O chamado “texting”,
que nada mais é do que o cotidiano ato de “enviar mensagem”, tornou-se uma
reconhecida forma de comunicação, seja lá por qual aplicativo se dê. Pensando
nisso, entender a velocidade em que o texting
ocorre é fundamental na caracterização do comportamento dos usuários,
permitindo compreender seus hábitos e demandas e, por consequência, evoluir no
serviço.
Pensando nisso, um estudo de velocidade de digitação foi
conduzido e detectou que as pessoas estão digitando cada vez mais rápido em
smartphones e essa velocidade está quase atingindo a mesma que a de um teclado
de computador. Vem com a gente conferir!
Teste de velocidade de digitação:
O estudo, o maior até o momento, foi realizado com mais de
37.000 participantes, que fizeram um teste on-line no typingmaster.com, responsável
por comparar a velocidade de mensagens de texto com aquelas digitadas em um
teclado convencional, daqueles de computador.
A maioria dos participantes eram mulheres de vinte e poucos anos dos
EUA. No entanto, o estudo também abrangeu pessoas de todas as idades e de mais
de 160 países diferentes.
Foi solicitado que a digitação fosse realizada o mais rápido
possível. A equipe registrou os toques no teclado enquanto os participantes
transcreviam frases diferentes. Os pesquisadores foram capazes de monitorar sua
velocidade de digitação, erros e outros fatores relacionados ao comportamento
de digitação.
Anota aí:
O estudo indicou que usuários que digitam com dois polegares
atingem 38 palavras por minuto em média. Isso indica que a velocidade de texting é apenas cerca de 25% menor do
que as velocidades de digitação observadas em um estudo semelhante em grande
escala de teclados físicos.
Em um teclado convencional, é possível obter até 100
palavras por minuto, mas a proporção de pessoas que realmente alcança isso vem
diminuindo. A maioria dos usuários de teclados físicos atinge entre 35 e 65, o
que acaba sendo compatível com a média em smartphones.
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Em todas as suas pesquisas, a velocidade mais rápida que os
pesquisadores viram em uma tela sensível ao toque foi de alguém capaz de digitar
85 palavras por minuto. Notavelmente rápido para texting.
Adaptação dos mais velhos, familiaridade dos mais jovens:
Os resultados mostraram que a diferença entre a velocidade de digitar em smartphones e fazer o mesmo em teclados convencionais está diminuindo. Além disso, pesquisa permitiu perceber que crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos digitam aproximadamente 10 palavras por minuto mais rápido que qualquer outra pessoa. Agora há embasamento científico, com dados empíricos, para que a gente diga que digitar devagar é coisa de gente mais velha. “Porque na minha época...”
Dois polegares ou indicador?
Outra variante da velocidade de digitação foi se os participantes usaram dois polegares durante a digitação ou apenas um dedo durante o texting. Em um teclado de computador há muitos outros em jogo.
Acontece que mais de 74% das pessoas digitam com dois
polegares e são realmente mais rápidas ao digitar. Além disso, quando as
pessoas usam a correção automática, elas também digitam mais rapidamente do que
aquelas que escolhem soletrar cada palavra.
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Corrija se eu estiver errada:
O entendimento da equipe quanto ao uso de corretores é que técnicas como a conclusão de palavras ajudam as pessoas, mas o tempo gasto pensando nas sugestões de palavras geralmente supera o tempo que levaria para você digitar as letras, tornando-o mais lento em geral.
A maioria dos usuários usa algum tipo de suporte inteligente e, muitas vezes, os corretores alimentam algoritmos de inteligência artificial, que aprendem cada vez mais. Apenas 14% das pessoas digitam sem correção automática, sugestões de palavras ou digitação por gesto.
A forma mais rápida para digitar em smartphones, de acordo com o estudo, foi usando dois polegares e com correção automática. Experimente você mesmo o teste aqui e descubra sua própria velocidade de digitação.
Fonte: MobileHCI 2019
Leia também: O curioso caso do lento e popular teclado QWERTY.
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Kamila Jessie
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.