O Dia do Trabalho em 1º de maio dá a largada a várias campanhas salariais como de praxe, e os engenheiros não ficarão de fora. Além de salários mais justos, marca a corrida também por emprego, já que os números de demissões de engenheiros são alarmantes!
O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) vai discutir a renovação dos acordos coletivos de trabalho de quase 100 mil engenheiros no Estado. O 16º Seminário de Abertura das Campanhas Salariais dos Engenheiros do Estado de São Paulo marca o início das discussões.
A iniciativa tradicionalmente abre as campanhas salariais dos engenheiros e tem por objetivo sedimentar o caminho do diálogo com os interlocutores da entidade à mesa de negociação.
“O objetivo da nossa atividade é traçar um panorama do cenário socioeconômico e político no qual as negociações acontecerão e, principalmente, reforçar a disposição ao diálogo como meio de superação dos desafios existentes”, observa o presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro.
+ Demissões de engenheiros na contramão
Contudo, a busca por uma base salarial melhor, comum em todos os anos, não acontece só em São Paulo, não. Aliás, a corrida é contra o desemprego!
Com a crise econômica no Brasil - que agora extravasou para o âmbito político -, o setor de engenharia também ficou desestabilizado.
Uma matéria do portal da BBC em março deste ano, mostra que muitos engenheiros têm buscado alternativas de emprego em outras áreas para driblar a situação. Para se ter uma ideia do quão desesperador têm sido, alguns se tornaram motoristas do Uber, segundo a publicação.
Números do Ministério do Trabalho exibem 58.808 demissões de engenheiros no Brasil em 2015. Se tirarmos as contratações, que foram 38.245, o saldo é um adicional de 20.563 engenheiros sem emprego.
A indústria como um todo ficou muito defasada, tendo piora nos setores de construção civil, óleo e gás.
Segundo dados do IBGE, o PIB (Produto Interno Bruto) do país teve uma retração de 3,8 % em 2015. É a pior recessão desde 1996.
Apesar das estatísticas alarmantes, Murilo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros paulista e da Federação Nacional dos Engenheiros, tenta acalmar os profissionais de engenharia: "Hoje temos um momento de crise que tem de ser passageiro. O Brasil é maior que tudo isso e o engenheiro terá um papel essencial para que o país volte a crescer", diz Pinheiro.
E você, acredita que a crise vai passar logo e que o mercado de trabalho se aquecerá novamente de forma rápida? Comente aí embaixo!
Fonte: BBC
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Clara Ribeiro
Jornalista especializada em arquitetura e engenharia. Ávida consumidora de informação; viciada em produzir conteúdo; amante das letras, das artes e da ciência.