A biologia sempre inspirou muitos recursos tecnológicos que fazem ou já fizeram parte das nossas vidas. O mais recente é o Tunabot, um atum robótico que pode imitar a velocidade e os movimentos do atum albacora. Esse robô pode dar a largada em novas pesquisas envolvendo veículos aquáticos e auxiliar em várias outras pesquisas, como defesa e exploração de recursos marinhos.
Os engenheiros responsáveis pelo robô são da Escola de Engenharia da Universidade da Virgínia. Eles trabalharam em parceria com biólogos da Universidade de Harvard. O projeto veio de uma iniciativa de pesquisa que envolve 7,2 milhões de dólares e o objetivo é estudar a natação rápida e eficiente de diferentes peixes e entender a parte mecânica da propulsão de peixes. Isso pode auxiliar no desenvolvimento de próxima geração de veículos aquáticos com algo mais eficiente que as hélices.
A primeira parte envolve compreender como os peixes e outros seres aquáticos se movimentam, entendendo a ciência por trás da natação biológica. Para isso, foi preciso estudar a mecânica biológica de nadadores de alto desempenho, medindo a dinâmica da natação do atum albacora e da cavala (que é um peixe, e não um “cavalo fêmea”) com precisão.
Os testes foram realizados em um grande tanque em um dos laboratórios do prédio de Engenharia Mecânica da Universidade da Virgínia. Enquanto o Tunabot tem pouco mais de 25 centímetros de comprimento, o atum original pode chegar a mais de 2 metros. Uma linha de pesca mantém o robô estável, enquanto uma luz laser verde mede o movimento do fluido à medida que o Tunabot nada. O corpo e a cauda se movem à medida que a corrente de água aumenta no tanque.
Os dados foram usados para dar origem ao Tunabot, um robô que mexia as nadadeiras rápido o suficiente para atingir velocidades equivalentes a desses peixes. A diferença do Tunabot para outros peixes robóticos é que esses outros não envolvem a parte da engenharia com a biologia de forma tão profunda.
As descobertas feitas a partir do Tunabot beneficiam não só a robótica e o futuro de veículos aquáticos, como também as pesquisas realizadas por biólogos, de modo que a sua multidisciplinaridade é visível. Essa integração entre diversas áreas de pesquisa é uma das características da Engenharia e que permite que ela seja capaz de mudar o mundo e promover qualidade de vida para a população de modo geral.
Veja o artigo da pesquisa.
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Fontes: Science Daily, News 18.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.