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Conversando com os Mortos: Videochamadas com Entes Queridos Agora é Possível!

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por Redação 360
| 27/05/2024 4 min
Imagem gerada pela IA de Microsoft Bing

Conversando com os Mortos: Videochamadas com Entes Queridos Agora é Possível!

por Redação 360 | 27/05/2024
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O avanço das tecnologias tem nos trazido muitas alegrias. Uma que talvez nem pudéssemos imaginar é poder rever nossos entes queridos já falecidos. Isso hoje é considerado possível graças ao surgimento da tecnologia de IA (Inteligência Artificial). Só ela pode ultrapassar completamente a barreira entre o mundo físico e o digital. E algumas empresas já se deram conta disso e estão tornando a ideia das "videochamadas com os mortos" um "produto" a ser explorado pela indústria.

No artigo a seguir, do Engenharia 360, exploramos essa fascinante e controversa tecnologia, considerando suas implicações culturais, éticas e a revolução do mercado das deepfakes. Confira!

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Tecnologia de IA
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A ascensão da clonagem digital

"Clonagem digital", é assim que os cientistas estão chamando esta nova vertente, por assim dizer, do trabalho com Inteligência Artificial. O começo dessa história partiu de Zeyi Yang, repórter da MIT Tech Review. Ele realizou uma entrevista para a emissora NPR destacando essa nova investida da indústria na China. Parece que os enlutados estavam dispostos a pagar alto para adquirir réplicas digitais dos seus entes queridos já falecidos.

Um dos pioneiros dessa tecnologia é Sun Kai, cofundador da Silicon Intelligence em Nanjing. Em 2019, ele perdeu sua mãe; foi quando o empresário pediu que sua equipe criasse um avatar digital dela. O resultado parece pouco rudimental e repetitivo, mas trouxe um conforto significativo à família. Seguindo o exemplo da Silicon Intelligence, a empresa Super Brain também passou a investir em avatares 3D realistas e modelos de diálogos simulados com base em dados coletados da vida das pessoas.

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A tecnologia de IA para clonagem digital

A aceitação dessa tecnologia de IA para clonagem digital depende muito, claro, das questões de tradição e crenças culturais de um povo. Os chineses, por exemplo, reverenciam demais os seus antepassados e a prática de comunicação com os espíritos dos mortos. Por isso, os cientistas conseguiram uma brecha para desenvolver a clonagem digital, combinando Grandes Modelos de Linguagem (LLMs). A Super Brain, por exemplo, lançou o conceito da "moldura fotográfica de IA" de animação para tablet Android.

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A saber, quanto mais dados - fotos, vídeos, gravações de áudio e textos - são inseridos na IA, mais precisa e convincente será a réplica.

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Até agora, o que se conseguiu foram modelos de avatares mais rígidos e robóticos. Mesmo assim, as pessoas receberam bem os resultados, porque estão tristes e com saudades; então, meio que as imperfeições acabam sendo quase que ignoradas. Além disso, as aplicações da clonagem digital podem ir além do luto, como criação de experiências interativas com figuras históricas ou celebridades. Mas o foco ainda é, sem dúvidas, o suporte emocional e psicológico para pessoas em situações difíceis.

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Implicações éticas, sociais e legais

A criação de avatares digitais de falecidos levanta questões éticas. Existe, em primeiro lugar, a reflexão sobre a memória da pessoa que já partiu, a exploração de imagem de quem não tem mais voz, o consentimento da família, a autenticidade da criação, o potencial manipulação e a privacidade de dados. 'Respeito' é uma palavra muito citada nos debates.

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No Brasil, ainda é preciso a regulamentação ou frameworks regulatórios desse tipo de tecnologia. A legislação atual deve evoluir para incluir a autorização prévia da pessoa falecida ou de seus herdeiros, prevenindo a manipulação da imagem e personalidade após a morte de maneira que desrespeite a memória do indivíduo.

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O futuro da clonagem digital

Os especialistas de mercado acreditam que a tecnologia de IA para clonagem digital dos mortos deve evoluir para, em breve, conseguir criar avatares mais realistas e interativos. Assim, desse modo, conquistando cada vez mais pessoas ao redor do mundo, transcendendo fronteiras culturais e introduzindo uma nova maneira de lidar com o luto. Contudo, outros alertam que ainda é preciso que a psicologia e a antropologia investiguem mais como essas interações afetam o processo de luto e a saúde mental dos enlutados.


Fontes: Olhar Digital, IBDFAM, Terra.

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