Engenharia 360

Mundo ultrapassa a marca de 1,6°C: Entenda o que isso significa para a engenharia?

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por Redação 360
| 13/01/2025 4 min
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Mundo ultrapassa a marca de 1,6°C: Entenda o que isso significa para a engenharia?

por Redação 360 | 13/01/2025
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Em um momento crítico da história da humanidade, o mundo ultrapassou a marca de 1,6°C em relação aos níveis pré-industriais. Este aumento de temperatura não é apenas um número; é um sinal alarmante das mudanças climáticas que já estão afetando diversas regiões do planeta, especialmente os países tropicais como o Brasil. Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar o que significa essa mudança para a engenharia e como os profissionais da área podem se preparar para enfrentar os desafios impostos por esse novo cenário climático.

O que significa ultrapassar 1,6°C?

O aumento de 1,6°C representa uma violação do que foi considerado um limite seguro para o planeta. O Acordo de Paris, assinado em 2015, estabeleceu que o aumento da temperatura global deveria ser mantido abaixo de 2°C para evitar consequências catastróficas. No entanto, a realidade atual indica que estamos nos aproximando rapidamente desse limite crítico.

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mudanças climáticas versus engenharia
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Consequências diretas

  • Mudanças climáticas extremas: O aumento da temperatura está associado a eventos climáticos extremos como secas severas e chuvas torrenciais. Em 2024, por exemplo, o Brasil enfrentou a pior seca de sua história recente ao mesmo tempo em que outras regiões sofriam com inundações devastadoras.
  • Impactos na saúde: O calor extremo não afeta apenas a natureza; ele também representa riscos diretos à saúde humana. As ondas de calor podem causar desidratação e agravar doenças respiratórias.
  • Perda de biodiversidade: Ecossistemas inteiros estão em risco. A fauna e flora que não conseguem se adaptar rapidamente às mudanças climáticas podem desaparecer.

Como isso está afetando o Brasil?

O Brasil é um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas. Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que algumas regiões do país já experimentaram aumentos de temperatura superiores a 2,2°C nos últimos 80 anos.

O Brasil enfrenta desafios climáticos significativos devido à sua extensão territorial e diversidade. ados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que algumas regiões do país já experimentaram aumentos de temperatura superiores a 2,2°C nos últimos 80 anos. E essas ondas de calor afetam rodovias e ferrovias, exigindo adaptações na infraestrutura de transporte. Além disso, a dependência de hidrelétricas torna o setor energético vulnerável a secas, demandando maior diversificação com fontes renováveis, como solar e eólica, para garantir a segurança energética.

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Aumento das temperaturas por bioma

  • Pantanal: 2,2 °C
  • Mata Atlântica: 1,72 °C
  • Cerrado: 1,61 °C
  • Caatinga: 1,3 °C
  • Pampa: 0,62 °C

Esses aumentos têm resultado em uma série de desastres naturais. Em 2024, o Brasil registrou 1.600 ocorrências relacionadas a desastres climáticos, evidenciando a urgência da situação.

Quais impactos das mudanças climáticas na Engenharia?

A engenharia enfrenta desafios sem precedentes devido ao aumento das temperaturas globais. Os profissionais da área precisam se adaptar rapidamente para mitigar os impactos das mudanças climáticas.

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Infraestrutura

Eventos climáticos extremos, como ondas de calor, tempestades intensas e inundações, exigem que as estruturas sejam projetadas para suportar condições mais severas. A falta de resiliência pode levar a falhas catastróficas, colocando vidas em risco e gerando prejuízos econômicos significativos.

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Construção civil

O aumento das temperaturas pode comprometer a integridade de materiais tradicionais. Por exemplo, o asfalto pode amolecer em calor extremo, resultando em deformações nas vias. Além disso, a expansão térmica pode afetar a estabilidade de pontes e edifícios.

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Energia

Com temperaturas mais altas, há um aumento na demanda por sistemas de resfriamento em edificações, pressionando as redes elétricas e elevando os custos operacionais. Isso destaca a necessidade de soluções de eficiência energética e fontes de energia sustentáveis.

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Urbanismo

Cidades enfrentam o desafio das ilhas de calor urbanas, onde as áreas construídas registram temperaturas mais elevadas do que as zonas rurais circundantes. Isso requer estratégias de urbanismo que incluam mais áreas verdes e materiais refletivos para mitigar o aquecimento.

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Quais estratégias da engenharia para enfrentar os desafios?

A engenharia precisa desenvolver infraestruturas resilientes para enfrentar eventos climáticos extremos. Isso inclui edifícios sustentáveis que reduzam a pegada de carbono, sistemas de drenagem mais eficientes contra inundações e investimentos em energia renovável para diminuir emissões de gases. O planejamento urbano deve priorizar espaços verdes para mitigar o calor, mobilidade sustentável com transporte menos poluente e soluções hídricas para regiões com secas.

A adoção de materiais reciclados, tecnologias verdes, como energia solar e mobilidade elétrica, e a formação de profissionais capacitados são fundamentais. Além disso, políticas públicas devem incentivar práticas sustentáveis e investimentos em infraestrutura resiliente.

O que é preciso fazer para frear o avanço das temperaturas?

Reduzir as emissões de gases do efeito estufa é essencial para conter o avanço das temperaturas, mas exige ações globais coordenadas. Para isso, os países devem cumprir e ampliar os compromissos do Acordo de Paris, incluindo metas agressivas de redução de emissões e uma rápida transição para tecnologias limpas. A inovação tecnológica também é crucial, com destaque para a captura de carbono e práticas agrícolas sustentáveis que minimizem emissões e fortaleçam os cultivos.

Veja Também: Como as Mudanças Climáticas Impactam a Engenharia?


Fontes: G1.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Eduardo Mikail

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