Engenharia 360

Sony está desenvolvendo controle VR que reconhece movimento dos dedos

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por Kamila Jessie
| 21/05/2020 | Atualizado em 26/05/2020 3 min

Sony está desenvolvendo controle VR que reconhece movimento dos dedos

por Kamila Jessie | 21/05/2020 | Atualizado em 26/05/2020
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Um relatório dos engenheiros de software da Sony revelou que a empresa está desenvolvendo um sistema de movimento de realidade virtual altamente imersivo, que provavelmente será usado em sua próxima geração de controles de PlayStation. A novidade? Os controles empregariam tecnologia de rastreamento de dedos.

Antes de qualquer coisa: o que esperar de tecnologias de AR e VR?

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Controle VR Sony. Imagem: Sony Interactive Entertainment Inc.
Reprodução dos movimentos pelo controlador. Imagem: Sony Interactive Entertainment Inc.

VR na palma da mão (e nos dedos também)

Não espere que esses controladores sejam lançados junto com o PlayStation 5 neste ano. Ainda não está evidente se esses controles serão sucessores do PlayStation Move ou parte do kit do PlayStation VR 2 ou algo completamente diferente. De qualquer forma, pelo menos agora podemos ver esse sistema de controladores com rastreamento de dedos em ação, pois pesquisadores da Sony disponibilizaram o conteúdo em vídeo:

O vídeo consistiu de material suplementar a um artigo científico intitulado “Avaliação de Técnicas de Aprendizagem de Máquina para Estimativa de Posições da Mão em Dispositivo Portátil com Sensor de Proximidade”. Nesse trabalho, os pesquisadores detalham como equiparam um protótipo com sensores capacitivos de proximidade, que determinam a posição das mãos do jogador. Essa informação que é então replicada em tempo real na realidade virtual.

Experimentos controlados (literalmente)

A equipe de pesquisadores da Sony construiu um protótipo de controlador manual com 62 eletrodos incorporados e registrou conjuntos de dados de treinamento com um sistema de monitoramento óptico. Eles capturaram movimentos das mãos de 12 indivíduos, cada um com diferentes tamanhos de mãos, para considerar particularidades de diferentes cenários.

O vídeo do protótipo mostra a mão do usuário e sua representação digital, fazendo vários gestos, como abrir e fechar, contar, rotação do polegar, abrir os dedos, sinal de paz e esticar o polegar e o mindinho (simbolizando uma ligação telefônica). Ele pode reconhecer uma mão segurando o dispositivo controlador e levantando ou jogando um objeto. Desse modo, a equipe desenvolvedora revela que essa tecnologia poderia ser usada para “comunicação não-verbal” também no mundo virtual.

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Dimensões do protótipo do controlador VR. Imagem: Sony Entertainment, Inc.
Dimensões do protótipo do controlador VR. Imagem: Sony Entertainment, Inc.

Apontando para o futuro em VR

O pessoal da Sony enxerga o protótipo como promissor, principalmente porque ele mantém sua precisão mesmo em circunstâncias como quando a mão do operador começa a suar (muito provável em jogadores), ou se o usuário estiver usando anéis, relógios ou acessórios similares. Entretanto, os pesquisadores ainda estão com dificuldades para replicar certos movimentos, especialmente quando os dedos do jogador estão mais distantes da superfície do controle. É para se agarrar à ideia, com o perdão do trocadilho.

Mas vale lembrar que a Sony não está só nessa: no ano passado, a empresa licenciou uma tecnologia háptica avançada para controladores VR que é capaz de simular “sensações de empurrar, puxar, agarrar e pulsar”. A detentora da patente tem o nome de Immersion Corp.

Leia também: Luvas de realidade virtual permitem ao usuário sentir o formato de objetos.

Fontes: Techxplore. 2020 CHI Conference on Human Factors in Computing Systems.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

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