A teoria mais aceita atualmente para a origem do Universo, baseada em um grande conjunto de evidências, é a famosa Teoria do Big Bang. De acordo com ela, tudo começou com um pequena singularidade muito quente e densa que inflacionou por aproximadamente 13,8 bilhões de anos e chegou até o Universo que vemos hoje. Infelizmente, nossas análises estão presas à tecnologia atual e conhecemos a evolução do cosmo somente a partir de 400 mil anos depois de seu início. Antes disso, é um mistério. Porém novas descobertas podem mudar esse cenário.

Um artigo publicado em 2018 por Roger Penrose e demais estudiosos da astronomia traz à tona uma teoria conhecida como Cosmologia Cíclica Conforme (CCC). Ela propõe que a história do Universo é uma sequência de um Universo anterior. Ou seja, o final de um ciclo se encaixa com o começo do próximo.

Para chegar à teoria, o estudo utilizou a variação de temperatura do mapa da CMB. Ele consiste em um importante dado sobre o Universo primitivo, pois marca a radiação eletromagnética mais antiga. Nele, foram encontradas evidências que supostamente seriam a prova da existência de objetos anteriores - mais especificamente buracos negros supermassivos, que teriam evaporado em outros Universos. Seriam marcas do passado.

Segundo o artigo, a concordância entre a partícula esperada pela CCC e os dados coletados foi de 99,98%. Isso quer dizer que a descoberta dá créditos à teoria, uma vez que tais evidências já eram esperadas. Os estudiosos se mostraram esperançosos com o avanço desse pesquisa: "Parece-nos que essa análise das inclinações da temperatura no mapa do CMB fornece uma indicação inicial significante da natureza sobre as regiões anômalas e abre-nos uma nova porta das cosmologias, independente da validade da CCC. No entanto, é difícil de acreditar que eles encontrarão uma explicação natural a partir do quadro inflacionário convencional". Para os credores da CCC, esse estudo foi de grande importância para as astronomia em geral. E creem que será difícil encontrar soluções diferentes das dadas pela teoria para explicar essas evidências.
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Rafael Panteri
Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia. Parte da graduação em Shibaura Institute of Technology - Japão.