artigo a seguir, do Engenharia 360, explora cinco desses elementos enigmáticos. Tente desvendar seus segredos!
Cinco artefatos antigos que não se sabe para que servem
Em um artigo publicado no site The Conversation, a pesquisadora Natasha Harlow, do Departamento de Arqueologia da Universidade de Nottingham, apresentou cinco artefatos antigos que ninguém - até agora - sabe para que servem. E ela provoca a todos que tentem decifrar esse enigma. Segue a lista:
1. Bolas Neolíticas da Escócia
Essas pequenas esferas de pedra foram encontradas em sepulturas e assentamentos do período Neolítico (3200-2500 a.C.) localizados na Escócia. Elas apresentam detalhes decorativos entalhados, que variam de espirais a formas concêntricas. Mas as peças raramente são idênticas ou formam algum conjunto. Então, para que serviriam? Algumas hipóteses levantadas incluem armas, brinquedos, pesos de medida, adornos e até mesmo rolamentos para mover megalitos ou suportes para fios de tear. O que você acha?
2. Dodecaedros Romanos
Esses artefatos antigos são datados entre os anos de 43 e 410 d.C. e fazem relação ao Império Romano, encontrados em vários países europeus - sendo a última descoberta na Grã-Bretanha. Eles são feitos de liga de cobre, possuem uma forma fascinante (com doze faces pentagonais, cada um com um buraco no meio) e geralmente não apresentam qualquer sinal de desgaste que identifique seu uso específico.
Aliás, é importante dizer que não existem menções sobre os dodecaedros em textos ou obras de arte antigas. Por isso, este é mais um tipo de objeto sem função exata conhecida. Alguns supõem que sejam armas, outros brinquedos e até calendários agrícolas. Porém, o mistério continua!
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3. Tambores de Giz Neolíticos
Mais um exemplo de artefatos antigos do período Neolítico e sem uma explicação. Esses tambores foram descobertos em 1889, em uma tumba de uma criança em Folkton, no norte da Inglaterra. Eles são feitos de giz, possuem formato cilíndrico e decorações geométricas que sugerem olhos, narizes e sobrancelhas. Apesar de terem ganho um nome sugestivo, não parecem ser instrumentos de percussão, já que não apresentam sinal de desgaste mecânico. Alguns estudiosos sugerem que são associados à observação astronômica.
4. Aneis-ferradura da Idade do Bronze
Esses pequenos aneis de ouro foram encontrados na Irlanda, Reino Unido e França. São, provavelmente, da Idade do Bronze (1000-800 a.C.). E apresentam designs lisos ou com delicadas gravações geométricas.
Numa primeira olhada, poderíamos dizer que são brincos, ornamentos nasais ou para cabelo. Mas para Natasha Harlow, essas sugestões parecem incorretas, pois um design como esse parece difícil ou incômodo de usar para tais funções. Então, seu propósito poderia ser bem diferente, talvez mais relacionado à engenharia, como de ferramentas para trabalhos delicados. Intrigante, não?
5. Almofarizes Romano-Britânicos
Por último, nesta lista de artefatos antigos, apresentamos estas pequenas estatuetas. Elas também foram encontradas na Grã-Bretanha e parecem pertencer ao período de domínio romano (100 a.C. a 200 d.C.). São feitas de liga de cobre e apresentam formatos variados, como de aves aquáticas a bovinos, além de motivos fálicos que remetem à fertilidade. Acredita-se que possam estar relacionados à produção de medicamentos, afrodisíacos, cosméticos ou narcóticos.
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Neste caso, o mistério está mais relacionado ao conteúdo que era processado em tais almofarizes (utensílios que servem para moer ou esmagar). Até agora, não foi possível identificar os materiais exatos, deixando uma lacuna significativa no entendimento de sua função prática.
A saber, hoje os almofarizes são considerados equipamentos essenciais em laboratórios de química e biologia, utilizados para triturar, misturar ou homogeneizar amostras diversas.
A fabulous Romano-British cosmetic grinder with animal head terminals. One in the shape of a bull, the other a swan or duck. Copper alloy. 1st century AD (?) Found at Hockwold in Norfolk. Image: British Museum. pic.twitter.com/nj6RDUKITn
— Alison Fisk (@AlisonFisk) February 21, 2021
A pesquisa arqueológica, aliada à engenharia e outras áreas do conhecimento, deve um dia ser capaz de desvendar os segredos relacionados a esses artefatos antigos. Para isso, certamente será preciso realizar análises mais detalhadas, experimentos e simulações - só possíveis graças às novas tecnologias.
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Eduardo Mikail
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