Para aqueles que apreciam uma pegada mais esportiva e aventureira, os carros do tipo sedã, às vezes, não são tão atraentes. Ainda mais quando é adicionado a questão do preço.
Mas, e se de fato fosse possível combinar um desempenho interessante, sofisticação e de quebra um acabamento esportivo tanto interno quanto externo?
Se você busca tudo isso, uma boa pedida pode ser o Virtus GTS, que só saiu do papel graças a José Carlos Pavone, que é o chefe de design da Wolksvagen no país, considerado o "pai do projeto". A seguir, vamos analisar as características mais marcantes desse modelo.
Mas antes, vale uma curiosidade: a sigla GTS, consagrada na década de 1980, significa Gran Turismo Sport, e traz uma espécie de "releitura" para os modelos atuais, Polo e Virtus, do que era, para os mais entusiastas da Volkswagen, o Gol GTS.
Depois de apresentar o Polo GTS, chega a vez do Virtus ganhar a nomenclatura
Aerodinâmica
Apesar de surpreendentemente macio para um esportivo, a versão GTS possui calibração mais esportiva de suspensão em relação aos demais Virtus – molas, amortecedores, barra estabilizadora e até o eixo de torção traseiro são diferentes para dar uma tocada mais firme e responsiva. A altura em si foi preservada para não prejudicar o vão livre do solo nem os ângulos de entrada, central e de saída.
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Ainda, possui um seletor de modos de condução com quatro opções: Eco, Normal, Sport e Individual, que resumidamente alteram as respostas do câmbio e da direção, além do emulador de ronco.
Suas respostas de acelerador e direção também são diferentes, no modo Sport, a assistência elétrica da direção interfere de maneira muito sutil, tornando-a um pouco mais dura para os padrões considerados regulares, apesar dos demais modos já terem uma comunicação bastante satisfatória. É possível perceber que a carroceria inclina e, no limite, o bloqueio eletrônico do diferencial entra em ação para trazer o carro para dentro da curva. Apesar da pegada esportiva, o Virtus GTS possui um comportamento neutro e seguro.
Motor
O preço, que a primeiro momento assusta (R$104.940,00), é justificado pelo motor de motor 1.4 turbo capaz de entregar 150 cv e 25,5 kgfm de torque (tanto com etanol quanto gasolina), o mesmo usado em T-Cross, Jetta e Tiguan.
O motor possui um turbocompressor com interresfriador. Além disso, possui outras tecnologias, como injeção direta de combustível, quatro válvulas por cilindro, variador de fase na admissão e escapamento, duplo comando de válvulas e, bloco e cabeçote de alumínio.
Independente do combustível utilizado, ele gera os mesmos números de potência e força que são 150 cavalos de potência, entregues entre 4.500 e 6.000 rpm, e 25,5 kgfm de torque, que vai de 1.400 a 4.000 giros.
Junto com o propulsor turbo flex está o câmbio automático AQ 250-F, com seis marchas e conversor de torque. Essa transmissão também é a mesma usada no T-Cross e Jetta (que nós já testamos, clique aqui para conferir). A quem desejar, tem a opção de troca manual de marcha por meio de paddle shifts localizados atrás do volante.
De acordo com a Volkswagen, o câmbio automático de seis marchas recebeu uma calibração de software específica para a linha GTS, bem como o motor. Tudo para atender ao público que deseja um carro mais esportivo.
Desempenho
O Virtus GTS consegue entregar bons números de desempenho, ainda mais para aqueles que buscam um sedã com uma pegada esportiva e ao mesmo tempo familiar. Abaixo, destacam-se o seguintes itens:
- Aceleração de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos com gasolina ou etanol;
- Velocidade máxima de 210 km/h com gasolina ou etanol;
- Aceleração de 0 a 1.000 metros em 29,8 segundos com gasolina ou etanol;
- Retomada de 80 a 120 km/h (kick-down) em 6,1 segundos com gasolina ou etanol.
- Não possui ruído em excesso. Consegue performar 14 km/l na estrada, devido o seu motor turbinado e do seletor de modo de condução.
Design
De cara já é visível alguns detalhes interessantes como rodas, para-choques, saias, que demonstram a sua sofisticação atrelada a esportividade. O detalhe que mais chama a atenção é a linha vermelha que nasce dentro dos faróis e atravessa a grade, além das maçanetas e retrovisores pretos.
Na parte interior do veículo, o mesmo possui pedaleiras esportivas, detalhes vermelhos nas saídas de ar, grafia exclusiva do painel de instrumentos digital.
Na parte externa possui um friso vermelho e o logo GTS na grade dianteira, para-choque, rodas de liga aro 17, faróis e lanternas com iluminação em led, além de um pequeno aerofólio sobre a tampa do porta-malas.
O acabamento é bem aprimorado, que para alguns é até melhor do que o da versão Highline - versão mais equipada da linha padrão do carro - e os bancos no formato "concha" trazem uma mistura de couro e tecido com o encosto. Mas, com bastante plástico, como já é conhecido no padrão Volkswagen.
Ficha técnica
Preço: R$ 108.670;
Motor: flex, dianteiro, longitudinal, 4 cilindros, turbo, injeção direta, DOHC, 16V, 1.395 cm³; 74,5 x 80 mm, 10:1, 150 cv a 4.500 rpm, 25,5 mkgf a 1.500 rpm;
Câmbio: automático, 6 marchas; tração dianteira;
Suspensão: McPherson (dianteira)/eixo de torção (traseira);
Freios: disco ventilado (dianteiro) e sólido (traseiro);
Direção: elétrica; diâmetro de giro, 10,9 m;
Rodas e pneus: liga leve, 205/50 R17;
Dimensões: comprimento, 448,2 cm; largura, 175,1 cm; altura, 147,2 cm; entre-eixos, 265,1 cm; vão livre do solo, 14,9 cm; peso, 1.260 kg; tanque, 52 l; porta-malas, 521 l.
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